Placas de inauguração da Prefeitura de SP passam a ter acesso em Braille e audiodescrição

Prefeito Ricardo Nunes assina decreto, que oficializa o primeiro modelo inédito, levando acessibilidade para pessoas com deficiência visual e cegas

A Prefeitura de São Paulo inovou mais uma vez. No dia 11 de dezembro, durante a última edição de 2023, do “Inclui Sampa nos Bairros, o prefeito Ricardo Nunes e a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco assinaram o Decreto Nº 63.013, que dispõe sobre recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual a serem adotados nas placas comemorativas e de identificação de novos equipamentos municipais.

Por meio do Braille — sistema de escrita e leitura tátil para as pessoas cegas — e do QRCorde — código que pode ser facilmente escaneado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera — as placas comemorativas e de identificação dos equipamentos municipais serão acessíveis para as pessoas com deficiência visual e cegas.
Segundo o Censo 2010, existem no Brasil mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, só na cidade de São Paulo são mais de 300 mil pessoas cegas. Iniciativa inédita, no Brasil, a Prefeitura de São Paulo inova com o novo modelo de placas de inauguração. Os recursos, de acessibilidade comunicacional, agora fazem parte desta gestão.

Com projeto inovador de acessibilidade, a nova sede do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD) foi a primeira a receber a nova placa. A cerimônia de inauguração, que aconteceu na Rua Líbero Badaró, 425, Centro, no 4º andar, contou com a nova e inédita placa, de aço inox e já com as descrições em Braille e AD (audiodescrição). Por determinação do Prefeito Ricardo Nunes, durante a cerimônia de inauguração CMPD, todas as placas de inauguração da PMSP terão o QRCode com audiodescrição da placa e o braille.

Trata- se algo inovador,que além de beneficiar mais de 300 mil pessoas com deficiência visual, reforça o compromisso da cidade com a acessibilidade, além de quebrar barreiras atitudinais e comunicacionais.

A Secretária Municipal da Pessoa com Silvia Grecco, reforça o quanto é importante pensarmos no todo e acessibilizar tudo que pudermos para as pessoas com deficiência. “Estes pequenos detalhes fazem toda a diferença. Agora a pessoa com deficiência chega no espaço inaugurado e consegue fazer a leitura tátil ou com a audiodescrição sozinha sem precisar perguntar para os outros. Isso é inclusão! A PMSP entrega diversos equipamentos e são inúmeras placas de inauguração e acessibilizar essas placas é de extrema importância. O nosso objetivo é e sempre será uma São Paulo mais inclusiva”, encerra Silvia.

De uma atualidade impressionante, o Braille manteve-se quase que inalterável até os dias de hoje. Baseado na combinação de seis pontos em relevo distribuídos em duas colunas e três linhas, a conjunção possibilita a escrita de alfabeto, números, pontuação, simbologia, matemática, química, física e partituras, entre outros. Possibilitando, que pessoas com deficiência visual e cegas alfabetizadas com o Braille também tenham as mesmas informações sobre as placas dos locais, de acordo com as suas inaugurações. Além disso, permite que pessoas que também não são alfabetizadas em Braille, acompanhem a audiodescrição, recurso fundamental.

A audiodescrição oferece as informacões necessárias e mais relevantes do conteúdo, descrevendo personagens, cenários, figurinos, ações, gestos, expressões faciais, mudanças de cena, letreiros e outras imagens em geral. Possibilita que pessoas com deficiência visual, cegas e com baixa visão compreendam e acompanhem a narrativa e a obra audiovisual. A audiodescricão é realizada entre os diálogos, sem interferir nas informacões sonoras relevantes e originais da produção.

O recurso também pode beneficiar outros públicos com outras deficiências e idosos. A disponibilidade do recurso pode ser feita mixada ao áudio original, distribuída em fones receptores em teatros, acessada através de texto pelos softwares leitores de tela em vídeos, sites, audioguias, entre outros.