Ginecologista, Regiane Fakouri, tem a escuta como marca de seu atendimento

Médica está há sete anos na AMA/UBS Integrada Jardim Brasil, na zona norte 

Médica há 30 anos, a ginecologista e obstetra Regiane Fakhouri fala com muito apreço sobre a profissão que sonhou em exercer ainda criança, aos 11 anos de idade: “eu sempre tive esse gosto por ajudar as pessoas”.

Aos 56 anos de idade, ela passou 12 como médica de família e está há sete como ginecologista e obstetra na Assistência Médica Ambulatorial/ Unidade Básica de Saúde (AMA/UBS) Integrada Jardim Brasil, na zona norte de São Paulo. “Eu gosto muito do Sistema Único de Saúde (SUS), tanto que estou aqui há quase 20 anos. Acho a proposta do SUS sensacional”.

Com pais ligados à área das artes, a mãe, professora de música, e o pai, colorista cinematográfico, foi com a tia-avó enfermeira que ela teve o exemplo mais próximo do trabalho no setor de saúde. Mas, além de uma profissão, aprendeu com a avó, com a mãe e com a própria tia-avó sobre o valor do cuidado.

A imagem é a foto de Regiane Fakouri. Ela é uma mulher de pele branca e cabelos pretos, curtos e enrolados . Ela está sorrindo, usa um colar e uma blusa verde.

Regiane Fakouri é médica da atenção básica há quase 20 anos. (Arquivo pessoal)

Ela conta que percebeu, ainda na época da faculdade, a necessidade de ser uma boa ouvinte. “Mais do que um tratamento, as pessoas querem ser ouvidas”. De acordo com Regiane, muitas vezes, as pessoas buscam tratar sintomas físicos, mas a origem é emocional.

Um episódio marcante foi uma paciente que relatou estar muito nervosa devido à menopausa. Mas, durante a consulta, conversando e tentando entender o contexto social e familiar dela, Regiane descobriu que os sintomas eram emocionais devido a uma perda familiar repentina.

A escuta atenta, mesmo na correria diária, acabou se tornando um símbolo do seu atendimento. “Você parar para ouvir um minutinho, algum detalhe que a paciente queira contar, ela já sai satisfeita”.

E quando vem o retorno positivo das pacientes, Regiane sabe que seu objetivo inicial de ajudar as pessoas com a profissão foi alcançado. “Pelo menos essa daqui eu tenho certeza que ajudei”, conclui a profissional.