HIV

Informações para o Cidadão e Profissionais de Saúde

HIV é a sigla do vírus da imunodeficiência humana. Esse vírus atinge o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus à outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gestação e amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. 

     

    


SAIBA MAIS SOBRE O HIV


O que é? 

HIV é a sigla em inglês do Vírus da Imunodeficiência Humana; a aids é a doença causada pela infecção desse vírus. Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças, as células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessas células fazendo cópias de si mesmo, após se multiplicar rompe os linfócitos em busca de outras células para continuar a infecção.

Transmissão

A transmissão do HIV ocorre das seguintes formas:

  • Sexo vaginal sem camisinha;
  • Sexo anal sem camisinha;
  • Sexo oral sem camisinha;
  • Uso de seringa por mais de uma pessoa;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
  • Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Sintomas

Após a infecção pelo vírus o sistema imunológico começa a ser atingido; na primeira fase chamada de infecção aguda começa com um período de incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas. Os primeiros sintomas são parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.

Se o tratamento não é iniciado, ocorre o comprometimento progressivo do sistema imunológico, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até mesmo serem destruídas, o que leva  a diminuição  dos glóbulos brancos do sistema imunológico e o adoecimento (AIDS). Nesta fase o indivíduo não tratado pode apresentar febre prolongada, diarreia, suores noturnos e emagrecimento e pode durar de 5 a 8 anos. A baixa imunidade  devido ao não tratamento da doença favorece à infecções no pulmão, sangue e cérebro,  como tuberculose,  toxoplasmose, pneumocistose e infecções fúngicas, nesta fase o risco de óbito é muito elevado. 

Diagnóstico

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por testagem rápida ou convencional para HIV. Quanto mais precoce for o diagnóstico mais cedo se inicia o tratamento e menores são os ricos de adoecimento e de transmissão do vírus. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). 

Tratamento

Os  medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo e desde então houve uma evolução muito grande na sua eficiência, na maior tolerância e na simplificação do tratamento. O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas. A carga viral indetectável está associada a não transmissão e qualidade de vida.

Desde 1996 o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV e que necessitam de tratamento.?
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Prevenção

A melhor técnica para evitar a contaminação de HIV/aids é a prevenção combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção, aplicadas em diversos níveis para responder as necessidades específicas dos segmentos populacionais.

Na prevenção combinada temos as intervenções biomédicas, comportamental e intervenções estruturais. 

- Intervenções biomédicas clássicas (métodos de barreira como preservativos masculinos , femininos e gel lubrificante); intervenções biomédicas baseadas no uso de ARV ( antirretrovirais) que são a profilaxia Pós-exposição - PEP e Profilaxia Pré-exposição - Prep.

- Intervenções comportamentais:  São ações que contribuem  para o aumento da informação e da percepção do risco de exposição ao HIV e para sua consequente redução, mediante incentivos a mudanças de comportamento da pessoa e da comunidade ou grupo social em que ela está inserida. 

- Intervenções estruturais são ações que visam diminuir a vulnerabilidade de grupos sociais e envolvem o  preconceito, estigma, discriminação ou qualquer outra forma de alienação dos direitos e garantias fundamentais à dignidade humana.

 


HIV EM GESTANTES


E se o teste for positivo para o HIV durante a gestação?

As gestantes que forem diagnosticadas com HIV durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos antirretrovirais durante toda gestação e, se orientado pelo médico, também no parto. O tratamento previne a transmissão vertical do HIV para a criança.

O recém-nascido deve receber o medicamento antirretroviral (xarope) e ser acompanhado no serviço de saúde especializado de escolha da mãe. Recomenda-se também a não amamentação, evitando a transmissão do HIV para a criança por meio do leite materno.

Importante: Mulheres com diagnóstico negativo para HIV durante o pré-natal ou parto devem utilizar camisinha (masculina ou feminina) nas relações sexuais, inclusive durante o período de amamentação, prevenindo a infecção e possibilitando o crescimento saudável do bebê.

Cuide de você e  do seu bebê !! Faça todas as testagens no seguimento do Pré- Natal! 

Para mais informações acesse:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/istaids/
 


NOTIFICAÇÃO


A infecção pelo HIV/ aids, em todas as faixas etárias, inclusive em crianças expostas ao HIV, é de notificação compulsória. Todos os casos devem ser notificados por qualquer profissional da saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados. 

HIV/ AIDS Adulto

A notificação de aids no território nacional teve início com a publicação da Portaria nº 542, de 22 de dezembro de 1986. A notificação do HIV se tornou obrigatória a partir de 2014. A notificação do HIV/aids permite monitorar as ações de prevenção do óbito por AIDS, e deve ser realizada em dois momentos:

1. Infecção pelo HIV: quando o indivíduo apresentar testes anti-HIV positivos e não preencher os critérios de caso de aids.
2. Aids: quando o indivíduo apresentar testes anti-HIV positivos e preencher pelo menos um dos critérios de caso de aids.

No SINAN NET utiliza-se a mesma ficha para notificar o paciente com a infecção pelo HIV e o paciente com aids, com os componentes de identificação e investigação. Os critérios definirão o quadro clínico do paciente. O componente investigação na ficha HIV/AIDS é  dividido em dados sobre os antecedentes epidemiológicos, dados do laboratório, critérios de definição de casos de aids, tratamento e evolução.

Gestante HIV

A infecção pelo HIV em gestantes, parturientes ou puérperas e crianças expostas ao risco de transmissão vertical do HIV passou a ser de notificação compulsória por meio da Portaria nº 993, de 4 de setembro de 2000. 

Até 2006 era usado o SINAN Windows com uma única ficha de investigação epidemiológica para a notificação do binômio mãe e criança. A partir de 2007, com o início do SINAN NET, as fichas se separaram, com a disponibilidade da ficha de notificação da gestante HIV. Em 2010 entrou a ficha de notificação da criança exposta ao HIV no SINAN NET. 

A notificação da gestante deve ocorrer a cada evento gestacional, desse modo toda vez que a mulher engravidar, ela deve ser notificada para cada gestação. No SINAN NET estão disponíveis para o preenchimento os componentes da identificação e da investigação na ficha da gestante HIV.

A data do diagnóstico da gestação não é a data do diagnóstico da infecção pelo HIV, e sim a data do diagnóstico de uma gestação cursando com o HIV. Ela deve ser preenchida de acordo com duas possibilidades:

  • Mulher sabidamente HIV antes da gestação: a data do diagnóstico deve ser a data da última menstruação (DUM), ou a data do exame de gravidez positivo, ou a data que for referida no prontuário marcando a gestação.
  • Mulher se descobre infectada pelo HIV durante o pré-natal ou no parto: a data do diagnóstico deve ser a data da realização da coleta da sorologia anti-HIV. 

O componente investigação na ficha da gestante HIV é dividido em dados sobre os antecedentes epidemiológicos da mãe/HIV, do pré-natal e do parto. O preenchimento das informações sobre o uso de TARV (terapia antirretroviral) materna durante o pré-natal, profilaxia ARV durante o parto e início da profilaxia ARV no recém-nascido são essenciais para a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV.    

No caso em que a mulher se descobre infectada pelo HIV durante a gestação é necessário notificá-la também para HIV/aids.

Criança exposta ao HIV

A criança exposta ao risco de transmissão do HIV é aquela nascida viva de mãe infectada pelo HIV ou com AIDS, ou amamentada por mulher infectada pelo HIV ou com aids, incluindo o aleitamento cruzado. 

A data do diagnóstico da criança exposta ao HIV é a data do nascimento dela. Mas caso a mãe não esteja infectada pelo HIV durante o parto, a data do diagnóstico será a data da exposição da criança ao HIV pela amamentação.  

A ficha da criança exposta no SINAN NET está disponível apenas com o componente notificação, com os dados de identificação da criança. A ficha completa com os dados complementares do caso são monitorados por cada território, COVISA, Coordenadoria de IST/AIDS e Vigilância Estadual até o encerramento do acompanhamento da criança aos 18 meses de vida, que poderá resultar em infectada ou não infectada.  

Os dados complementares do caso na ficha da criança exposta ao HIV é dividido em antecedentes epidemiológicos da mãe/ nutriz, investigação da criança exposta ao HIV, evolução do caso, antecedentes epidemiológicos da mãe/HIV, dados do pré-natal e dados da criança. 

AIDS Criança

As crianças podem ser infectadas pelo HIV através da transmissão vertical, sexual ou sanguínea, e devem ser notificadas assim que o diagnóstico for realizado através do teste confirmatório. 

A notificação segue a mesma lógica do HIV/aids para adultos e deve ser realizada em dois momentos, quando infecção pelo HIV e quando houver critério de aids.

No SINAN NET utiliza-se a mesma ficha para notificar a criança com a infecção pelo HIV e com critério para aids, com os componentes de identificação e investigação. Os critérios definirão o quadro clínico do paciente. O componente investigação na ficha HIV/aids é  dividido em dados sobre os antecedentes epidemiológicos, dados do laboratório, critérios de definição de casos de AIDS, tratamento e evolução.


PASSO A PASSO PARA A NOTIFICAÇÃO DO HIV

1º Passo: PREENCHER A FICHA DE INVESTIGAÇÃO - SINAN 
(Usar preferencialmente o Internet Explorer ou fazer o download para usar o PDF preenchível)

Infecção pelo HIV/AIDS

Prevenção da Transmissão Vertical do HIV

2º Passo: Utilizar a ferramenta TERRITÓRIO UVIS para localizar a unidade de vigilância (UVIS) do local de atendimento do paciente.  


3º Passo: ENVIAR A FICHA DE INVESTIGAÇÃO – SINAN PARA A UVIS DE REFERÊNCIA

  • Através de seu e-mail, enviar a ficha de investigação - SINAN preenchida e salva no seu computador, para o e-mail da UVIS de referência do Serviço (consultório/clinica/hospital).
  • No assunto do e-mail preencher: "Notificação de HIV/aids" seguido do nome do Serviço (consultório/clinica/hospital)

4º Passo: RECEBER O NÚMERO DA NOTIFICAÇÃO (SINAN)

  • O número da notificação (SINAN) será fornecido pela UVIS de referência do Serviço.
  • Caso a ficha apresente algum dado inconsistente ou em branco, a UVIS de referência entrará em contato com o Serviço solicitando a complementação desses dados.

5º Passo: NÚMERO DA NOTIFICAÇÃO NO FORMULÁRIO DO SICLOM

O número da notificação deve ser indicado de forma legível, pelo médico responsável pelo atendimento ao paciente, na prescrição original do medicamento (no formulário do SICLOM).


BOLETINS E DADOS EPIDEMIOLÓGICOS


Os Boletins Epidemiológicos são publicações que permitem a análise dos dados epidemiológicos obtidos pelas notificações de diferentes agravos e, sua divulgação, é fundamental para compreender a distribuição das doenças na população.

Assim, o Boletim Epidemiológico traz informações essenciais para o planejamentoavaliação monitoramento das ações de prevençãocontrole tratamento da aids, HIV e outras ISTs visando a melhoria da qualidade da atenção desses agravos na cidade de São Paulo.
 

        

2016

Boletim Epidemiológico de AIDS da Cidade de São Paulo – 2016 (pessoas com 13 anos ou mais de idade). 

Boletim Epidemiológico de AIDS da Cidade de São Paulo – 2016 (em menores de 13 anos de idade).

2015

Resumo do perfil epidemiológico de HIV do município de São Paulo – 2015.

2014

Boletim Epidemiológico de HIV e DST do município de São Paulo – 2014.

Resumo do perfil epidemiológico por regiões.
 

AIDS

Série histórica de 1980 a 2024 – DVE - COVISA
 (*A frequência de atualização desta série histórica ocorre uma vez por mês)


GESTANTES PORTADORAS DE HIV

Veja aqui a série histórica de Gestantes portadoras de HIV
(*A frequência de atualização desta série histórica ocorre uma vez por mês)

 


 DOCUMENTOS TÉCNICOS



 PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS 


Para ter acesso aos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs) e outros protocolos assistenciais, acesse o link abaixo.