Modelo de calçada na avenida Paulista é aprovado e será adotado em toda a sua extensão

Embora não seja liso, o piso possui pouca porosidade, o que facilita o tráfego também daqueles que possuem dificuldade de mobilidade ou utilizem cadeiras de rodas. O custo foi de cem reais por metro quadrado e o tempo de instalação, 10 dias

O prefeito de São Paulo visitou na quinta-feira (10/08) o projeto-piloto do modelo de passeio livre que está sendo executado na avenida Paulista, esquina da rua Augusta. A obra foi custeada pela Companhia Energética de São Paulo (CESP), dentro da reforma que a empresa está realizando em sua sede, na avenida Paulista, e seguiu as orientações da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras.

O prefeito e o secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé, que também participou da visita, aprovaram o projeto e disseram que o modelo do piso será adotado na reformulação de todo o calçamento da avenida Paulista e de outras avenidas-chave de São Paulo.

“É um modelo adequado. Simples e barato, adequado para os deficientes, para os que têm necessidade de trabalhar e andam quilômetros diariamente aqui na avenida Paulista. É um modelo que pode servir de referência para as inúmeras calçadas e avenidas em que precisamos refazer o calçamento na cidade de São Paulo, inclusive no cartão postal da cidade”, disse o prefeito.

“A decisão do prefeito é exatamente esta: será o piso usado na Paulista. Uma vez aprovado o modelo, vamos fazer o projeto, planejamento, orçamento e licitar. Vamos começar agora esse processo”, afirmou secretário de Coordenação das Subprefeituras.

O piso é de concreto moldado “in loco”, mede 435 metros quadrados, e é composto por blocos, ligados por juntas, o que facilita a manutenção subterrânea. O custo foi de R$ 100,00 por metro quadrado, o que resultou em investimentos de R$ 45 mil no trecho executado pela CESP. Para se ter uma idéia desse custo, o projeto inicial, que previa a utilização de mosaico português, faixa de granito e floreiras, sairia a R$ 300,00 o metro quadrado (três vezes mais). O tempo de instalação foi de 10 dias.

O piso possui pouca porosidade, embora não seja liso, o que facilita tanto o tráfego normal das pessoas, como daquelas que possuem dificuldade de mobilidade ou utilizem cadeiras de rodas. Um ponto interessante é o chamado “piso tátil”, uma faixa de cor preta, composta por placas pré-moldadas, sobre a qual existem pequenos concretos retangulares em linha, pouco acima do nível da calçada, que servem como guia para pessoas com dificuldade visual.

“Sugerimos esse modelo à CESP e trouxemos o prefeito, que justamente é engenheiro politécnico. Chegamos à conclusão que, além de prático e funcional, é de custo muito barato e de manutenção muito fácil, além de ter um visual compatível com a importância da Paulista. O piso facilita a acessibilidade, é absolutamente plano, tem pouca porosidade, e ao mesmo tempo não escorrega. Tem todas as vantagens que um piso de grande utilização precisa”, disse o secretário.