Por Fernando Rodrigues dos Santos
No dia 18 de agosto, sexta feira, a diretora da Escola Técnica do SUS (ETSUS), Cláudia Abreu, e a analista de saúde da Divisão de Educação da Escola Municipal de Saúde (EMS/SMS-SP), Maria do Carmo Monteiro, apresentaram em reunião na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com os representantes das Escolas Municipais de Saúde Regionais (EMSR), de todas as Supervisões Técnicas de Saúde (STS), das Organizações Sociais (OS) e do Conselho Gestor, o curso de Facilitadores para Educação Permanente no Controle Social. O projeto é liderado pela ETSUS em colaboração com a EMS, e visa capacitar facilitadores que desempenharão um papel essencial na formação de conselheiros de saúde.
Maria do Carmo apresentando o curso
A ideia central do projeto é garantir que as decisões relacionadas à saúde não sejam tomadas exclusivamente por gestores, mas que também incorporem as perspectivas e experiências de trabalhadores da área e, principalmente, dos usuários dos serviços de saúde. Os Conselhos de Saúde, concebidos com esse propósito desde a década de 80 e oficializados na Constituição de 1988, constituem uma ferramenta fundamental nesse processo.
Compostos por representantes de usuários, trabalhadores e gestores, os Conselhos de Saúde têm sua força na diversidade de vozes que reúnem. Os usuários, que respondem por metade das representações, desempenham um papel central, uma vez que são os principais beneficiários dos serviços prestados pelo sistema de saúde. No entanto, a efetividade dos Conselhos muitas vezes esbarra na publicação e implementação das resoluções tomadas, o que pode gerar obstáculos no processo decisório.
Cláudia Abreu apresentando a proposta do curso
A fim de superar esses desafios e potencializar o controle social na área da saúde, o projeto da ETSUS se concentra na formação de facilitadores. Esses facilitadores serão preparados para organizar os processos educativos voltados para os conselheiros das unidades de saúde e STS, promovendo uma compreensão mais profunda das questões e necessidades locais. A EMS, EMSR e a Gestão Participativa assumem um papel de destaque nessa empreitada, fornecendo suporte, elaborando cursos de formação e facilitando a disseminação das atividades.
A colaboração entre a ETSUS e a EMS é um dos pilares do projeto, pois, além de compartilhar recursos, como a biblioteca e o apoio à produção de materiais educativos, ambas unem forças para promover treinamentos e capacitações.