Dicas de Leitura - Autoras que escrevem desde as periferias

A literatura brasileira é rica e diversificada, refletindo as muitas vozes e perspectivas que compõem esse país vasto e multicultural.

 Das periferias brasileiras tem surgido uma série de escritoras que, por meio de poemas, narrativas ficcionais e (auto)biográficas, trazem para o campo literário temas, termos, personagens e linguajares que refletem as margens econômicas, sociais e políticas do país.

Selecionamos algumas obras escritas por autoras que enriquecem o universo literário e cultural brasileiro com seus olhares de fora do cânone.
Lembrando que as obras dessas autoras periféricas oferecem visões ricas e diversas da sociedade brasileira e são essenciais para uma compreensão mais completa da literatura brasileira contemporânea. Aproveite sua leitura!

Dicas de Leitura - Autoras que escrevem desde as periferias


Identidade e força ancestral : histórias de mulheres dentro da periferia de São Paulo - Brenda Torres e Sabrina Nascimento
Neste livro, as autoras registraram um importante fragmento de histórias que, até então, foi silenciado por uma estrutura sistemática que nos oprime e violenta. Elas representam o emblema de resistência para uma geração que busca suas memórias para se fazer presente. Esse livro é baseado no feminismo interseccional, tratando questões de gênero, raça e classe.
As Autoras contam a história de sete mulheres moradoras das periferias de São Paulo: Tula Pilar, Ana Paula Nascimento, Marilu Cardoso, Aline Anaya, Jéssica Moreira, Giovana Tazinazzo e Bea Andrade. E, apesar de terem feito este livro por e para as mulheres, esperam que as histórias aqui presentes possam servir como inspiração para reflexões de qualquer pessoa, independente da característica pessoal e social.
Feminismo - São Paulo (SP) - História - Século 21; Mulheres - Identidade - São Paulo (SP); Periferias - São Paulo (SP)

Tinta loka street book - Bonga Mac,Tamires Santana
"Neste livro você encontrará histórias de artistas e iniciativas coletivas que se utilizaram do Graffiti Art para provocar, envolver e inspirar. Quando falamos de graffiti em São Paulo, não podemos apenas nos concentrar na capital. O Estado é gigante e as cidades do interior têm um grande potencial, com muita gente de renome. Tinta Loka mostra o potencial da cena paulista em vários estilos."
Grafitos - São Paulo (Estado) - Fotografias e ilustrações; Arte de rua - São Paulo (Estado) - Fotografias e ilustrações; Grafiteiros - Brasil - Biografia

Perifeminas II - organização Georgette Maloupas; Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais
Segunda volume da antologia que reúne autoras de diversas regiões do mundo. Organizado pela Frente Nacional de Mulheres, o livro apresenta 52 autoras ligadas ao Hip-Hop 13 delas são de fora do país. Incluindo mcs, b. girls, graffiteiras, DJ , poetizas, militantes, todas mulheres, apre- sentando suas crônicas, poesias, contos, desabafos e relatos. O projeto foi selecionado pelo VAI (Valorização de Iniciativas Culturais), e conta com a participação do grupo feminino Odisséia das Flores.
Hip-hop; Mulheres musicistas no rap; Movimento da juventude

Café - Dona Jacira
"Biografia narrada em primeira pessoa, Café nos apresenta palavras impressas que refletem mais que o brilho da poesia que, por vezes, brota do riso e o olhar reflexivo de Dona Jacira, tal como em um baile, as palavras valsam entre um capítulo e outro e vão, suavemente, apresentando a rica história de uma mulher que decidiu perseverar. Mas, não se engane! A obra descortina mais que a história de uma mulher de personalidade forte. Café fala sobre sonhos, desilusões, desejos, identidade, território, justiça e medo. Como bem colocado pela educadora, Maria do Rosário, outra mulher lutadora nos palcos da vida, ao prefaciar o livro: “Cuidado, você está entrando em terreno perigoso!”. E o perigo é não parar de folhear as páginas que apresentam não só a história de Dona Jacira, refletem a realidade crua da vida que é imposta as muitas “Jaciras” de nosso Brasil, mulheres que cismaram em não desistir da vida, que se recusaram a parar de sonhar. “Acredito que o livro vai contar e se fazer ouvir pelas milhões de "Jaciras" que estão espalhadas Brasil afora. E, guardada as devidas proporções de espaço e tempo, são histórias que refletem, infelizmente, a realidade de muitas mulheres no Brasil e no mundo até hoje”, alerta o músico e produtor executivo da obra Evandro Fióti. Café não nos oferta uma história triste - ainda que faça rolar uma lágrima aqui e acolá a cada lance narrado e vivido por Dona Jacira -, fala de coragem, de altivez, de bondade, de humanidade. Fala de uma criança que, precocemente, virou mãe, mulher, cidadã e que muito cedo enfrentou a dureza da vida, a navalha dos preconceitos e descobriu que a violência podia estar sentada no sofá da sala, na mesa de jantar ou se esconder nas paredes de sua infância. O livro nos ensina perseverança, arte e amor pela vida."
Poligrafia brasileira - Século 21; Jacira, Dona, 1964-; Escritoras negras - Autobiografia; Artistas - Brasil - Autobiografia

Você repórter da periferia : visões e vivências do jornalismo nas periferias - Evelyn Vilhena ... [et al.]
Visões e Vivências do Jornalismo nas Periferias apresenta as experiências vividas pelos quatro integrantes e também de uma ex- integrante do coletivo de comunicação Desenrola e Não Me Enrola, sobre as transformações sociais, políticas e profissionais causadas pela realização do Você Repórter da Periferia, programa dedicado a formação de jovens oriundos de diferentes territórios das periferias e também da religião metropolitana de são Paulo, com duração de sete meses, criado em 2013.
Jornalismo; Jornalismo - Orientação profissional

A número um - Raquel de Oliveira
A coragem e a força narrativa de Raquel de Oliveira fazem deste romance um marco para a história da literatura brasileira. Criada desde pequena entre criminosos da maior favela do Rio, ela viveu um amor extraordinário com um dos principais traficantes cariocas e se tornou, ela própria, personagem central do tráfico de drogas na cidade. Contar essa história já seria muito, mas Raquel vai além: contrariando qualquer expectativa, ela suplanta as amarras da memória e transforma a própria experiência em uma obra literária que, como poucas, mostra-se a cada página digna deste nome. Em ritmo vibrante, constrói uma narrativa áspera, perturbadora, que traz o leitor para dentro de um mundo a um só tempo singular e profundamente humano
Romance brasileiro - Século 21; Favelas - Rio de Janeiro (RJ) - Ficção; Tráfico de drogas - Rocinha (Rio de Janeiro, RJ) - Ficção

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