Jardins de chuva ganham certificado internacional de boas práticas

A cerimônia aconteceu às 18h30 na Coréia do Sul e teve a participação online da Secretaria Municipal das Subprefeituras.

São Paulo recebeu na manhã de hoje (06h30 horário de Brasília) o reconhecimento internacional pela ampliação do Programa Jardins de Chuva. A premiação aconteceu na Coréia do Sul, no AIPH World Green City Awards, organizado pela Associação Internacional de Produtores de Horticulturas (AIPH). A Prefeitura da capital participou junto com cidades do mundo inteiro pelas boas práticas. Além de São Paulo, cidades do Canadá, da Austrália e Zimbábue também receberam esse certificado.

 

 

 

O certificado é uma honraria pela inovação e ideias sustentáveis de utilização de espaços, de acordo com o chairman do AIPH Green City Committee, Bil Hardy. A premiação da AIPH tem o objetivo de reconhecer projetos e iniciativas de cidades que fazem uso de vegetação e da natureza para melhorar ambientes urbanos. A secretária adjunta da Secretaria Municipal das Subprefeituras, Ana Carolina Lafemina, participou do evento de forma online.

“Nós ampliamos o programa Jardins de chuva em toda a cidade. Saímos de 23 até 2017 para 273 em 2022, o que mostra a importância que tem a sustentabilidade para nós. E é fundamental compartilhar as nossas experiências de cidade verde com o mundo”, disse a secretária adjunta.

Solução Baseada na Natureza (SBN), o jardim de chuva controla e evita os efeitos das enchentes e alagamentos, além de somar beleza em áreas verdes inovadoras. A água da chuva escoa para os jardins por meio de uma rede de drenagem subterrânea, o que evita o acúmulo na superfície. O sistema funciona como um reservatório para o excesso de água. E a capacidade da vegetação em filtrar os poluentes da água da chuva, ajuda a entregar uma água mais limpa para os bueiros, que desaguam nos rios e córregos.

Todas as obras foram realizadas por equipes contratadas pelas Subprefeituras. Os jardins de chuva não possuem orçamento dedicado. As intervenções são feitas com os recursos da Dotação 2386 e 2705, que são destinados à manutenção e operação de áreas verdes, praças, canteiros centrais e remanescentes de cada Subprefeitura.

"A implantação de áreas verdes é muito importante para diminuir a aridez da cidade, com a utilização de plantas e flores. Porém, mais do que isso, os jardins de chuva têm como diferencial a capacidade de drenar a água que até então ficava acumulada no asfalto. É mais uma medida para diminuir os pontos de alagamentos", afirma Alexandre Modonezi, secretário municipal das Subprefeituras.

A captação natural da água da chuva acontece em sete tipos de jardins de chuva. São eles:

Jardins de chuva tradicional: Jardim rebaixado que capta, limpa e infiltra água da chuva sob vias pavimentadas (quando tem função urbana). Evita pontos de alagamentos e colabora na remoção de poluentes da água.

Vagas verdes: Do tamanho de uma vaga de estacionamento de carro, no leito das vias, é utilizado para criar um microambiente diferenciado. Com função de captação de água, as vagas ajudam a minimizar os efeitos de alagamentos e de poluição difusa nas vias públicas.

Bosques de Conservação Urbana: Pequenas florestas heterogêneas, criadas em espaços urbanos, com espécies arbóreas e arbustivas nativas, endêmicas e atrativas para a fauna da cidade. Os bosques visam a conservação, preservação e enriquecimento da biodiversidade, além da melhoria da qualidade de vida dos munícipes.

Calçada com poços de infiltração: Poços de infiltração para águas pluviais construídos nas faixas verticais das calçadas. São instalados em pequenos locais onde não há espaço suficiente para implantar jardins de chuva.

Escadarias verdes: Canteiros criados com uso de vegetação ornamental para contenções hídricas. As plantas recebem as águas pluviais da escada e reduzem a velocidade até chegar ao chão.

Biovaleta: Jardim que capta as águas das chuvas, filtra e reduz os sedimentos antes de devolvê-la para o sistema de drenagem pluvial. Além destes benefícios, reduz a energia das águas que correm pela via.

Land Art: Arte realizada em terreno natural. A própria área verde é trabalhada de modo a integrar-se à obra.

Os jardins estão distribuídos nas zonas norte, sul, leste, oeste e centro. Por região, a distribuição é:

- 122 no Centro
- 35 na Zona Norte
- 40 na Zona Leste
- 16 na Zona Oeste
- 60 na Zona Sul.

Confira aqui a lista de jardins de chuva distribuídos pelas Subprefeituras.