8ª COREME recebe nova coordenadora do Programa de Ginecologia e Obstetrícia

Márcia Roque assume a coordenadoria do programa e conta que pretende aprimorar a formação dos ginecologistas do SUS

Por Fernando Rodrigues dos Santos

O Programa de Residência em Ginecologia e Obstetrícia da Comissão de Residência em Rede - 8ª COREME recebeu uma nova liderança promissora, a Dra. Márcia Roque, que assumiu o cargo de coordenadora do programa com a missão de aprimorar a formação dos médicos que atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS). Em uma conversa, a Dra. Márcia compartilhou sua trajetória profissional, objetivos para o programa e detalhes sobre como os residentes poderão se beneficiar de sua gestão.

Márcia Roque em seu evento de apresentação

Márcia Roque em seu evento de apresentação

A trajetória da Dra. Márcia Roque é marcada por décadas de dedicação à medicina e ao aprimoramento da formação de profissionais de saúde. Após concluir sua graduação em Ciências Médicas na Universidade Estadual de Recife, em 1989, ela iniciou sua residência em ginecologia e obstetrícia no município de São Paulo. Ao longo de sua carreira, a Dra. acumulou uma vasta experiência, incluindo passagens pelo Instituto Brasileiro do Controle do Câncer (IBCC) e pelo programa de DST-AIDS.

Com experiência na 8ª COREME, onde já atuava como preceptora de ensino, Márcia busca formar profissionais de saúde com empatia e habilidades técnicas sólidas, o que inclui a promoção de habilidades, competência e conhecimento, essenciais para um atendimento eficaz no SUS.

A Dra. está determinada a aprimorar a formação dos médicos do SUS, capacitando-os a compreender a gestão do sistema de saúde municipal. Ela acredita que a saúde complementar é uma consequência natural desse aprimoramento, e seu foco principal é garantir que os residentes estejam preparados para atender aos pacientes e usuários do SUS.

Os residentes em Ginecologia e Obstetrícia da 8ª COREME atuam em uma ampla gama de equipamentos de saúde disponíveis na prefeitura. Isso inclui Unidades Básicas de Saúde (UBS) em diferentes regiões da cidade, bem como hospitais municipais. Essa abordagem permite que os residentes tenham uma compreensão abrangente de como o município funciona em diferentes áreas. Essa exposição diversificada é fundamental para preparar os futuros médicos para atender às necessidades variadas da população nos diversos níveis de assistência.

Paulo Mazzaferro, Coordenador da 8ªCOREME e Márcia Roque

Paulo Mazzaferro, Coordenador da 8ªCOREME e Márcia Roque

8ª COREME

A Comissão de Residência em Rede - 8ª COREME é um modelo de residência médica que faz parte de uma reforma no ensino médico no Brasil, implementado ao longo da década de 2010. Essa reforma teve como objetivo melhorar a formação dos médicos, tornando obrigatórios diversos estágios na rede pública de saúde durante a graduação. Isso visava proporcionar aos estudantes uma compreensão mais abrangente do Sistema Único de Saúde (SUS).

Uma das inovações dessa reforma foi a introdução do modelo de residência em rede. A principal diferença desse modelo em relação ao tradicional é que os residentes não ficam restritos ao ambiente hospitalar. No modelo tradicional os residentes realizam sua formação em hospitais, ambulatórios, enfermarias, pronto-socorro e UTIs hospitalares. No entanto, na residência em rede, os residentes também trabalham em Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPES), Ambulatórios de Especialidades da rede e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), entre outros equipamentos não hospitalares.

O objetivo desse modelo é formar médicos especializados que estejam preparados para atuar em qualquer ponto da rede de atenção à saúde. No que diz respeito à Residência em Ginecologia, para o coordenador geral da 8ª COREME, Dr. Paulo Mazzaferro, a expectativa é que com a nova coordenadora do programa, haja um aumento da atuação dos residentes na atenção primária, como em UBSs. “Isso permitirá que os residentes acompanhem o pré-natal de baixo risco, o que normalmente não é o foco da formação tradicional, que se concentra em casos de alto risco e emergências”, afirma Paulo e finaliza explicando que “com essa abordagem, a formação médica se volta não apenas para o tratamento de patologias, mas também para a prevenção e o preparo das mulheres para um parto saudável e uma boa amamentação.”