Reunião Ordinária do GTEPS – junho de 2023

A reunião foi focada na discussão do curso de Saúde do Trabalhador da Rede de Atenção à Saúde e apresentação de novidades no AVA da EMS

Por Fernando Rodrigues dos Santos

O encontro mensal do Grupo Técnico de Educação Permanente em Saúde (GTEPS), foi realizado no auditório da Escola Municipal de Saúde (EMS/SMS-SP) na quinta-feira, 15 de junho. A reunião teve a participação de diversos profissionais da Secretaria Municipal da Saúde e se iniciou com a apresentação do curso de Saúde do Trabalhador da Rede de Atenção à Saúde feita por Cecília Martins, especialista em Saúde do trabalhador da equipe DVISAT/COVISA, e seguiu-se com uma discussão sobre os processos de melhoramento da saúde do trabalhador e a qualidade de atendimento desses profissionais pelo SUS.

O curso foi realizado de 2014 a 2016, não foi ofertado nos anos de 2017 e 2018 e foi reiniciado em 2019 com reformulação e regravação de aulas, também foram adicionadas novas unidades nos módulos e a parte de legislação foi totalmente atualizada. Além disso, os fóruns, antes apenas online, passaram a ser presenciais, para esclarecimento de dúvidas. Cecília informou que no dia 21 de agosto acontecerá um encontro presencial no Teatro da Secretaria do Estado, na Praça da República, para que possam ser feitas as atividades do primeiro módulo, reunindo duas turmas do curso. O encontro contará com a presença das Escolas Regionais e os Centros de Referência de Saúde do Trabalhador.

“O objetivo geral do nosso curso é capacitar os profissionais da rede de atenção à saúde para desenvolverem ações de assistência, prevenção de agravos e promoção em saúde do trabalhador e trabalhadora do município de São Paulo”, afirmou Cecília, e ressaltou alguns outros objetivos específicos: reconhecer a categoria trabalho como determinante do processo de doença; compreender os aspectos do trabalho e suas relações com a saúde dos trabalhadores para promoção à saúde; compreender e identificar o processo de adoecimento do trabalhador; compreender o perfil de mortalidade dos trabalhadores do Município de São Paulo e territórios; conhecer e identificar os acidentes e os agravos relacionados ao trabalho; identificar o território e reconhecer os riscos e danos para a saúde dos trabalhadores, da população e do ambiente; formar facilitadores em saúde do trabalhador nas unidades de saúde na rede de atenção à saúde; estimular a criação dos fóruns regionais de matriciamento em saúde do trabalhador na rede de atenção à saúde, conforme previsto nos objetivos de desenvolvimento sustentável da meta 8.8 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Lúcia Langanke, diretora da Divisão de Educação

Lúcia Langanke, diretora da Divisão de Educação

Após a discussão sobre a saúde do trabalhador, Niomara de Cássia, diretora da EMSR Sudeste, deu um breve relato sobre a oficina do Programa de Educação pelo Trabalho (PET/Saúde – Gestão e Assistência) que ocorreu em Brasília e falou sobre a abertura de um novo edital para o próximo ano. O PET é um instrumento indispensável voltado para o fortalecimento das ações de integração ensino-serviço-comunidade, que atualmente possui quatro projetos no município de São Paulo e 142 projetos aprovados no país. Ela também ressalta que o trabalho dos alunos no PET da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é coordenadora do projeto, está num caminho muito interessante e estão recebendo um feedback muito bom e importante em relação à interdisciplinaridade.

Ao fim da reunião, foi apresentado um material instrutivo para o acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) pela nova versão do Moodle, que é um guia de primeiro acesso para os usuários e alunos dos cursos disponibilizados pela Escola Municipal de Saúde. O material ainda está passando por ajustes e será oferecido após a conclusão. Também foi apresentada a SUSi, uma tutora virtual para os cursos à distância, que ainda está em processo de criação e será adicionada à plataforma para dar mais dinamismo e interagir com os alunos. Outra novidade apresentada foi a implementação do Hand Talk, plugin que traduz simultaneamente conteúdos em português para a língua brasileira de sinais (Libras), através dos avatares Hugo e Maya.

Simone Tanaka apresentando as novidades do AVA

De acordo com Lucia Langanke, diretora da Divisão de Educação da EMS, a tutora virtual SUSi tem a missão de fazer problematizações sobre os assuntos tratados nos cursos aos alunos e afirma que "problematizar é uma das ferramentas que a gente tem para fazer o trabalhador desenvolver um senso crítico e reflexivo”. Sobre o HUGO, Lúcia menciona a importância da tradução em libras para os profissionais que são deficientes auditivos. Também será uma ferramenta de aprendizado, pois é possível a todos aprender o básico da linguagem através da ferramenta. “Ampliar o vocabulário em libras permitirá que os nossos trabalhadores se comunicarem melhor com o usuário que tenha deficiência auditiva ou surdez”, finaliza Langanke.

A próxima reunião está marcada para o dia 17 de agosto.