Curso online de formação em Direitos Humanos

Aulas são ministradas via web e contam com 1 mil participantes

A Comissão Municipal de Direitos Humanos em parceria com a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEMPLA), por meio da Escola de Formação do Servidor Público Municipal Álvaro Guerra e a PRODAM (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo) promove a 2° edição do Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos pela internet. O curso teve início em agosto e conta com mil servidores da Prefeitura Municipal de São Paulo, para capacitação e aprimoramento no campo dos direitos humanos.,
 

As aulas são ministradas à distância pela Internet e terão duração de quatro meses, divididas em três módulos: “Direitos Humanos”, “Conselhos” e “Conselhos e Direitos Humanos e Conselhos no Município de São Paulo”.

Durante a capacitação os alunos interagem com os colegas por meio de fóruns e chats (bate-papos) no Ambiente Virtual do curso e contam com o apoio de tutores que orientam sobre os aspectos técnicos, motivacionais e de conteúdo.
Magna Felix Lima, 42 anos, coordenadora pedagógica da EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) Chácara Sonho Azul e uma das tutoras de conteúdo, avalia que “o curso é uma excelente oportunidade para os servidores poderem discutir e refletir sobre os direitos humanos. É uma formação que contribui para a atuação dos participantes na promoção destes direitos na nossa cidade e em especial nas comunidades em que atuam”.
 

Para Magna, que participou da edição anterior como aluna, “os tutores têm uma preocupação muito grande em estabelecer uma comunicação efetiva com os participantes do seu grupo. Muitos (alunos) nunca fizeram cursos à distância e não têm noção de como funciona o ambiente virtual de aprendizagem. Para estabelecer um contato mais próximo enviamos mensagens por e-mail, conversamos por meio dos chats, fóruns, etc. Dessa forma, os alunos não se sentem tão ‘solitários’, o que é comum em cursos à distância. Eles percebem que atrás da ‘máquina’ tem alguém e que embora o curso seja virtual a relação que se estabelece é real”. Ao final, os estudantes deverão entregar uma tarefa, a ser especificada no decorrer do curso, que será avaliada pelos tutores supervisores e referendada pela assessoria técnica da Comissão Municipal de Direitos Humanos. Os participantes que realizaram todas as atividades satisfatoriamente receberão um certificado de conclusão.
 

A aluna Mariana Ferreira de Melo, 26 anos, assistente social da CADS (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual), aprova a capacitação: “tenho acompanhado o curso por meio da leitura das apostilas, muito claras e objetivas. Nas ocasiões em que fiquei sem acessar o curso por alguns dias, os tutores sempre deixaram mensagens de incentivo para que eu continuasse e não desistisse, o que considero muito importante. Já indiquei o curso para minha estagiária. Quando acabar as aulas, repassarei a ela o conteúdo para que posteriormente possamos discutir os assuntos juntas. Espero fazer o mesmo com todas as pessoas da nossa equipe que não tiveram a oportunidade de participar do curso”.
 

A meta 42, da Agenda 2012, prevê a criação de 31 Conselhos de Direitos Humanos e a capacitação é a primeira etapa para o cumprimento da meta. Ao final, os estudantes deverão entregar uma tarefa, a ser especificada no decorrer do curso, que será avaliada pelos tutores supervisores e referendada pela assessoria técnica da Comissão Municipal de Direitos Humanos. Os participantes que realizaram todas as atividades satisfatoriamente receberão um certificado de conclusão.
 

Algumas melhorias aconteceram nesta edição do curso em relação à anterior. A primeira, realizada no primeiro semestre de 2008, não possuía ainda um número adequado de tutores por aluno. Cada tutor era responsável por aproximadamente 100 estudantes. Gesley Fernandes Pereira, 28 anos, Auxiliar Técnico de Educação II (ATE II) e aluno da edição anterior confirma: “eles (os instrutores) não eram pró-ativos. Auxiliavam apenas em caso de dúvida ou dificuldades no acesso ao sistema. Eles não buscavam um entrosamento com a turma”. Esse problema foi resolvido. Agora cada um orienta em média 30 alunos, gerando uma sensível melhora no atendimento e instrução.

O material didático também foi totalmente atualizado. Agora as aulas estão estruturadas em três módulos e em cada um deles há pelo menos um questionário a ser respondido pelos alunos. Outra inovação foi em relação à divisão da equipe formada para esse curso, que agora conta com três categorias de tutores: de conteúdo (que lidam com o conteúdo dos módulos, esclarecendo dúvidas dos participantes, propondo discussões, etc), motivacionais (responsáveis por verificar se há alguém ausente por um longo período de tempo e por incentivar essa pessoa a acessar o ambiente virtual) e um tutor supervisor, que auxilia os primeiros a responder às dúvidas, além de uma coordenadora que organiza todos.