Escola Municipal de Saúde celebra 34 Anos de História

EMS se destaca pelo papel fundamental na formação de trabalhadores do SUS, na pesquisa e educação permanente em saúde, tendo o processo de trabalho como princípio educativo

 Por Waleska Rodrigues e Fernando Rodrigues dos Santos

 A Escola Municipal de Saúde (EMS) celebra 34 anos como uma referência em educação profissional na área da saúde, marcando décadas de qualificação de trabalhadores da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP). Desde sua fundação em 1990, quando era denominada como Centro de Formação do Trabalhador - CEFOR, a EMS tem desempenhado um papel fundamental na formação, pesquisa e educação permanente em saúde, tendo o processo de trabalho como princípio educativo, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS).

Ao longo dos anos, a EMS passou por diversas transformações, consolidando-se como um centro de construção de conhecimento em saúde. Conheça sua trajetória:

 As diversas fases históricas pelas quais passou a Escola apontam mudanças e adaptações em seu objeto de trabalho. Na primeira fase, deu-se ênfase a formação de novos quadros e trabalhadores já engajados, com foco em atender a implantação do novo modelo de atenção à saúde. Na segunda fase a aspiração pela consolidação da ETSUS do município de São Paulo, fez com que o foco fosse o estudo teórico pedagógico, leis e diretrizes sobre educação profissional.

Após esse período, a EMS se mostrou vanguardista no uso de tecnologias da educação, sendo uma das pioneiras na implementação de uma plataforma de ensino a distância, inovando com uma programação de televisão corporativa que estimulava o ensino dentro das unidades de saúde, e com a gestão de conhecimento através da Biblioteca Virtual de Saúde.

Com a vinculação da Comissão Municipal de Residências e da gestão do Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde (COAPES) à EMS, iniciou-se uma fase de aproximação da SMS-SP das Instituições de Ensino da área da saúde, ampliando a integração ensino-serviço e demostrando o comprometimento com a formação de profissionais de saúde no SUS e para o SUS.

As adaptações durante a pandemia de Covid-19 trouxeram mais uma fase de avanços tecnológicos e comunicacionais, com a ampliação das ferramentas virtuais de ensino da EMS. As lives de conteúdos educativos da área da saúde (através do Canal Profissional no Youtube) se tornaram um recurso importantíssimo, e a Escola passou a ter o ensino a distância como modalidade principal na oferta de cursos e capacitações. Só em 2023, foram realizadas 32 lives educativas e oferecidos 84 cursos no Ambiente Virtual de Aprendizagem da EMS (AVA), plataforma que contou com 14.097 alunos inscritos no ano.

Falando sobre os desafios atuais, Lucia Langanke, diretora da Divisão de Educação, explica que o principal desafio é buscar cada vez mais qualificar o Plano Municipal de Educação Permanente (PLAMEP) garantindo seu alinhamento com o Planejamento em Saúde. “Atualmente damos destaque para os cursos de Teleassistência, com 2000 inscritos e o Modera SP, com 1500, buscando qualificar o atendimento a distância e preparar os profissionais para acolher e orientar os municípios que fazem uso abusivo de álcool”, finaliza.

No decorrer desses 34 anos, com uma trajetória tão rica e em constante reinvenção, a EMS sempre se manteve estruturada com base na humanização, trabalho em equipe e interdisciplinaridade, empregando tais características na construção de cursos, programas de formação, capacitações; na fomentação de grupos de discussão (como o GTEPS – Grupo Técnico de Educação Permanente em Saúde), e no incentivo à pesquisa e trabalhos científicos na área da saúde.

Thiago Mattos, Assessor de Pesquisa e Ensino da Coordenadoria de Atenção Básica (CAB), aponta as ações da Escola como uma estratégia potente de enfrentamento das necessidades de saúde dos territórios. “Aqui na CAB, temos trabalhado de maneira muito próxima com a EMS, qualificando os processos ligados às capacitações e eventos”, afirma. Representando a Saúde Bucal da Atenção Básica, Dra. Marta Cipriano destaca o papel da Escola na disponibilização de recursos para capacitações, e na integração entre serviço e ensino, ressaltando que “é ela (EMS) que também trata sobre disponibilizações de estágios nos nossos serviços de saúde”.

A mudança mais recente da EMS, foi a transferência de sua sede, que por 33 anos esteve na Vila Olímpia, para o novo prédio da SMS-SP na Liberdade, representando não apenas uma transição física, mas um novo capítulo na história da Escola. Essa integração promete fortalecer a articulação entre as áreas responsáveis pela gestão dos serviços de saúde e pela educação no trabalho.

Patrícia Ferreira Palotta, coordenadora da Coordenadoria de Gestão de Pessoas (COGEP), à qual a EMS é vinculada, afirma que “com a efetiva instalação da EMS na sede do Gabinete e todos os departamentos da COGEP dividindo o mesmo espaço físico, será possível uma maior aproximação entre as equipes, um melhor alinhamento dos fluxos e agilidade no processo de trabalho”.

A história da EMS demonstra o quanto a educação na saúde é um processo complexo, de extrema importância e necessidade, que tem como objetivo final transformar e qualificar as práticas profissionais e a organização da assistência em saúde oferecida à população. Para além de todas as transições durante sua existência, que contribuíram para fortalecimento da instituição e constante aprimoramento de seu trabalho, podemos destacar como grande potência da Escola as pessoas altamente qualificadas e comprometidas que construíram ao longo dos anos um legado de grande relevância para a saúde. Profissionais que acreditam no poder da educação e no desenvolvimento de pessoas para construir o SUS que a cidade de São Paulo almeja.

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Viva a Escola Municipal de Saúde! Parabéns pelos seus 34 anos!