Novas estações meteorológicas e sensores vão monitorar alagamentos.

Prefeitura investe em sistemas preditivos para mitigar o efeito das chuvas.

O monitoramento das chuvas na cidade de São Paulo ganhou dois reforços: 30 estações meteorológicas e cem sensores espalhados pelos pontos críticos com histórico de alagamentos. A instalação começou em junho e sessenta sensores já estão nas ruas. Eles captam a lâmina d’água (profundidade), informação fundamental para o acionamento das equipes de zeladoria.

As estações meteorológicas vão ampliar a cobertura de dados, trazendo precisão. Cada estação cobre, em média, um raio de 25 quilômetros e complementa a rede do CGE, o Centro de Gerenciamento de Emergências. A instalação delas começou no mês de outubro e todo o sistema estará atuando a partir de novembro, antes do verão.


Essa expansão faz parte do sistema Urano, desenvolvido pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), em 2021.
O Urano utiliza o cruzamento de dados como temperatura, umidade relativa do ar, direção do vento e acumulação e intensidade das chuvas para, de forma preditiva, enviar as equipes e os equipamentos necessários para mitigar os efeitos da chuva que se avizinha. Essa atuação rápida ajuda na recuperação da cidade. Em média, 40 minutos depois dos temporais, as principais vias da capital têm sua rotina devolvida.

Dois exemplos dos sensores já instalados, estão nas ruas Vladimir Herzog- no cruzamento com a Carlos Spera, e Padre Viegas de Menezes- no cruzamento com a Itagimirim. O sistema é composto por uma placa solar responsável por carregar o equipamento, um painel de controle que transmite os dados para o Centro de Controle Operacional (CCO-SMSUB), sensores que registram o acúmulo e a entrada da água, que é o tubo por onde a chuva acessa o sistema.



Equipes de zeladoria realizam a limpeza de bueiro com auxílio de hidrojato — Crédito SMSUB


Durante os períodos de chuva, as equipes de zeladoria se preparam de maneira sistemática para atender à população. A SMSUB conta com mais de 800 equipes, que diariamente executam serviços de limpeza urbana e zeladoria em córregos, bocas de lobo, bueiros e outros pontos, além de realizar a manutenção e desassoreamento dos piscinões da cidade (monitorados em tempo real).

Em parceria com a Defesa Civil, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (SAISP) e o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), a SMSUB expande o alcance do Sistema Urano, que está acoplado ao Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ), permitindo a integração de diversos órgãos municipais, o que melhora a eficiência das ações de zeladoria da cidade em períodos chuvosos.

 


Centro de Controle Operacional da Secretaria Municipal das Subprefeituras — Créditos SMSUB

No mesmo contexto de parceria, a Secretaria Municipal das Subprefeituras promove ações de conscientização junto à população que reside nas áreas mapeadas, fornecendo informações sobre os equipamentos instalados, a importância de evitar vandalismo e de realizar o descarte correto de resíduos.

 

Piscinões e Pôlderes

A expansão do Sistema Urano inclui os piscinões e pôlderes. Antes, os equipamentos monitorados pela SMSUB somavam 38 e agora, são 50. Os piscinões são reservatórios que recebem água excedente dos rios para evitar transbordamentos e depois bombeiam de volta. O Urano consegue determinar o melhor momento e a intensidade do bombeamento, através do cruzamento de dados.

Esse mapeamento não apenas possibilita a restauração rápida da infraestrutura em áreas propensas a alagamentos, com um prazo máximo de 24 horas, mas também antecipa de forma totalmente automatizada a necessidade de serviços de microdrenagem.