Cidade de São Paulo eliminou a transmissão vertical do HIV

Recertificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV

Em 2019, São Paulo foi a primeira cidade do seu porte no mundo a conseguir eliminar a transmissão vertical do HIV como resultado da melhora da cobertura do atendimento pré-natal de qualidade. A eliminação foi certificada conforme os padrões do MS e da OMS. Em 2021, o município recebeu a recertificação por manter, desde então, o alcance da meta. Essa recertificação ocorre a cada dois anos. 

Para além das relações sexuais sem uso do preservativo, compartilhamento de seringas no uso de drogas e acidentes com materiais biológicos contaminados, o HIV também pode ser transmitido diretamente da pessoa gestante, que vive com o vírus, para o bebê.

Esse tipo de transmissão pode acontecer durante a gestação, o parto – caso os procedimentos preventivos não forem seguidos – e ainda na amamentação. O pré-natal, portanto, é fundamental para o diagnóstico da pessoa gestante e início do tratamento o quanto antes. Dessa forma, o vírus não é transmitido para a criança.

Na cidade de São Paulo, quem está gestante recebe todo o apoio e orientação para a realização de pelo menos sete consultas do pré-natal, como uma das diretrizes do programa Mãe Paulistana.

Linha de Cuidados
No dia 1° de outubro de 2019, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) publicou a portaria que estabelece a linha de cuidados para o HIV, que trouxe algumas novidades. Entre elas está o aumento do número de testes a serem realizados durante pré-natal, passando a ser na primeira consulta, segundo e terceiro trimestres da gestação e na internação para o parto.

Comissão de Normatização e Avaliação das Ações de Controle da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis do Município de São Paulo
Além dessa importante mudança, a pasta municipal de Saúde da capital paulista mantém a Comissão de Normatização e Avaliação das Ações de Controle da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis do Município de São Paulo, que instituiu comitês regionais com o objetivo de monitorar e avaliar os casos de transmissão vertical. A ideia é identificar potenciais falhas e aperfeiçoar os fluxos de trabalho.

Fórmula Láctea
Como o HIV pode ser transmitido pelo aleitamento, a Coordenadoria de IST/Aids da Cidade de São Paulo oferta para todas as pessoas que amamentam e vivem com HIV a fórmula láctea para alimentação do bebê e também, se houver, para os irmãos. Essa fórmula é dada até o primeiro ano de vida do bebê e depois substituída pelo leite integral até os cincos anos. Antes mesmo de sair da maternidade, a pessoa recebe um medicamento para inibir a produção de leite e além da fórmula láctea.

 

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