Integrantes do Conselho Consultivo do Programa de Metas da Cidade de São Paulo vistoriaram na manhã desta quinta-feira, dia 8, as obras de restauro da Chácara Lane (meta 129) e de revitalização da Praça Roosevelt (132), ambas no centro da Capital.
Construída entre 1890 e 1906 pelo reverendo presbiteriano George Whitehill Chamberlain, a Chácara Lane ganhou este nome ao ser comprada, em 1910, pelo médico Lauriston Job Lane.
Na década de 40, o imóvel foi adquirido pela Prefeitura, abrigando o Arquivo Histórico Municipal, entre 1953 e 1990. Há oito anos, foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Concresp), tornando-se sede do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo.
Com o restauro, iniciado em 2011, a Chácara Lane se transformará em novo espaço cultural da cidade, abrindo suas portas ao público com exposições temporárias e o acervo de papel – projetos de mobiliários, desenhos, gravuras, etc. - da Coleção de Arte da Cidade, hoje abrigada no Centro Cultural de São Paulo.
As obras estão praticamente concluídas. E impressionam. Destacam-se os dois grandes salões superiores – resultado na união de quartos de pequenas dimensões – e a sala da lareira, com piso, teto, paredes e janelões típicos do final do século XIX que se abrem para as jabuticabeiras e goiabeiras, árvores remanescentes do pomar original da chácara. No térreo, além de seis salas, previu-se a instalação de um café, com possibilidade de se colocar mesas externas no pátio lateral. A área útil da casa principal soma 860m². E todos os ambientes foram concebidos com acessibilidade total. Conta com elevador panorâmico externo, elevador interno entre o meio piso, e rampas.
Para abrigar banheiros e refeitório de funcionários foi construído um anexo quase invisível aos olhos dos visitantes.
A praça de cara nova
A revitalização da Praça Roosevelt também entra na sua etapa final e as obras, que também foram vistoriadas pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, demonstram isso.
Na área superior, já estão concluídas as fases de impermeabilização dos pisos, rampas e escadas. Está quase pronto também a área do cachorródomo – com um sistema especial de drenagem, escoamento e lavagem – e as áreas onde serão instaladas as duas floriculturas e o pergolado coberto.
No piso inferior, as instalações da Guarda Civil Metropolitana já estão na fase de acabamento. E neste final de semana serão concluídas as fundações do Pavilhão da Polícia Militar, a ser construído sob a pista de tráfego junto à passagem subterrânea que liga o elevado Costa e Silva (Minhocão) à Leste-Oeste. O prédio do Batalhão contará com uma guarita de vidro, também suspensa.
A previsão dos engenheiros responsáveis é de que as duas obras vistoriadas nesta quinta-feira possam estar concluídas até o final de setembro.
“A visita foi muito produtiva e eu estou muito animado com o estágio das obras”, disse Alberto Gattoni, conselheiro representante da área central.