Atende ganha novas instalações

Nesta sexta-feira (23), o secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger, acompanhado pela secretária especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida-Seped, Mara Gabrilli; o presidente da SPTrans, Ulrich Hoffmann e o gerente do Atende - Serviço de Atendimento Especial -, Moacir Mariano da Costa, inauguraram as novas instalações do Atende na sede da SPTrans, à rua Santa Rita, 500, Pari.


O posto de atendimento, transferido para o andar térreo do prédio, foi totalmente adaptado para receber as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.


O Atende - Serviço de Atendimento Especial da SPTrans oferece transporte gratuito porta-a-porta às pessoas com deficiência física com alto grau de dependência, impossibilitadas de utilizar outros meios de transporte público. Atualmente, o serviço tem 5,5 mil pessoas (deficientes e acompanhantes) cadastradas e, até o final do ano, chegará a 6 mil, com a incorporação de mais 25 veículos na frota, que hoje tem 268 unidades. Apenas no mês de agosto, o Atende transportou, no total de viagens, 115 mil usuários.


A secretária Mara Gabrilli destacou a importância desse serviço de transporte para as pessoas com deficiência que não tem condições de se locomover por outros meios e enfatizou que esse é o momento para se investir na promoção da acessibilidade na cidade, que tem, pela primeira vez, uma secretaria que trabalha para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. "O Atende já é um serviço de qualidade, mas eu acredito na possibilidade de aumentar ainda mais o número de usuários atendidos e também na ampliação do transporte das pessoas ao trabalho", declarou Mara.


Segundo Moacir Mariano da Costa, todos os dados fornecidos pelo usuário no cadastramento são levados em conta para definir as rotas de atendimento, que são pré-fixadas. Saber quais os tipos de deficiência e as enfermidades associadas são informações fundamentais até para definir o melhor carro para uma determinada pessoa. "Temos usuários que têm deficiência física em conseqüência de um problema de ordem neurológica. Outros precisam de aparelho para auxiliar na respiração. Tudo isso tem que ser pesado quando você vai fazer uma programação", explica. Costa diz ainda, que o serviço tem a preocupação de manter as pessoas o menor tempo possível dentro do veículo.


O serviço funciona regularmente de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h. Cada usuário tem direito a uma viagem por dia, limitada a dois destinos diferentes ao longo da semana. Nos fins de semana, há uma programação especial que substitui o porta-a-porta pelo atendimento coletivo, respondendo à demanda crescente de entidades e grupos organizados.


Veículos


Os carros utilizados - vans de diferentes marcas - são adaptados internamente para receber duas cadeiras de rodas fixas e mais seis assentos que podem ser ocupados por pessoas que utilizam cadeiras dobráveis, para as que são transportados no colo ou para os acompanhantes. Todos os carros possuem elevador de embarque e desembarque.


Os veículos pertencem às empresas que operam o transporte coletivo do município, e os motoristas, funcionários das empresas, recebem treinamento e reciclagem da equipe técnica gerencial do Atende.


A programação com o itinerário de cada usuário é divulgada nos 24 postos de atendimento distribuídos pela cidade.


Cadastramento


A Prefeitura reabriu, desde o mês de junho, em caráter permanente, as inscrições para o Serviço de Atendimento Especial - Atende. Essa iniciativa atendeu a uma orientação da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida-Seped.


Outra novidade é que, até então, para se cadastrar no serviço, a pessoa ou seu representante tinha de retirar uma ficha de avaliação médica nos postos de atendimento. Agora, além dessa alternativa, o formulário pode ser obtido pela internet, no site da SPTrans www.sptrans.com.br <http://www.sptrans.com.br/>, ou pelo site da Secretaria da Pessoa com Deficiência (www.prefeitura.sp.gov.br/pessoacomdeficiencia). Embora o documento não seja preenchido on-line, pois exige informações e carimbo do médico que acompanha o interessado, o fato da pessoa poder imprimir essa ficha facilita e agiliza o cadastramento. Fica sob total responsabilidade do médico ou da entidade apontar a real necessidade que aquele paciente tem desse tipo de transporte. Depois de entregar a avaliação médica em um dos postos do Atende, o interessado preenche a ficha de cadastramento e indica os roteiros que pretende fazer. Essa ficha médica é fundamental para indicar qual a doença principal da pessoa, se é progressiva ou estável ou se é uma deficiência associada a distúrbios emocionais. "Isso é importante para que possamos preparar nosso operador para o tipo de deficiência. Ele tem que saber se aquele usuário pode ter um comportamento mais agressivo, se ele tem que ir com um acompanhante e outras informações necessárias para o bom funcionamento do serviço", diz José Carlos Biagioni, assessor técnico do Atende.


Serviço ampliado


O Atende começou a operar em 1996, com 100 veículos, transportando cerca de 300 pessoas. Esse número se manteve estável por, aproximadamente, cinco anos. Em 2001, houve uma primeira intervenção e foi adotado um novo regulamento, elaborado em parceria com o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e o Ministério Público do Estado de São Paulo.

A frota passou a ter 124 veículos e o número de usuários foi para 1.100.
Agora, a ampliação foi ainda maior: o Atende dispõe de 268 veículos e é utilizado por 5,5 mil pessoas (deficientes e acompanhantes). Até o final deste ano, outros 25 novos veículos serão incorporados à frota. Destes, 14 serão substituições. Com isso, mais 500 usuários passarão a receber o serviço.


Atende virou referência


Com todo o gerenciamento operacional feito pela Secretaria de Municipal Transportes, por meio da SPTrans, o Atende está fazendo escola. Municípios paulistas e até de outros Estados têm solicitado o modelo de implantação e a legislação do Atende. Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Vitória (ES), Uberlândia (MG), e Florianópolis (SC) foram algumas das cidades que já receberam informações sobre a logística do serviço.


Organizações de outros países, a exemplo da ONG Adaptive Inviroment, com sede em Boston, nos Estados Unidos, também já demonstraram interesse pelo projeto, assim como a de países como China, Índia, África do Sul, Uganda, Moçambique, Chile, Uruguai, Peru e Costa Rica.

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