Dose adicional e imunossupressão: confira a importância e quem se encaixa neste grupo

SMS convoca população elegível para atualizar a situação vacinal contra a Covid-19; doses de reforço aumentam proteção contra a doença

A cidade de São Paulo tem trabalhado intensamente para vacinar a população contra a Covid-19. Até o momento, são mais de 33 milhões de doses aplicadas.

Destas, quase dez milhões são doses de reforço, as chamadas doses adicionais, que estão disponíveis a todos os públicos com mais de 12 anos de idade, respeitado o prazo de quatro meses desde a última dose.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça a importância de os grupos elegíveis tomarem as doses de reforço, uma vez que o imunizante garante maior proteção contra a Covid-19, especialmente para aqueles que possuem a imunidade naturalmente mais baixa, como é o caso das pessoas imunossuprimidas.

Atualmente a terceira dose adicional (DA3) contra a Covid-19 está disponível para pessoas com alto grau de imunossupressão com 40 anos ou mais que iniciaram o esquema vacinal com imunizantes da Pfizer, CoronaVac ou AstraZeneca, desde que tenham recebido a DA2 há pelo menos quatro meses.

Novas doses de reforço estão disponíveis para pessoas imunossuprimidas que iniciaram o esquema vacinal com a Janssen. A faixa etária dos 18 aos 39 anos podem receber a terceira aplicação. Já para o público acima dos 40 anos está disponível a quarta aplicação, também com a condição de terem recebido a dose anterior há pelo menos quatro meses.

Afinal, o que é alto grau de imunossupressão?
O sistema imunológico é responsável por proteger o nosso corpo, criando mecanismos de defesa para agentes estranhos como vírus e bactérias. No caso de indivíduos imunossuprimidos, a proteção fica deficiente, deixando-as mais vulneráveis a infecções.

Por terem um sistema imunológico mais comprometido, as pessoas desse grupo têm uma resposta imune mais baixa para as vacinas do que pessoas saudáveis. Mesmo assim, é extremamente importante que recebam o imunizante. Esses pacientes correm o risco de contrair o coronavírus e evoluírem para um caso grave.

Considera-se pessoas com imunossupressão os seguintes indivíduos ou casos:

• Imunodeficiência primária grave;
• Quimioterapia para câncer;
• Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras;
• Pessoas vivendo com HIV/Aids;
• Uso de corticoides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias;
• Fazem uso drogas modificadoras da resposta imune*;
• Doenças intestinais inflamatórias;
• Pacientes em terapia renal substitutiva (hemodiálise);
• Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.

Vacinômetro
Segundo o Boletim Vacinômetro da última sexta-feira (1º), divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), foram 11.821.667 primeiras doses (D1), 11.182.794 segundas doses (D2), 365.641 doses únicas (DUs), 7.718.243 primeiras doses adicionais (DA1) e 2.204.933 segundas doses adicionais (DA2).
A cobertura vacinal da população com mais de 18 anos está em 110,5% para D1, em 107,1% para D2, em 81,1% para DA1 e em 56,1% para DA2.

Em adolescentes de 12 a 17 anos, foram aplicadas 981.740 D1, representando uma cobertura vacinal de 116,3%. Também foram aplicadas 889.284 D2, com 105,4% de cobertura, além de 233.387 DA.

Em crianças de 5 a 11 anos foram aplicadas 1.006.430 D1, representando uma cobertura vacinal de 92,9%, e 769.921 D2, alcançando 71,1% dessa parcela da população.

* Drogas modificadoras de resposta imune consideradas para fim de elegibilidade a dose adicional da vacina para pessoas imunossuprimidas: metotrexato, leflunomida, micofenolato de mofetila, azatiprina, ciclofosfamida, ciclosporina, tacrolimus; 6-mercaptopurina, biológicos em geral (infliximabe, etanercept, humira, adalimumabe, tocilizumabe, canakinumabe, golimumabe, certolizumabe, abatacepte, Secukinumabe, ustekinumabe); Inibidores da JAK (tofacitinibe, baracitinibe e upadacitinibe).