CRS Sul realiza capacitação para formar agentes multiplicadores para a prevenção e o combate às arboviroses

O curso faz parte do Plano de Contingência Municipal de Arbovirose e visa formar multiplicadores para as unidades de atenção das cinco regiões do território

Por Taynara Carmo

A Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sul realizou no dia 7 de fevereiro uma capacitação sobre Vigilância e Assistência das Arboviroses. A preparação faz parte do Plano de Contingência Municipal de Arboviroses, e teve por objetivo formar os atores de todas as instâncias envolvidas no enfrentamento da dengue, do Zika vírus, da chikungunya e da febre amarela como multiplicadores para as unidades de atenção das cinco regiões do território.

A capacitação aconteceu no Centro de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa em Saúde (CEDEPS – Sul) e reuniu técnicos da CRS Sul, das Supervisões Técnicas de Saúde (STS) e das Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS), além de representantes dos parceiros e dos hospitais.

Na ocasião, as profissionais que atuam na Vigilância em Saúde da CRS Sul apresentaram o histórico das arboviroses no Brasil, e o cenário atual. Também mostraram as estatísticas recentes e ensinaram os procedimentos de assistência que devem ser adotados no enfrentamento das doenças acima mencionadas.

A responsável pela Divisão Regional de Vigilância em Saúde Sul, Samantha Leite de Souza, destacou o importante trabalho realizado pela Vigilância Epidemiológica: “O objetivo da vigilância epidemiológica das arboviroses é monitorar a ocorrência de casos, as áreas e os grupos acometidos, investigar os óbitos, a circulação viral, reduzir a mortalidade e produzir informação para embasar o planejamento da assistência. Além do Plano de Contingência Municipal, temos de montar planos operativos para prever recursos e fluxos, a fim de enfrentar a ocorrência de uma epidemia de qualquer uma dessas doenças”, reitera Samantha.

Foi apresentado o trabalho realizado pela Vigilância Ambiental das Unidades de Vigilância em Saúde e destacada a importância da ação conjunta assistência-vigilância para o controle do Aedes aegypti.

Marilia Namo de Oliveira, assessora do Gabinete da Coordenadoria Sul, apresentou a classificação de risco e o manejo clínico das arboviroses; e Cleusa Maria de Toledo Gutschow Salles, Interlocutora de Imunização da CRS Sul, expôs as diretrizes para a organização dos serviços de assistência e orientou os presentes sobre como devem ser preparados os planos operativos de cada unidade.

Segundo o cronograma estabelecido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), esta capacitação deverá ser replicada em curto prazo em todas as unidades de saúde da zona Sul.

Preparando multiplicadores

A capacitação foi dividida em três etapas. Na primeira, realizada no dia 18 de janeiro, na SMS, foram preparados profissionais de vários setores das coordenadorias e das organizações sociais, com perfil de multiplicadores do conhecimento, capazes de repassar informações e orientações para as supervisões técnicas da região e acompanhar as demais etapas da capacitação em seus territórios. Foram abordados conteúdos como Controle do Vetor, Vigilância, Manejo Clínico e Organização de Serviços.

No segundo momento, que ocorreu na Coordenadoria, os multiplicadores capacitaram os monitores das Supervisões Técnicas e das Unidades de Vigilância em Saúde, de acordo com o ministrado na oficina da zona Sul.

No terceiro e último momento deve acontecer a capacitação mais abrangente, prevista para englobar todos os equipamentos de saúde da região.

Anualmente, a Secretaria Municipal de Saúde vem se preparando para combater as arboviroses na capital. Ao longo de todo o ano de 2017, foram notificados 846 casos autóctones de dengue, sem nenhum óbito pela doença, contra 16.283 em 2016, uma redução de quase 95%.

O que são arboviroses?

Arboviroses são doenças causadas pelos vírus que tem parte de seu ciclo ocorrendo em artrópodes (como mosquitos), que incluem o vírus da Dengue, Zika Vírus, Febre Chikungunya e Febre Amarela.

A Vigilância em Saúde da cidade de São Paulo tem intensificado anualmente ações contra a proliferação do Aedes aegypti com visitas casa a casa, orientação da população, ações de controle na confirmação de casos, visitas a imóveis com risco de proliferação do vetor ou a locais de grande circulação de pessoas, como borracharias, ferros-velhos, escolas, unidades de saúde, comércios, etc.