Iniciadas as aulas do curso Gênero e Diversidade na Escola

Voltado a educadores, o curso tem como objetivo preparar as escolas para combater o preconceito e a discriminação nas salas de aula, além de mudar a cultura de intolerância presente nas práticas docentes da rede pública

Começaram no dia 15 de outubro as aulas do curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE), voltado a educadores do Município com o objetivo de promover transformações nas práticas docentes da rede pública, combatendo as formas autoritárias e intolerantes de lidar com as diferenças.

A primeira turma é composta por 50 participantes, sendo 39 da rede municipal. Promovido pelas secretarias municipais de Educação (SME) e de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), por meio da Coordenação de Educação em Direitos Humanos, o curso tem caráter de formação continuada e nível de aperfeiçoamento, sendo ministrado na modalidade Educação à Distância, com carga horária total de 200 horas. Há ainda atividades presenciais destinadas a webconferências e avaliações, realizadas no Polo CEU Butantã. Os participantes aprovados receberão certificados.

As aulas partem do pressuposto de que a escola é uma instituição que dá margem a graves processos discriminatórios e várias formas de desigualdade, hierarquia e violência, por isso a necessidade do combate ao preconceito e à discriminação junto aos educadores.

O curso é oferecido pela Universidade Federal de São Carlos, sob a coordenação pedagógica do professor Jorge Leite Júnior, docente do Departamento de Sociologia da universidade. O programa está estruturado em seis módulos: Letramento digital; Diferenças; Gênero; Sexualidade e orientação sexual; Relações étnico-raciais; e Avaliação. O cronograma de atividades vai de outubro de 2013 a junho de 2014.

A SME e a SMDHC pretendem oferecer 500 vagas deste mesmo curso em 2014. Além disso, está previsto para o próximo ano o oferecimento de 1.250 vagas do curso GDE em nível de especialização (360 horas) e 1.250 vagas do curso Educação em Direitos Humanos (EDH) também em nível de especialização, em parceria com as Universidades Federais de São Paulo e do ABC.

A meta 63 do Plano de Metas da Prefeitura prevê a formação, até 2016, de 6.000 professores em Educação em Direitos Humanos.