Como parte das ações relacionadas à Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, comemorada em fevereiro, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todas as regiões da capital vêm realizando atividades voltadas a este público, tanto na própria unidade quanto no território, em locais como escolas, centros comunitários e equipamentos sociais.

Na última sexta-feira, por exemplo, uma equipe multidisciplinar da UBS Vila Esperança, da Penha, foi até a Escola Estadual Padre Antão, sua vizinha de bairro, para fazer uma palestra sobre a prevenção da gravidez na adolescência. O objetivo foi disseminar informações aos adolescentes, de forma a provocar reflexões e contribuir, juntamente com os serviços oferecidos pela rede municipal, para a redução do número de gestações nessa fase da vida.

Uma das integrantes da equipe, a enfermeira Cecília Fernandes falou sobre a importância desse tipo de trabalho de conscientização nas escolas: “Aqui eles têm uma abertura que muitas vezes não existe em casa”.

Com a participação da assistente social Karen Nathalie e da nutricionista Awdrey Hosotani, a palestra abordou hábitos saudáveis, prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e à gravidez precoce.

Na opinião da coordenadora da escola, a professora Luciana Guillen, “É importante para a conscientização, para eles saberem se preservar porque muitos não têm acesso a informações em casa”.

Com ações preventivas como essa, aliadas à disponibilização de métodos contraceptivos, a cidade de São Paulo reduziu em 41% o índice de gravidez na adolescência nos últimos seis anos. Na faixa etária dos 10 aos 14 anos de idade, essa diminuição chegou a 45%, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

O enfrentamento da gestação precoce é uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), da Organização das Nações Unidas (ONU), e integra a estratégia global para mulheres, crianças e adolescentes 2016-2030.

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