Programa da Prefeitura ajuda a população de rua por meio de incentivos a comerciantes que entregam marmita aos mais vulneráveis

No Cozinha Cidadã pequenos restaurantes que estavam ameaçados durante a pandemia fornecem 14.400 marmitex por dia

Fotos: Edson Lopes Jr/ Secom

Existe uma rede na cidade de São Paulo que, ao mesmo tempo em que garante o alimento das pessoas mais vulneráveis, também ajuda a manter em atividade pequenos negócios que foram afetados pela pandemia. O programa Cozinha Cidadã conta com 72 restaurantes e distribui diariamente 14.400 marmitex em 20 comunidades e 6 pontos de fornecimento à população em situação de rua.

Essa ação da Prefeitura de São Paulo, realizada por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), se tornou política pública permanente pela Lei 17.819/2022 e é dividido com foco nas comunidades em todas as regiões da cidade e população em situação de rua.

O Cozinha Cidadã salvou da falência muitas empresas, como o restaurante do pequeno empresário Marcos Abrão. “Foi uma época de desafio para todos os empreendedores. Me vi nesse cenário difícil perdendo todo meu investimento no comércio. Muitos também estavam”, lembra ele, que tinha um pequeno negócio de marmitas fit por encomenda e mantinha parceria em um pequeno restaurante self-service da região de Interlagos, na Zona Sul.

Como muitos, Abrão teve que fechar o restaurante, que tinha mais de 30 anos. “Foi quando surgiu esse grande projeto da SMDHC, que nos trouxe esperança novamente. E tive oportunidade de ajudar as pessoas em momento difícil e de ser ajudado também”, conta Abrão, que hoje distribui 400 refeições diárias em uma comunidade no Grajaú e outra no Jardim Colonial, ambas na Zona Sul.

Foi graças a essa iniciativa que muitos empresários se mantiveram de pé, como é o caso de Roberta Vernucio, 44, que trabalhava com kit lanches e buffets até o início da pandemia. Fechou e deu férias coletivas aos quatro funcionários na expectativa de que tudo passaria logo. Roberta soube do programa da Prefeitura cerca de 35 dias depois de os negócios estarem completamente parados. Com as contas chegando e sem faturamento algum, foi a salvação o negócio e da família - dela e dos funcionários, ressalta.

“Nesse período da pandemia esse foi o nosso único ganha-pão. Meu motorista e a cozinheira estão até hoje. Foi o que salvou a gente nessa época de pandemia, porque era nosso único serviço”, conta Roberta, que hoje entrega 400 marmitas por dia e tem seis funcionários. Dos meus funcionários, os que estão desde o começo, são muito agradecidos, pq sabem que esse projeto foi o que deu o up durante a pandemia. “Sou extremamente grata, porque o programa da Prefeitura não ajudou só a mim e minha família, mas também ao meu motorista e a família dele, a da cozinheira, todos os colaboradores, o meu contador. É um ciclo, foi uma coisa que ajudou todo mundo.”

Uma pesquisa realizada pela SMDHC para mensurar o impacto da iniciativa, apontou que 70,5% dos restaurantes que participaram do programa afirmaram que o Rede Cozinha Cidadã evitou a falência do negócio.

Distribuição na rede socioassistencial

Na rede socioassistencial, a Prefeitura fornece mais 235.288 refeições diárias à população mais vulnerável atendida em equipamentos da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).

- Em média, 136.380 refeições por dia nos CCA’s (Centro para Crianças e Adolescentes);

- Em média, 8.160 refeições por dia nos CJ’s (Centro para a Juventude);

- Em média, 9.900 refeições por dia nos SAICA’s (Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes)

- Em média, 500 refeições por dia nas Casas Lar;

- Em média, 69.392 refeições por dia nos Centros de Acolhimento;

- Em média, 10.956 refeições por dia nos Núcleos de Convivência.

Fonte: Secretaria Especial de Comunicação da Prefeitura de São Paulo