Oficina de planejamento de ações educativas acontece na Escola Municipal de Saúde

A EMS reuniu representantes das áreas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde para uma reflexão sobre as ações de educação permanente

Por Fernando Rodrigues dos Santos

 

Na quarta-feira, 23 de agosto, ocorreu uma oficina de Planejamento de Ações Educativas para 2024 na Escola Municipal de Saúde (EMS/SMS-SP), em conjunto com a Assessoria de Planejamento (ASPLAN/SMS-SP). A oficina teve como objetivo fazer uma reflexão sobre as ações educativas do Plano Municipal de Educação Permanente (PLAMEP), e foi pensada para se ponderar o quão importante é fazer planejamentos integrados aos demais instrumentos de gestão e planejamento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), como o Plano Municipal de Saúde e a Programação Anual de Saúde, que dialoguem entre si e sem repetições de ações planejadas pelos territórios e pela gestão.

O evento iniciou com uma fala do diretor da EMS, Dr. Cândido Vaccarezza, sobre a importância de desenvolver, aprimorar e fortalecer o PLAMEP, pois “é um dos pontos mais indispensáveis para a Escola e para a Secretaria” e agradeceu à Equipe da EMS e a presença de todos, “aqui na Escola temos pessoas qualificadas e dedicadas à orientação sobre esse planejamento.”

Paula Pavan, terapeuta ocupacional da Divisão de Educação da EMS, apresentou a proposta da oficina e mostrou dados das ações no PLAMEP para o primeiro quadrimestre do ano de 2023. Paula informou que das 1.063 ações educativas (leia-se ações educativas como oficinas, fóruns, workshops, apoio institucional e etc.) planejadas para o ano, 679 dessas ações estavam previstas para os primeiros quatro meses do ano, mas apenas 373 ações, pouco mais da metade, estavam com o monitoramento e avaliação preenchidos de forma completa. Os dados em questão foram trazidos para “se pensar o quanto isso é sério, então temos que ter muita responsabilidade em fazer cada vez mais planejamentos integrados (para que não haja sobreposição de ações) e que dialoguem entre si”, finaliza Pavan.

Ao fim da apresentação, os participantes foram divididos em grupos, e foi proposto como exercício, a avaliação e o planejamento de ações educativas a partir de um caso de um município fictício. Os grupos tiveram de analisar os desafios das regiões da cidade, e estabelecer os problemas prioritários utilizando o método de avaliação Matriz GUT.

Grupo em discussão sobre os problemas do Município fictício

Após a escolha dos problemas prioritários, os trabalhadores das diversas áreas da saúde realizaram um debate acerca das ações de planejamento em saúde necessárias ao enfrentamento destes problemas e, após esta primeira etapa de planejamento, avaliaram quais ações descritas tinham natureza educativa. Essas ações identificadas com natureza educativa deveriam resultar na elaboração do Plano Municipal de Educação Permanente (PLAMEP). Após as oficinas, os grupos se reuniram novamente e um representante de cada grupo apresentou o produto da discussão realizada, trazendo também como foi a experiência proposta, expressando opiniões e falando como foi planejar ações educativas em saúde para uma cidade fictícia e o que isso nos ensina sobre o planejamento real.

Grupo planejando ações para as prioridades do município fictício

Segundo a assessora da Área Técnica de Saúde Bucal da SMS, Samanta Pereira, que participou da oficina, é muito importante unificar diversas categorias profissionais para colocar essas ações de educação permanente de fato em prática. “Precisamos focar em como conseguir resolver questões sensíveis para o nosso usuário, mas fortalecendo cada vez mais o papel dos nossos trabalhadores”, conclui Samanta.

Márcia Affonso, médica da Divisão de Educação da EMS, fez uma apresentação sobre o planejamento de ações educativas. Márcia destaca a necessidade de estabelecer objetivos educacionais claros e avaliáveis e aborda a diferença entre competências gerais e específicas, enfatizando a importância de desmembrar as competências amplas em objetivos educacionais específicos.

 Oficina de Planejamento de Ações Educativas

A diretora da Divisão de Educação da EMS, Lúcia Langanke, finaliza o evento agradecendo a participação de todos e enfatizou a importância do planejamento. “A nossa proposta é que a gente olhe para tudo o que está pensado e veja como que as ações educativas podem alavancar, apoiar e ajudar a alcançar esses resultados que já estão pensados no PLAMEP. Então, não é inventar nada de novo, é olhar o que está feito, organizar e qualificar”, finaliza Langanke.