Conselho da Cidade promove diálogo sobre segurança pública e direitos humanos

A necessidade de uma atuação mais humanizada da Guarda Civil Metropolitana foi um dos temas debatidos. O secretário Rogério Sottili, da SMDHC, que participou do encontro com o secretário Roberto Porto (SMSU), falou dos cursos de formação em direitos humanos direcionados à GCM

O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, e o secretário municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto, participaram de um diálogo organizado pelo Conselho da Cidade, nesta quarta-feira, dia 16, sobre segurança pública e direitos humanos.

O Conselho da Cidade é um órgão consultivo formado por representantes de movimentos sociais, entidades de classe, empresários, cientistas, pesquisadores, artistas e lideranças religiosas, que atua como um canal de comunicação entre a administração municipal e a população de São Paulo.

No encontro, os conselheiros falaram da necessidade de uma atuação mais humanizada da Guarda Civil Metropolitana na Cidade. Rogério Sottili, da SMDHC, informou que as Secretarias vêm trabalhando conjuntamente para inserir a pauta de direitos humanos no aparato de segurança municipal, com cursos de formação direcionados ao efetivo da GCM. Em agosto, foram realizados quatro cursos na modalidade de educação à distância (EaD): Atuação policial frente a grupos vulneráveis, com a formação de 236 guardas; Enfrentamento da exploração sexual da criança e do adolescente, com 189 guardas formados; Filosofia dos direitos humanos aplicados à atuação policial, com a formação de 226 guardas; e Segurança pública sem homofobia, com 202 formados.

Além disso, em junho, cerca de 250 integrantes da GCM participaram do 1° Seminário Segurança Urbana e Promoção dos Direitos Humanos, promovido pela SMDHC e pela SMSU, com apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Além dos inspetores da Guarda, o curso teve como público-alvo educadores e graduados do Centro de Formação da GCM. “A segurança pública já está sendo concebida em uma outra lógica no Município”, disse Rogério Sottili.

Maria Victoria Benevides, socióloga e militante dos direitos humanos presente no evento, ressaltou a importância da valorização dos guardas na humanização de sua atuação. “Um profissional de segurança que não tem os próprios direitos humanos respeitados terá enorme dificuldade de respeitar os direitos humanos dos outros.”

Também foram abordados no diálogo o atendimento aos usuários de drogas da Cracolândia e a atenção às pessoas em situação de rua. Houve o pedido para que a Prefeitura se abra mais às iniciativas da sociedade civil já em andamento que prestam auxílio a essas duas populações. “O gestor público deve sempre adotar a metodologia participativa. É apenas pelo debate com a comunidade, com a participação social, que ele terá condições de formular políticas públicas eficientes”, disse o secretário Rogério Sottili.