A importância do curso de preparação de Cipeiros

Formação é presencial e a distância

O Curso de Formação para Cipeiros, desenvolvido pelo Núcleo de Projetos e Educação em Saúde do Departamento de Saúde do Servidor (DESS) da Sempla, está na turma 152. Desde 2001, quando foi reestruturado, é desenvolvido esse programa de formação de equipes que cuidam dos procedimentos para prevenção de acidentes nas unidades de toda a Prefeitura de São Paulo.

A partir de 2007, as escolas municipais também passaram a ter cipeiros – quatro para cada vinte servidores -, o que elevou para perto de 1.200 o total de funcionários (da área da Educação) a serem preparados para a função, que, por lei, deve ser exercida num mandato de dois anos. Ficou insuficiente a capacidade do DESS em atender ao enorme aumento de demanda, pois são ministrados, na forma presencial, em média, dois cursos por mês num total de dez por ano. A solução encontrada, em 2012, foi a implantação do curso à distância. No mês de abril, outra turma a distância será formada.

A legislação exige que haja um cipeiro para cada 20 servidores, com a proporção de metade sendo eleita e os demais indicados pelas chefias das unidades. Em termos funcionais, as vantagens para o servidor integrante de uma CIPA são de estabilidade de quatro anos no local de trabalho e acumulação de pontuação para promoção funcional. Em outra medida para ampliar a formação de cipeiros, o DESS acertou parcerias com a Secretaria da Saúde e com as Subprefeituras.

Os cursos abordam a formação das CIPAs e suas atribuições, noções básicas de primeiros socorros, elaboração de mapas de riscos e inspeção nos locais de trabalho, prevenção de incêndios, planos de trabalho e formas de negociação com as chefias e demais funcionários das unidades para implantação de melhorias do ambiente e redução do número de acidentes de trabalho.

O engenheiro Osmar Calmasini, da Subprefeitura de Aricanduva, já atuava como cipeiro e elogiou o curso no DESS. “É importante deixar claro de quem é a responsabilidade das coisas, seja o cipeiro ou o gestor da unidade”, disse, lembrando um caso de sinistro ocorrido numa subprefeitura.

Outro que gostou do curso, o agente de apoio Carlos Roberto Jobim, de uma escola municipal também na zona Leste, salientou que vai aplicar os novos conhecimentos em suas funções. “As grandes dificuldades geram progresso” filosofou. Outro agente escolar, Luís Roberto, do Jardim Tietê (São Mateus) concordou e repetiu para a palestrante do dia, Silvana Gomes Mariano Duque Estrada, que discorreu sobre como um cipeiro deve negociar as mudanças necessárias em seu local de trabalho.

O objetivo central do curso é preparar o cipeiro para desempenhar o papel de agente de mudanças, por meio de dados técnicos básicos e com o desenvolvimento de habilidades e atitudes para cumprir esse papel.
Para desenvolver esse trabalho, o Núcleo de Projetos e Educação em Saúde dispõe de funcionários formados em psicologia, pedagogia, assistência social, terapia ocupacional, que atuam em parceria com uma equipe ambiental.

As estatísticas sobre o Curso de Formação de Cipeiros, referentes ao ano de 2012, indicam que, na forma presencial, houve oito turmas, com aprovação de 271 entre os 338 inscritos. Nos cursos a distância, as três turmas tiveram 948 inscritos e 800 aprovados.

A atuação do DESS, de 2001 a 2011, acumulou a formação de 143 turmas para preparação de cipeiros; dos 3.980 inscritos, 3.580 chegaram à aprovação.