Os homens brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres, segundo dado do IBGE. A saúde, mais do que a genética, é consequência de hábitos saudáveis e da prevenção. No entanto, além de não terem o costume de cuidarem da saúde, os homens realizam menos consultas médicas e exames preventivos se comparado às mulheres. Por isso, para fomentar o tema e conscientizar os servidores municipais acerca da importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata e dos cuidados com a saúde, a Secretaria de Gestão promoveu, nesta sexta-feira, 25, um encontro virtual com especialistas no tema.

Valéria Pugliese, médica psiquiatra e coordenadora da Coordenação de Gestão de Saúde do Servidor – COGESS, da Prefeitura de São Paulo, explicou que, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, 16.055 homens morreram em consequência do câncer de próstata no Brasil, o que corresponde a cerca de 40 mortes por dia. “O Instituto Nacional de Câncer estima que todo ano surjam 65 mil novos casos, o que torna essa doença o segundo câncer mais comum em homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O mês de novembro não é só sobre a prevenção do câncer de próstata, mas de atenção à saúde do homem no geral. E nós temos o papel de ser multiplicadores de todas as questões levantadas durante esse evento”, alerta.

Durante o encontro, foi possível entender como a cidade impacta na saúde do homem. Paulo Saldiva, professor titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, explicou como uma rotina estressante está levando os homens a ficarem mais doentes e morrerem bem antes das mulheres. “A vida na cidade grande cobra um preço alto na saúde da pessoa. Isso já se sabia há muito tempo, pois a cidade consome o tempo de seus habitantes, o que os impede de dedicar tempo para o cuidado da saúde. Exemplo disso são os motoristas de aplicativos que ficam de 12h a 16h por dia sentados e expostos e a vários aspectos que levam a doenças diversas”, explica.

Marcela Arruda, Secretária de Gestão da Prefeitura de São Paulo, entende que é necessária a disseminação da informação sobre a importância da prevenção. “Quando falamos sobre câncer de próstata, existe muito preconceito, medo e desinformação. E isso acaba prejudicando o diagnóstico precoce de muitas doenças e também evita a cura”, afirma. Marcela também destacou que a Secretaria de Gestão tem feito um trabalho de escuta de sugestões dos servidores no que diz respeito a saúde do servidor para a promoção de ações mais assertivas.

O secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, destacou algumas ações de saúde do homem que a Secretaria tem realizado. “A Secretaria da Saúde tem uma coordenadoria dedicada à saúde do homem. São promovidas ações de conscientização, como palestras, cursos, etc para que os servidores tomem conhecimento sobre assuntos de saúde”, destaca.

O evento foi gravado e está disponível na íntegra. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=gvkS4_ydd34

Saiba mais:
Cartilha “Câncer de próstata: vamos falar sobre isso?” (INCA/2019)