Largo do Paissandu, onde o circo se encontra

     
 
     

A vocação circense do Largo do Paissandu manifestou-se no final do século XIX, por meio das temporadas ali realizadas pelos então chamados circos de cavalinhos. No início do século seguinte, essa vocação foi acentuada quando o Café dos Artistas, encontro entre artistas e empresários circenses às segundas-feiras num café ou no entorno do Largo do Rosário (atual Praça Antonio Prado), mudou-se para o Paissandu.

Mas foi nos anos 1920 que o circo marcou definitivamente a história do lugar, com as temporadas das companhias Irmãos Queirolo e Alcebíades & Seyssel, ambas tendo como atração principal o palhaço Piolin (Abelardo Pinto, 1897/1973), que conquistou toda a cidade, inclusive os intelectuais modernistas os quais, ao escrever constantemente sobre ele, colaboraram para perenizar sua fama.

Essas temporadas mobilizaram São Paulo de tal maneira que em 1972, o dia 27 de março, a data de nascimento de Piolin, foi declarada o “Dia do Circo”, hoje comemorado em todo o país. Em 1975 o Beco do Paissandu, onde os circos eram instalados, recebeu o nome de Rua Abelardo Pinto.

Com a reforma da Galeria Olido,cujo prédio abriga a Secretaria Municipal de Cultura, em 2004, foi criado o espaço Piolin que, sob a batuta do grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões, abrigou coletivo de grupos e artistas cômicos e, desde 2008, o Centro de Memória do Circo