Secretaria realiza aula inaugural para residentes médicos

Evento reúne 416 profissionais que farão especialização em 12 hospitais públicos do município

O secretário da saúde, José de Fillippi Jr., desejou boas vindas aos residentes

Beatriz Prado
Fotos: Edson Hatakeyama

O secretário municipal da Saúde José de Filippi Júnior participou da aula inaugural do Programa de residência Médica, Uniprofissional e Multiprofissional do município. O evento, realizado nesta segunda-feira (2/3), no campus Vergueiro da Universidade Nove de Julho (Uninove), contou com a presença de Paulo Puccini, secretário-adjunto da Saúde, Eduardo Storópoli, reitor da Uninove e Renata Gallotti, diretora de medicina da instituição de ensino.

Fillippi desejou boas vindas aos residentes, apresentou os coordenadores de saúde do município e falou sobre a importância da especialização. “A residência médica é a oportunidade para a composição do saber, adquirido nas escolas de medicina, com a prática do dia a dia. A atuação e conhecimento do atendimento realizado em Unidades Básicas de Saúde, Centros de Atendimento Psicossocial e Centros de Especialidades é um espaço propício para o desenvolvimento da formação profissional e contribui para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), que registra um déficit de profissionais e que contará com o suporte dos residentes”, declarou o secretário.

O Programa de residência médica, uniprofissional e multiprofissional é realizado através de convênio firmado junto ao Ministério da Saúde, com auxílio de R$ 2.976,26 aos residentes. Participam profissionais médicos para a atuação em clínica médica, cirurgia geral, pediatria, obstetrícia, ginecologia e outras especialidades e enfermeiros, nutricionista, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, farmacêutico e assistentes sociais para a especialização em neonatologia, que será cursada no Hospital Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha.

‘Possibilidade de aproximação com a realidade concreta’

Puccini ressaltou a importância dos esforços realizados pelo Ministério da Saúde e da Educação, que viabilizou a ampliação das vagas de residência médica e o vínculo entre médico e paciente. “Em 2013 o município ofertou 220 vagas para residência médica e em 2015 conseguimos a ampliação para 416 bolsas. A atuação e o aprendizado vivenciados pelo residente, com seu preceptor, não é apenas uma oportunidade para a prática de procedimentos, mas uma possibilidade de aproximação com a realidade concreta na relação médico/paciente”, destacou o secretário-adjunto da Saúde.

Durante a aula de boas vindas, os 416 médicos que farão especialização nos hospitais públicos do município assistiram apresentação sobre os serviços que compõe a Rede de Atenção à Saúde. O Programa de Residência prevê a prestação de 2.880 horas de serviços. Após o término da aula, os residentes foram recebidos pelos representantes do Conselho de Residência Médica (Coreme) na unidade hospitalar destacada, apresentados aos preceptores e participaram da escolha dos plantões.

 Mariana chegou à capital após viagem de quase dois mil quilômetros de distância para a especialização em clínica médica no Hospital Tatuapé

 

‘A expectativa é aprender o máximo possível’

De jaleco em punho, Mariana Gomes Moreira, vinda de Lauro Freitas (Bahia), chegou à capital após quase dois mil quilômetros de viagem para a especialização de dois anos em clínica médica no Hospital Tatuapé. “A expectativa é aprender o máximo possível e contribuir para a melhora, agilidade e respeito ao SUS. Também fui aprovada para a residência em Recife e Sergipe, mas escolhi a cidade de São Paulo e acredito que o serviço de saúde público tem muito a melhorar, e em conjunto é possível realizar um bom trabalho”, disse Mariana.

Para o coordenador municipal de residência Fernando Constâncio de Souza, a possibilidade de ofertar a vivência nos diversos cenários de prática de atenção à saúde tira o foco de que o paciente utiliza apenas o serviço de emergência. “Existe um perfil de pacientes no serviço público de saúde, do qual não é necessária a ida ao Pronto Socorro para o controle da hipertensão arterial, que pode ser realizada e controlada pela equipe de Saúde da Família, com o apoio do olhar sensibilizado do agente de saúde, que observa como está o consumo de sal e a eficácia de medicamentos. O objetivo da residência é promover a integração do trabalho realizado nas diferentes unidades de saúde e o entendimento dos perfis das doenças enfrentadas no país”, disse Souza.