Maior programa de recape da Capital Paulista chega a 200 trechos finalizados.

Maio entra para a história como o mês em que cerca de um milhão de metros quadrados foi executado, o que corresponde a 153 Maracanãs.

Para quem cruza uma das maiores cidades do mundo, o recapeamento pode ser visto em todas as direções por onde passam os coletivos, o transporte pesado e os veículos de passeio que atravessam a metrópole. E para uma cidade que tem uma malha viária complexa, que em quilômetros mede a distância entre o Brasil e a China, o recape vai cravando no asfalto seus marcos históricos.

Um deles veio em maio. Com 80 frentes simultâneas, o programa finalizou num único mês quase um milhão de metros quadrados ( 980 mil m²). Hoje, 68, podendo aumentar a qualquer momento porque a conservação das vias vai se consolidando diariamente. Toda semana novos contratos são assinados, muitas vezes em questão de horas entre o anterior e o mais recente. Máquinas foram importadas da Alemanha pelas empresas contratadas, para dar conta do gigantismo proposto numa atitude desafiadora da Prefeitura de São Paulo: recuperar 20 milhões de metros quadrados até o final de 2024.

A meta é perseguida diariamente pela equipe de engenheiros, projetistas, analistas e técnicos. Gente focada em fazer do maior, o melhor programa de recapeamento da cidade de São Paulo.

Prestes a completar um ano em 20 de junho de 2022, o programa chega no mês de aniversário com sete milhões de metros quadrados de recape novos contratados. Esse é outro marco histórico. Quando começou, o recape tinha a pretensão de fazer 5,8 milhões de metros quadrados. A meta foi ultrapassada em onze meses.

Com a dinâmica voltada a projetos desafiadores e sustentabilidade, o recapeamento utiliza técnicas que preservam o meio ambiente e materiais de qualidade comprovada, exigindo que metade do asfalto retirado seja reciclado e utilizado. Menos aterro, maior preservação da matéria -prima.

Os 68 trechos em andamento totalizam uma área de mais de 2 milhões de metros quadrados. Desde o início do programa, o recape finalizou 202 trechos, que correspondem a cerca de 4,7 milhões de metros quadrados. Somente este ano, de janeiro a maio, foram 3,7 milhões de metros quadrados executados. A recuperação é feita com o uso de tecnologia de ponta, correção dos danos estruturais e material resistente à fadiga provocada pelo tempo e pelo tráfego intenso. Todo o serviço é realizado durante a madrugada, é algo gigantesco não visto pelas pessoas, mas realizado diariamente de Norte a Sul da cidade.

A alta circulação de veículos, caminhões e ônibus desgastam o asfalto formando buracos e, quando não tapados, prejudicam a mobilidade dos veículos e pessoas. Com estes desafios, além do programa que recupera a malha viária, a cidade monitora 100% de suas vias para melhor assertividade de serviços necessários com tapa-buraco, além da fiscalização de intervenções das 137 concessionárias que atuam na cidade.
 

 

 

 

Fiscalização do Solo


As 137 concessionárias que realizam intervenções no pavimento têm como objetivo acessar o subsolo. Nesses casos, existem duas maneiras de uma concessionária realizar essas intervenções: por solicitação de obra ou por obras de emergência. Em ambos os casos, é necessário fazer a solicitação e informar por meio do Geoinfra. Portanto, qualquer intervenção não informada é considerada irregular.

Nas intervenções de infraestrutura, como gás, esgoto ou telecomunicações, as empresas devem informar a duração da obra, o engenheiro responsável e apresentar o TPOV (Termo de Permissão de Ocupação de Via). No caso de obras de emergência, elas devem informar o engenheiro responsável e concluir a intervenção dentro de 48 horas. De janeiro a junho deste ano, foram lavradas 462 multas, totalizando R$ 21.157.772,80.

Atualmente, seis empresas prestam serviço de tapa-buraco para a Prefeitura. A fiscalização do tapa-buraco é executada com base em relatórios e imagens anexadas na ordem de serviço. Todas as equipes da Administração Municipal seguem manual para execução do Tapa-buraco, desenvolvido em parceria com Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo é a única no país a ter uma diretriz como essa. O Manual criou metodologia, equipamentos utilizados, treinamento técnico dos operadores, material usado e relatórios para aferir a qualidade.
 

 

Sustentabilidade

Previsto em contrato, o programa é realizado de maneira sustentável, com a utilização do RAP espumado. Desde junho de 2022, mais de 180 mil toneladas de material reciclado foram utilizados no serviço. Entre os critérios considerados para a escolha destas vias, estão o volume de tráfego e a deterioração do pavimento existente, demanda de transporte coletivo sobre pneus, histórico de operação de conservação de pavimentos viários, além de outras demandas da própria comunidade.

 

Intervenções na Madrugada

O serviço acontece, preferencialmente, depois das 23 horas, para não prejudicar a mobilidade. A Secretaria Municipal das Subprefeituras realiza em campo um controle rigoroso das ações, com um mapeamento inédito de todas as vias elegíveis para recapeamento, cronograma enxuto e pontual sobre o que a engenharia chama de patologias do asfalto (desde irregularidades provocadas por trincas, quanto problemas estruturais que enfraquecem o revestimento da via).

Após o serviço finalizado pelo programa de conservação e manutenção da malha viária, as vias entram no cronograma da CET para sinalização. Todas as previsões de entrega foram cumpridas e o tempo de execução, em média de 120 dias, abreviado em grandes avenidas.

As intervenções corrigem os danos estruturais e recuperam as vias com material resistente à fadiga provocada pelo tempo e tráfego intenso numa das maiores cidades do Mundo, e usa as tecnologias da informação e de engenharia para diagnosticar as condições e os problemas nas vias, soluções de recomposição do pavimento de acordo com a patologia apresentada e recuperação da malha viária com asfalto de qualidade superior como o SMA (Stone Matrix Asphalt, composto por polímero e fibra). Essa mistura é utilizada na Europa em países como a Alemanha, Suécia e Inglaterra, sendo mais resistente à fadiga.