Biografia de Dinah Silveira de Queiroz (ex-patronesse)

Ex-patronesse da Biblioteca Pública Dinah Silveira de Queiróz (antiga Biblioteca Infanto-Juvenil do Tucuruvi), unificada com a atual Biblioteca Pública Municipal Sylvia Orthof.

Dinah_Silveira_de_Queiroz - arquivo nacional - imagem de domínio públicoDinah Silveira de Queiroz, romancista, contista e cronista, nasceu na cidade de São Paulo em 9 de novembro de 1911 e faleceu em 27 de novembro de 1982. Era filha do advogado Alarico Silveira e de Dinorah Ribeiro Silveira. Com a morte da mãe, ainda pequenas as irmãs Helena e Dinah foram para casas de parentes. Dinah foi morar com sua tia-avó Zelinda, que tanto influiria em sua formação. Datam desses tempos as temporadas na fazenda em São José do Rio Pardo, na Mogiana. Nas frequentes visitas que o pai fazia à filha, havia sempre tempo para os livros, quando ele lia, em voz alta, as narrativas de H. G. Wells. As passagens da Guerra dos mundos causariam grande impressão no espírito da menina, assim como os escritos de Camille Flamarion a respeito de astronomia.

Estudou no Colégio Des Oiseaux, em São Paulo. Casou-se aos 19 anos com Narcélio de Queiróz, advogado e estudioso de Montaigne, que teria grande influência nas leituras da mulher e a levaria a descobrir a vocação de escritora. Teve duas filhas, Zelinda e Léa. Em 1961, a romancista enviuvou e, no ano seguinte, casou-se com o diplomata Dário Moreira de Castro Alves.

Seu grande sucesso viria em 1939, com o romance Floradas na serra, contemplado com o Prêmio Antônio de Alcântara Machado (1940), da Academia Paulista de Letras, e transposto para o cinema em 1955. Em 1941, publicou o volume de contos A sereia verde, voltando ao romance em 1949, quando publicou Margarida la Rocque, e em 1954, com o romance A muralha, em homenagem às festas do IV Centenário da fundação de São Paulo. Ainda em 54, a Academia Brasileira de Letras lhe conferiu o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Em 1956 fez uma incursão no teatro com a peça bíblica O oitavo dia. No ano seguinte, publicou o volume de contos As noites do morro do encanto, que fora laureado com o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras (1950). Em 1960 publicou outro volume de contos, Eles herdarão a terra, no qual já manifestava seu interesse pela ficção científica, que irá expressar-se melhor em Comba Malina (1969). Em ambos, prevalece a narrativa vazada dentro do chamado realismo fantástico.

Em 1962 foi nomeada Adido Cultural da Embaixada do Brasil em Madri. Seguiu com o marido para Moscou onde permaneceu por quase dois anos, escrevendo artigos e crônicas, que eram veiculados na Rádio Nacional, na Rádio Ministério da Educação e no Jornal do Commercio. Suas crônicas diárias foram reunidas no livro Café da manhã (1969), e ainda em Quadrante I e Quadrante II.

Em 1964 escreveu Os invasores, romance histórico em comemoração ao IV Centenário da fundação da Cidade do Rio de Janeiro. Em 1966 foi morar em Roma onde continuou a escrever crônicas e manteve um programa semanal na Rádio do Vaticano. Publicou a biografia da Princesa Isabel, A princesa dos escravos, e Verão dos infiéis, romance inspirado nas palavras do Papa Paulo VI ao falar perante a Assembleia da Organização das Nações Unidas, em 1965. Essa obra recebeu o prêmio de ficção Prefeitura do Distrito Federal em 1969, quando comemorava a escritora trinta anos de literatura. Em novembro de 1974, iniciou a publicação do Memorial do Cristo, cujo primeiro volume se intitula Eu venho, seguido, em 1977, do segundo volume, Eu, Jesus.

Dinah foi a segunda mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras; é a sétima ocupante da Cadeira 7, eleita em 10 de julho de 1980.

A escritora viveu os últimos anos em Lisboa, Portugal, onde o embaixador Dário de Castro Alves chefiava a representação diplomática do Brasil. Lá escreveu seu último romance, Guida, caríssima Guida, publicado em 1981.

Obras: Floradas na serra, romance (1939); A sereia verde, novela e contos (1941); Margarida la Rocque, romance (1949); A muralha, romance (1954); O oitavo dia (teatro 1956); As noites do morro do encanto, contos (1957); Eles herdarão a terra, ficção científica (1960); Os invasores, romance (1965); A princesa dos escravos, biografia (1966); Verão dos infiéis, romance (1968); Comba Malina, ficção científica (1969); Café da manhã, crônicas (1969); Seleta, (1974); Eu venho, Memorial do Cristo I (1974); Eu, Jesus, Memorial do Cristo II (1977); Baía de espuma, literatura infantil (1979); Guida, caríssima Guida, romance (1981).

Veja a biografia completa no website da Academia Brasileira de Letras (ABL) em https://www.academia.org.br/academicos/dinah-silveira-de-queiroz/biografia e na Wikipédia em https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinah_Silveira_de_Queiroz

Observação: A Biblioteca Pública Dinah Silveira de Queiróz foi unificada com a Biblioteca Pública Municipal Sylvia Orthof

Biblioteca Pública Dinah Silveira de Queiróz - Biblioteca Infanto-Juvenil do Tucuruvi - Ramal 26,
Criação: Decreto nº 17.535 de 14 de setembro de 1981 (pdf)
Denominação: Decreto n.º 21.778 de 24 de dezembro de 1985 (pdf) (Biblioteca Pública Dinah Silveira de Queiróz)
Junção e nova denominação: Decreto nº 46.434 de 6 de outubro de 2005 (pdf) (Art.29 : Ficam reunidas, sob a mesma direção e local, as seguintes bibliotecas integrantes do Sistema Municipal de Bibliotecas: III - Biblioteca Pública Dinah Silveira de Queiróz e Biblioteca Infanto-Juvenil Sylvia Orthof, no Tucuruvi, sob a denominação de Biblioteca Infanto-Juvenil Sylvia Orthof, posteriormente alterada para Biblioteca Pública Municipal Sylvia Orthof .