Mulheres em cena no Festival Sem Barreiras da Prefeitura de São Paulo

De 7 a 13 de dezembro edição será virtual com programação em várias instituições culturais

A Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias Municipais de Cultura (SMC) e da Pessoa com Deficiência (SMPED), apoio da Biblioteca Mário de Andrade e parceria de várias instituições culturais da cidade, realizará a segunda edição do “Sem Barreiras – Festival de Acessibilidade e Artistas com Deficiência”, de 7 a 13 de dezembro.

O objetivo primordial desta ação é promover o protagonismo da pessoa com deficiência em duas dimensões, na prática, abrindo espaço para artistas com deficiência se apresentarem e mostrarem seu talento, bem como, conceitualmente, transmitindo a todas as pessoas com deficiência mensagem de empoderamento.

Este ano a programação traz muita representatividade no universo feminino. São debates, exposições, entrevistas, rodas de conversa, música, teatro, literatura e muito mais. E elas, as mulheres, estão em cena! Falam de tudo, igualdade de gênero, empoderamento, raça, conceitos e preconceitos, pandemia, inclusão e acessibilidade. Não perca!

Todos os espetáculos da Prefeitura serão transmitidos virtualmente em plataforma acessível pela SMPED no Facebook @smpedsp e no YouTube @inclusaosp. Você poderá assistir no conforto de sua casa! A novidade é que após cada apresentação o artista estará em uma live ao vivo, num bate-papo descontraído, contando um pouco da história de sua trajetória.

Não deixe de conferir a programação das instituições culturais parceiras que está imperdível!

AGENDA COM ELAS

07/Dez, Seg, 10h – Femina Aurea [Exposição] O FEMINA AUREA é uma exposição de fotografias em preto e branco de mulheres com deficiências físicas e mobilidade reduzida, cujo intuito é retratar a beleza desses corpos que são estereotipados e apagados da estética social vigente em razão das limitações e imperfeições que apresentam, bem como fomentar profundos questionamentos e discussões sobre o padrão estético corporal considerado normal, agradável, belo e aceitável na sociedade contemporânea ocidental. A idealização da exposição é de Ana Vitória Maia Fonseca, consultora jurídica, designer e produtora de moda.

07/Dez, Seg, 17h – Lembranças de Perla em Auschwitz [Teatro] Ana Oliveira e Veca Ned são duas atrizes com nanismo em Lembranças da Perla em Auschwitz, contam a história de uma família de sete anões (pessoas com nanismo) judeus que se apresentaram por toda a Europa Central como músicos, cantores, e comediantes. Em 1944, todos eles foram deportados para Auschwitz-Birkenau com outros membros da família. Serviram de cobaia humana para os experimentos do Dr. Mengele, que pesquisava os  mistérios da genética. E apesar de inúmeros experimentos médicos, conseguiram sobreviver. Quem narra a história é Perla, a única sobrevivente que viveu para contar esta história de dor e superação, em forma de palestra ia a escolas para relatar este episódio triste da humanidade para crianças e jovens em forma de alerta para que o mundo não se esquecesse e repetisse este holocausto.

08/Dez, 15h – Bella Performance [Dança] Três mulheres com deficiência se reúnem para apresentar seus talentos na dança. Isete Najla, coreógrafa e professora de dança do ventre. Leda Maria Tronco, bailarina do Espetáculo Livre e Fiama, apresenta Dança Cigana Artística, onde os elementos da natureza se fazem presentes por meio das vestimentas e acessórios. Espetáculo imperdível cheio de emoção!

09/Dez, Quar, 15h – Kiwa Matamba [Perfomance] Temos como performance a atriz Mona Rikumbi, primeira mulher negra cadeirante a atuar no Theatro Municipal de São Paulo. Ativista nas causas raciais, de gênero, de manutenção das tradições africanas, no protagonismo dos artistas com deficiência e na moda acessível.

10/Dez, Quin, 17h – Mulheres em cena [Roda de Conversa] Com Mona Rikumbi e Lelo Araújo. O espaço ocupado pelas mulheres na sociedade, sempre foi o de servir, nunca o de ser servida ou de protagonista. E é nesse sentido, que nossa roda de conversa “Mulheres em Cena” vem trazer à tona as mulheres como protagonistas de suas histórias e de suas conquistas, como um ser plural. Com suas nuances, fora de suas “caixas”, padrões e principalmente encontrando o valor a toda diversidade da mulher com suas deficiências.

11/Dez, Sex, 15h – Poéticas de Asfalto [Perfomance] No projeto “Poéticas” temos a junção de duas poetas negras e periféricas. Uma é surda e a outra é ouvinte. Quando dois mundo se encontram, o resultado é a potência da Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais, no que chamamos como ”Beijo de Línguas”, onde nenhuma Língua é melhor do que a outras, elas não se sobrepõem, elas se encaixam! No palco a poeta Patrícia Meira canta e declama; ao seu lado a poeta Nayara Silva assume a Libras Poética. Uma utiliza rimas e versos métricos, a outra desenha seus gestos pelo espaço a sua volta, onde a poesia transborda pelo corpo de ambas.


12/Dez, Sáb, 17h – Yzalú [Música]
Precursora do movimento Rap no Violão, Yzalú demonstra a beleza e potência de sua voz, apresentando a força de suas rimas e de seu canto. Yzalú é cantora, rapper, compositora e violonista oriunda de São Paulo. Com 16 anos de carreira, inovou no cenário independente ao apresenta o seu primeiro álbum intitulado “Minha Bossa é Treta”. Lançado em 2016, ousou ao experimentar ritmos diversos desde o Rap, passando pela MPB, Samba Jazz e Afrobeat. Seu álbum foi considerado um dos melhores do ano por sites especializados e ganhando alguns prêmios. Yzalú é a primeira artista no Brasil entre poucas no mundo a fazer de sua deficiência física uma ferramenta artística dentro da música como forma de empoderamento e transformação social. Yzalú particularmente se destaca ainda por possuir um trabalho genuíno, consistente e original. Latina americana, brasileira, oriunda da periferia da Grande São Paulo, sempre atenta ao samba, rap e apaixonada pela MPB, Yzalú extraiu das letras de protesto a batida tradicional do rap e adicionou a melodia envolvente do violão.

Confirma programação completa no site:

www.festivalsembarreiras.prefeitura.sp.gov.br