Prefeitura de São Paulo cria oito miniflorestas, recupera fauna, flora e aumenta a permeabilidade do solo

São os Bosques de Conservação que melhoram a qualidade de vida e somam uma área de 45 mil metros quadrados.

Na cidade mais populosa do país, florestas estão sendo plantadas em áreas públicas da capital paulista. A iniciativa é da Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal das Subprefeituras, e transforma espaços urbanos degradados em áreas de reflorestamento, para ampliar a permeabilidade do solo, mediante a captação de águas de chuva; reconstituir habitats naturais; recuperar ecossistemas; aumentar a cobertura vegetal; preservar a flora e fauna da cidade de São Paulo além, da melhoria da qualidade de vida da população.



Oito novos bosques vão ser entregues até julho deste ano, aumentando para 9 os existentes ( o primeiro fica na avenida do Estado, próximo ao Parque D.Pedro). Eles funcionam como “pulmões”, contribuindo para a diminuição da poluição do ar ao transformar parte do gás carbônico em oxigênio. O CO2 é um dos responsáveis pelo aquecimento global. A cada 7 árvores, é possível sequestrar uma tonelada de carbono nos seus primeiros 20 anos de idade. Nos bosques de conservação haverá o plantio, ao todo, de 3.600 exemplares.

Formado por espécies do cerrado e da mata atlântica, a preparação do solo leva, em média dois meses. Descompactação, correção, adubação (composto orgânico municipal) e camada de proteção (mulching), feita a partir de restos de podas de árvores e outros resíduos vegetais, permitem o melhor desenvolvimento das mudas plantadas. Cada bosque é um berçário natural para o desenvolvimento delas e leva o nome de um pássaro. Entre os exemplares arbóreos escolhidos, estão: ipês, guajuvira, guanandi e mirindiba rosa. A abundância de cada tipo de árvore leva em consideração a que melhor serve de alimento. No Bosque das Maritacas, por exemplo, para atrair essa população, há uma quantidade maior de jerivás, uma palmeira que produz um fruto que é o alimento predileto dessa ave.



A vocação natural de cada bosque também foi respeitada. Bosques como Garça, preservam o leito originário do Rio Tietê. É nessa Marginal, por onde passa cerca de meio milhão de veículos todos os dias, que estão cinco bosques espalhados em mini anéis viários. É a conservação da natureza em meio ao crescimento urbano. E essa é a nova cara de São Paulo.

 

 

Veja a relação dos novos bosques:

Cambacica: Seu nome significa pássaro pequeno. Se alimenta de néctar, frutas e artrópodes. Vive em diversos hábitats: como áreas verdes abertas e semiabertas, arborizadas, onde existam flores - inclusive em quintais. Área total de 2.459,25 m². Localizada na alça de acesso à Ponte das Bandeiras.

Corruíra: É uma grande cantadora e seu canto é trinado, alegre e melodioso, considerado por muitos como a ave brasileira que tem o canto mais bonito. Alimenta-se de pequenos insetos que procura entre a folhagem baixa. Área total de 2.952,45 m2. Localizada na alça de acesso à Ponte Cruzeiro do Sul.


Garça: É comum à beira dos lagos, rios e banhados. Alimenta-se principalmente de peixes, mas também de roedores, anfíbios, répteis, insetos, pequenas aves. usa grandes árvores como dormitório. Área total de 4.863,53 m². Localizada na alça de acesso à Ponte Cruzeiro do Sul.


Curicaca: A beleza física desta ave e seu canto são muito bem exaltados no poema de Eulália Martorano Camargo. Seu nome significa: Ave com bico em forma de foice e com cauda curta. Se alimenta de artrópodes, como: centopeias, aranhas, insetos adultos e larvas. Pode predar pequenos lagartos, ratos, caramujos, anfíbios e pequenas serpentes. Área total de 4.569,97 m². Localizada na alça de acesso à Ponte das Bandeiras.


Periquito:
O periquito é uma ave psittaciforme da família Psittacidae. Também conhecido como periquito, periquito-verdadeiro, periquito-verde, maritaca (cidade de São Paulo). Se alimenta de frutas, principalmente coquinhos e sementes. Área total de 3.327,32 m². Localizada na alça de acesso à Ponte das Bandeiras.


Tuim: É a menor ave da família dos papagaios e periquitos no Brasil. São atraídos por árvores frutíferas como jabuticabeira, goiabeiras e imbaúbas. Adora os cocos de muitas palmeiras (alimentação predileta). Área total de 2.678,52 m². Localizada na alça de acesso à Ponte das Bandeiras.


Asa-branca: A pomba-asa-branca é uma ave columbiforme da família Columbidae. Esta ave inspirou Luis Gonzaga e Humberto Teixeira a compor uma das mais conhecidas canções populares, Asa Branca. Área total de 3.614,20 m². Localizada ao lado do Terminal Cidade Tiradentes.


Beija-flor: Os beija-flores são pequenas e coloridas aves pertencentes à família Trochilidae. O beija-flor é um importante agente polinizador, já que ao introduzir seu bico na flor em busca de alimento, milhares de grãos de pólen grudam em seu corpo e ele acaba levando-os de uma flor a outra. Área total de 14.744,50 m². Localizada na alça de acesso ao Viaduto Aleomar Balleiro.