Mercados públicos: universo de cores e sabores em São Paulo

Capital paulista possui 14 mercados públicos municipais que atraem paulistanos e turistas de mundo todo

Da Secretaria Especial de Comunicação:

Os mercados públicos são espaços democráticos, cheios de vida e histórias. São centros de compras, gastronomia, arte e convivência social. Mercados representam um universo de odores, cores e, principalmente, sabores. Em São Paulo, os mercados municipais mantidos pela Prefeitura são verdadeiras instituições dos paulistanos e atraem turistas que visitam a cidade.

O primeiro mercado público de São Paulo surgiu no século 19, na Várzea do Carmo, próximo ao Rio Tamanduateí (atual região do Parque D. Pedro II). Era conhecido como “Mercado dos Caipiras” e os produtos hortifrutigranjeiros eram vendidos em pequenas casas e bancas, o que lembrava mais uma feira livre.

O mais famoso mercado público da cidade, o Mercado Municipal de São Paulo, no Centro, começou a ser construído em 1928 e só foi inaugurado em 1933. Uma curiosidade: antes de ser aberto, o edifício projetado pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo serviu como depósito de munição e armas e alojamento das tropas paulistas durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

O Mercadão, como é carinhosamente chamado, recebe em torno de 50 mil pessoas por semana. Em seus 300 boxes encontra-se praticamente de tudo: frutas, verduras, legumes, bebidas, queijos, embutidos nacionais e importados e bacalhau. Nos restaurantes, os campeões de pedidos são dois ícones gastronômicos locais: o sanduíche de mortadela e o pastel de bacalhau.

Os mercados também são uma oportunidade de conhecer um pouco da história da cidade. “O mercado é um símbolo cultural da cidade. Aqui estão os hábitos e costumes alimentares de todos os povos que chegaram em São Paulo”, afirma Eduardo Chiappetta, sócio do Empório Chiappetta, aberto junto com o Mercadão, em 1933. Ele cita os italianos, sírios, portugueses, espanhóis e japoneses como exemplos de povos representados nas centenas de bancas. “Os japoneses, por exemplo, sempre foram muito importantes no cultivo de legumes e verduras.”

“A variedade e a qualidade dos produtos do mercado municipal são imbatíveis”, diz a professora aposentada Regina Borsatto, que todos os anos faz questão de manter a tradição da família em comprar bacalhau no Mercadão.

O Mercadão também faz a alegria dos turistas que visitam São Paulo. “Quem não vem ao Mercadão não pode dizer que veio a São Paulo”, diz a representante comercial Edileuda Alves, de Manaus (AM), enquanto percorria os corredores do mercado com a família em busca de frutas, embutidos e outras guloseimas.

Fora do Centro, outros mercados públicos são referências importantes em diversas regiões, como Santo Amaro, Lapa, São Miguel e Pirituba. No total, há 14 mercados (incluindo o Mercadão) espalhados por todas as regiões, além de 18 sacolões e duas centrais de abastecimento. Na Lapa, zona oeste, por exemplo, também são encontrados boxes de queijos, vinhos, cachaças e bacalhau, além de carnes e peixes.

Ainda na zona oeste, o Mercado de Pinheiros abriga estabelecimentos de chefs famosos, como Rodrigo Oliveira, do Mocotó, e Alex Atala, que transformou alguns boxes antigos no Instituto Ata, onde são vendidos produtos de cinco biomas brasileiros: Pampas, Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado.

"Os Mercados Municipais, Sacolões, Feiras Livres, Hortas Municipais e Centrais de Abastecimento, são espaços públicos que contribuem para o desenvolvimento da alimentação saudável e são fontes de renda para agricultores paulistanos e paulistas”, afirma o secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da secretaria do Governo, publicou consulta pública para a concessão do Mercado Municipal Paulistano, o Mercadão, e do Mercado Kinjo Yamato, ambos na região central da cidade. O edital de licitação prevê que a empresa vencedora da licitação seja a responsável pela restauração, reforma, operação e manutenção dos mercados. A concessão será por um período de 25 anos.