Estruturação e Organização das Residências em Rede no Município de São Paulo

Possíveis mudanças nos programas de residência

Por: Marcella Jeane Duarte

Foi realizado na última quinta-feira (16), no auditório da Escola Municipal de Saúde (EMS), um encontro sobre reestruturação e organização das residências em rede do município de São Paulo. Estiveram presentes representantes das interlocuções das residências, Escolas Regionais, do SAMU, da COVISA, da Autarquia, do Hospital Municipal Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha, Hospital do Servidor Público Municipal, das áreas técnicas da Atenção Básica e da Coordenação das Redes de Atenção à Saúde e Áreas Temáticas (CORAS).

No início da reunião, João Palma, da Gerência de Ensino da EMS, falou um pouco sobre a proposta de reorganização das residências, que deve ser implantada no próximo ano. Ele ressaltou que o processo é contínuo e que outros encontros ainda serão necessários para discutir as mudanças e novas ideias.

João também destacou que, atualmente, existem na Secretária Municipal da Saúde (SMS) 32 programas de residência. A ideia seria criar novos campos de residência em rede: transformar a residência em pediatria em uma residência em Saúde da Criança e do Adolescente, a residência em psiquiatria em Saúde Mental, a residência clínica em Clínica Ampliada e a residência em ginecologia e obstetrícia em Saúde da Mulher.

Ele também apontou a importância de “criar campos de prática novos, criar cenários o mais amplo e diversos possíveis pra ganhar esses residentes”. Outro ponto importante salientado por ele é que essa nova estrutura do programa de residências seria inédita no Brasil. “Seria, no país, a primeira residência com essa cara”, declarou.

Essa mudança também afeta o processo de seleção dos residentes. João destacou a importância de que os mais de seis mil recém-formados que farão a prova de seleção encontrem uma prova diferenciada. “Uma prova que seja 100% em cima de questões que problematizem situações concretas, orientadas epidemiologicamente, orientadas socialmente”, reforçou.

A médica Athene Maria Mauro, Coordenadora da Área de Infância e Adolescência da SMS, destacou: “Essa resiginificação, esse alinhamento e esse apoio do secretário, as coordenadorias apoiando, a Escola apoiando, é outra residência”.
O próximo passo é reunir os interlocutores das residências com as Coordenadorias Regionais de Saúde para discutir os cenários das residências no município.