17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo

O evento contou com aporte financeiro da Prefeitura de São Paulo estimado em R$ 1,6 milhão cobrindo show de abertura da cantora Daniela Mercury, e show de encerramento, que não ocorria desde 2003, com participação da cantora Mariane de Castro e da vencedora do programa The Voice, Ellen Oléria, na Praça da República

A cidade de São Paulo recebeu neste domingo (2) a 17ª Parada do Orgulho Gay, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), o maior evento deste tipo do mundo. Os trios elétricos e o público percorreram a partir das 12h30 a avenida Paulista e a rua da Consolação, até a praça da República, onde foi realizado o show de encerramento. A Parada, que recebe apoio da Prefeitura de São Paulo, recebeu cerca de 1,5 milhão de pessoas pessoas este ano, segundo a PM.

Este ano, o tema escolhido pela organização do evento foi “Para o armário nunca mais! União e conscientização na luta contra a homofobia”. Segundo Fernando Quaresma, presidente da APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho Gay, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), nos últimos 20 anos mais de 3 mil pessoas foram assassinadas devido à homofobia. Entre 2011 e 2012, a quantidade de denúncias contra LGBTs aumentou 300%.

Para o prefeito Fernando Haddad, o evento chama a atenção para a necessidade de garantia dos direitos civis de toda a população. Para combater as violações de direitos na cidade, Haddad apontou a importância decisiva de atuar contra o preconceito nas escolas. “A prefeitura de São Paulo mantém programas de combate à intolerância nas escolas. Este tema tem um recorte transversal, é tratado pelos professores em várias matérias e combate todo e qualquer tipo de intolerância, que muitas vezes é causa inclusive de evasão escolar”, disse o prefeito.

Após a coletiva de imprensa, o prefeito Fernando Haddad participou da abertura do evento no trio elétrico oficial da APOGLBT. No total, participaram da Parada quase 20 carros de som.O show de encerramento, que não era realizado desde 2003, acontece na dispersão do evento, na Praça da República. Foram realizadas apresentações da vencedora do programa The Voice Brasil, Ellen Oléria, e da cantora Mariane de Castro.

Adaptado de SECOM (link da página, clique aqui)

  

Entrevistas

1) Secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili: Confira entrevistas cedidas pelo Secretário à Rádio CBN São Paulo um dia antes da Parada Gay, clicando nos links: 01 e 02.

Aspas

1) Geraldo Alckmin. A promoção da justiça e da convivência harmoniosa na diversidade também foi destacada pelo governador do Estado de São Paulo. “A luta pela diversidade é de todos porque todos nós queremos conviver melhor em sociedade”, afirmou Alckmin. (Fonte: SECOM)

2) Fernando Haddad. “A Parada LGBT tem este sentido maior, de abertura, em torno da paz, do convívio harmonioso, da lembrança de toda e qualquer forma de perseguição. Na verdade, este evento cívico é de luta pelos direitos civis, de luta pelas liberdades, que é uma luta de todos por uma convivência pacífica, na cidade, no Brasil e no mundo”, afirmou Haddad, durante coletiva de imprensa realizada nesta manhã. (Fonte: SECOM)

3) Rogério Sottili. O Secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidadania lembrou que a parada também traz o significado de que a cidade não pode mais tolerar qualquer tipo de violência ou abusos de direitos. “A Parada LGBT tem três sentidos muito importantes: o primeiro é a afirmação de direitos, da diversidade, da expressão da livre orientação da sexualidade. O segundo é o sentido da negação da violência, da discriminação, da exploração. E a terceira é a celebração da conquista do direito de casamento civil de pessoas do mesmo sexo”, disse Sotilli. (Fonte: SECOM)

4) Netinho de Paula. Secretário para a Promoção da Igualdade Racial, Netinho de Paula também compareceu ao evento. “Esse tipo de manifestação representa dizer que a nossa cidade e o nosso país não aceita desigualdade, não aceita separação e nenhum tipo de descriminação”, afirmou. (Fonte: SECOM)

5) Julian Rodrigues.Coordenador de Assuntos da Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Julian Rodrigues explica que a ideia é destacar que a luta por direitos e a visibilidade e orgulho LGBT vieram pra ficar. “É uma resposta à onda conservadora e homofóbica que recrudesce nos últimos anos. O fundamental é que a Parada seja um evento de cidadania, de afirmação dos direitos humanos. É uma manifestação da diversidade, da pluralidade, da democracia. São Paulo abraçou a Parada, que é hoje um dos ícones da cidade e a maior do mundo", completou. (Fonte: Marcela Fonseca - Jornal Metrô News)

6) Nelson Matias. Segundo o diretor-executivo da Associação Parada do Orgulho LGBT (Apoglbt), Nelson Matias, a Parada Gay acontece em clima de festa e protesto. “A Parada tem a função de festejar o orgulho de ser gay. Esse é um recado para os conservadores que querem nos colocar outra vez no armário. É um evento festivo sim, mas ela é também reivindicatória”, disse ele referindo-se à pauta colocada em votação na Comissão dos Direitos Humanos da Câmara pelo deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que propõe a “cura gay”. “Feliciano é só a ponta do iceberg. E essa é uma discussão que permeia a manifestação”, comentou. (Fonte: Marcela Fonseca - Jornal Metrô News)

7) Fernando Quaresma. “Fazemos uma manifestação social com mais de três milhões de pessoas de forma pacífica e alegre. A parada não é um carnaval fora de época, mas sim o maior movimento de visibilidade de uma parcela da comunidade que sofre diariamente de preconceito, discriminação, violência, ódio e intolerância”, explicou Quaresma. (Fonte: SECOM)

8) Daniela Mercury. A cantora Daniela Mercury, que cantou o Hino Nacional na abertura da Parada, concedeu entrevista para alguns portais na última sexta-feira, dia 17 de maio, e pediu que a homofobia se torne crime: “A gente tem um autoritarismo ainda muito forte no Brasil, as pessoas se acham no direito de dizerem para os outros o que elas devem ou não devem ser. A questão não é a homofobia em si. Homofobia é desprezível, é nojenta. Faz parte, talvez, de um mal estar com sua própria sexualidade. Eu acredito que as pessoas homofóbicas não têm compreensão de si, de sua integridade moral como seres humanos. E para os homofóbicos, cadeia!" (Fonte: MixBrasil)

9) Silvetty Montilla. “Este já é o 9º ano que participo e a Parada é uma conquista de direito, espaço e na redução do preconceito para termos um mundo mais homogêneo”, afirmou o manifestante Almir Cardoso. “Independente da chuva as pessoas estão aí e temos que fazer uma festa maravilhosa para a cidade de São Paulo”, disse a drag queen Silvetty Montilla. (Fonte: SECOM)

10) Cássio dos Santos. “A cada ano o movimento ganha mais força e assim conseguimos cada vez mais exercer o nosso papel como cidadão. Nós temos os nossos direitos e vir aqui prestigiar esse lindo evento é poder fazer parte da nossa história”, destacou Cássio dos Santos. (Fonte: SECOM)