Quase 3700 árvores esperam pela ENEL para poda

Levantamento da Prefeitura mostra que tem árvore desde agosto de 2020 na fila

Uma floresta aguarda a liberação da Enel para que a poda preventiva seja realizada. A Prefeitura de São Paulo, através do Sistema de Gerenciamento de Zeladoria( SGZ), da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), tem um levantamento de todas as ordens de serviço que estão paradas enquanto a Enel não libera os galhos em contato com a fiação.

 

 

Ao todo, são 3690 árvores. A mais antiga da fila é de agosto de 2020. A partir daí, todos os meses foram registradas ordens de serviço para poda da Enel, formando esse estoque pendente. Em agosto de 2021 - um ano depois da primeira da fila, eram mais 48 árvores. Em agosto do ano passado, mais 1339. E este ano, no mesmo mês, outras 1262.

 

A Secretaria das Subprefeituras encaminhou para poda 21.597 árvores. A Enel executou o serviço em 16.569. O resto, é esse saldo que continua à espera da empresa de energia. Os dados contabilizam as informações até outubro de 2023.

Em 2020, a Prefeitura fez um novo convênio com a Enel Distribuição São Paulo, para melhorar o tempo de atendimento da concessionária. Foram estabelecidas técnicas e regras mais adequadas ao manejo das árvores e no cuidado para manter o equilíbrio das espécies arbóreas. A plataforma SGZ, criada em 2019, passou a encaminhar, de forma online e em tempo real, as ordens de serviço para que a Enel libere as árvores da fiação.

 

 

 

Durante a passagem do ciclone por São Paulo, na última sexta-feira, 03/11, os ventos de mais de 100 km/h registrados na cidade, aumentaram a dívida que a ENEL tem com a capital. Dois dias depois do vendaval, o passivo nas ruas a espera da liberação da empresa chegou a 125 árvores. Caminhões e equipes da Prefeitura ficaram à espera do corte da energia para conseguir fazer as remoções das árvores caídas.

 

O controle tecnológico da Prefeitura é um aliado na cobrança por uma postura mais eficiente por parte dos órgãos que prestam serviços à população. O atendimento das demandas via SP156, é prioridade na gestão municipal. Assim que o munícipe registra a solicitação para remoção ou poda, é encaminhada para a subprefeitura da região. Um engenheiro agrônomo avalia a condição de saúde da árvore e a necessidade da poda. A partir daí, a árvore entra no cronograma de atendimento, que já foi de 507 em 2017 e hoje está em pouco mais de 60 dias.

Mas nessa conta, a Enel pode fazer o relógio parar. Se a árvore estiver em contato com a fiação, por segurança, entra na fila da concessionária que, como mostra o SGZ, pode ser de muita espera.