Reunião Ordinária do GTEPS – dezembro de 2023

A reunião foi focada em repensar o papel do GTEPS e pensar em novas estratégias para o planejamento de educação permanente em saúde

Por Fernando Rodrigues dos Santos

 

No último dia 14, o Grupo Técnico de Educação Permanente em Saúde (GTEPS) e representantes da área de educação na saúde da DRS1 da Secretaria de Estado da Saúde, reuniram-se no auditório da Escola Municipal de Saúde (EMS/SMS-SP) para repensar seu papel no contexto atual. A última reunião de 2023, que contou com a participação de representantes das Escola Municipais de Saúde Regionais (EMSR), não apenas identificou desafios persistentes na educação na saúde, mas também propôs soluções para enfrentá-los.

A principal pauta levantada por Lúcia Langanke, diretora da Divisão de Educação da EMS, foi a necessidade de repensar o papel do GTEPS para promover uma atuação mais integrada, efetiva e colaborativa. Os participantes enfatizaram a importância de expandir o escopo do grupo, e a proposta visa estabelecer uma sinergia entre os diferentes níveis de atenção, proporcionando uma abordagem mais abrangente e unificada na formação de profissionais de saúde. Outro ponto estratégico abordado durante a reunião foi a integração do COAPES nas discussões do GTEPS.

Durante a reunião, foi destacada a importância de repensar a atuação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) no contexto educacional. Lúcia falou que as OSS devem participar da construção e execução do PLAMEP (Plano Municipal de Educação Permanente) das regiões. Essa mudança, caso aconteça, deve eliminar redundâncias e garantir que as ações educativas estejam alinhadas com as necessidades específicas de cada localidade, promovendo uma abordagem mais integrada e eficiente no desenvolvimento profissional em saúde.

Lúcia Langanke falando sobre o futuro do GTEPS

Lúcia Langanke falando sobre o futuro do GTEPS

Lúcia também destaca a necessidade de uma vez definido o perfil desejado para os trabalhadores da SMS, as ações educativas propostas devem conter estratégias educacionais que viabilizem o desenvolvimento das competências desejadas para os trabalhadores da Secretaria. Além de habilidades para lidar com a recuperação e reabilitação, ela enfatizou que é necessária a formação de profissionais capazes de atuar na promoção e prevenção da saúde, pois focar em “recuperar e reabilitar é muito mais caro e muito mais ‘sequelante’ para o indivíduo, para a família e para a sociedade.”

Um dos destaques da reunião foi a proposta feita por Cláudia Abreu de realizar um seminário abrangente sobre Educação Permanente em Saúde. Pensado para envolver diversas instituições e órgãos relacionados à saúde, o evento proposto deve contar com a participação ativa da EMS e EMSR, assim como o Conselho Municipal de Saúde, OSs, Instituições de Ensino, COMURE, SAMU, COVISA, ASPLAM, CAB, AE, IST/AIDS, SEAH, SERMAP, DRS e outras. O seminário visa ser um fórum de discussão e colaboração, visando a construção conjunta de estratégias inovadoras para a Educação Permanente.

Ao fim da reunião, ficou decidido pelo grupo a nova composição dos participantes desse encontro mensal, o qual deverá contar todas as áreas da EMS, representantes das STS, OSS, dos Hospitais Municipais e instituições de ensino parceiras do COAPES. Para a próxima reunião, uma discussão deve ser feita para alinhar os conceitos da educação no trabalho para que todos compreendam esses conceitos e passem a usá-los da mesma forma. Para tanto, Lúcia lançou uma tarefa para as regiões: pensar na relação desses conceitos sempre alinhados com a prática e como ferramenta de trabalho. Essa iniciativa pretende engajar ativamente as diferentes localidades, para que tragam no próximo GTEPS conceitos educacionais para que as ações educativas se tornem cada vez mais eficazes e adaptadas às necessidades específicas de cada região. Essa abordagem descentralizada reflete o compromisso do GTEPS em promover mudanças significativas e colaborativas no cenário da educação na saúde, visando o aprimoramento contínuo dos profissionais e, consequentemente, à melhoria do sistema de saúde como um todo.