Prefeitura cria programa Abrace o Paradesporto

Esse programa, de responsabilidade social, pretende, mais do que "abraçar o paradesporto", contribuir para que a sociedade abrace a causa da pessoa com deficiência.

O Decreto Municipal nº 47.452, assinado pelo prefeito Gilberto Kassab em 10 de julho, criou oficialmente o Programa Abrace o Paradesporto, que tem como objetivo estimular as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida a praticarem atividades físicas. O programa, criado pela Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Seped) e a Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação (Seme), prevê a realização de um Circuito Paradesportivo com competições oficiais de diversas modalidades, que se dará por meio de parcerias com entidades da sociedade civil, inclusive clubes e equipamentos esportivos. Numa primeira etapa, está prevista a capacitação dos profissionais de educação física dessas entidades para que elas possam oferecer a modalidade paradesportiva escolhida.

No final de março deste ano, o projeto Abrace o Paradesporto foi apresentado oficialmente aos representantes de clubes privados da cidade. O intuito era sensibiliza-los sobre a importância da iniciativa, que para dar certo, depende do trabalho conjunto do poder público municipal, clubes e demais entidades da sociedade civil. Na ocasião, estiveram presentes, além dos secretários municipais da Pessoa com Deficiência e de Esportes, o diretor executivo do Sindi-Clube, Armando Perez Maria, e representantes dos clubes Pinheiros, Espéria, Atlético Ypiranga, Sírio Libanês e Círculo Militar de São Paulo e alguns atletas paraolímpicos. O diretor executivo do Sindi-Clube, Armando Perez Maria, elogiou a iniciativa, mencionando que a média de idade dos atletas paraolímpicos é de 35 anos, o que mostra que a prática do paradesporto começa tarde, em razão da falta de incentivo a essa prática por parte da sociedade. "Esse projeto tem a ver com aquilo que nós sempre falamos nos clubes, que é o fato de que a cidadania é muito mais fácil de ser conquistada através do esporte".

Segundo o decreto, a Seped poderá solicitar o apoio do Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB, das secretarias municipais de Esportes, de Educação e de Coordenação das Subprefeituras para o desenvolvimento do programa. Para a secretária Mara Gabrilli, o esporte funciona como uma vitrine quando mostra que a deficiência não é sinônimo de incapacidade. A atividade corporal, por meio da prática de esportes, é um grande facilitador na superação das barreiras atitudinais da sociedade.

O Paradesporto pode ser praticado por pessoas com deficiência e mobilidade reduzida de todas as idades e gêneros, para promoção da saúde, atingindo o alto nível ou para simples lazer e recreação. As principais modalidades adaptadas ao paradesporto são atletismo, basquete em cadeira de rodas, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goaball, futsal, basquete, judô, natação, rugbi em cadeira de rodas, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro, voleibol sentado, voleibol para surdos.