Cultura de paz nas cidades é tema de encontro

Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos e Cidadania, participou da abertura do evento, voltado a discussões sobre políticas públicas que promovam a convivência de paz nas metrópoles

Começou nesta quinta-feira, dia 19, e segue até o sábado, dia 21, o encontro Conviver em Paz nas Cidades – Encontro Nacional Cultura de Paz, que tem como objetivo promover o debate sobre diretrizes para políticas públicas de convivência e cultura de paz nas metrópoles.

Durante os três dias do evento (na Funarte, no Comfort Hotel da Rua Araújo e no Instituto Pólis), gestores públicos, representantes da sociedade civil que trabalham com cultura e integrantes de ONGs vão dialogar sobre os temas Políticas Públicas para a Diversidade e Cultura de Convivência; Mobilidades Urbana, Cultural e Convivência; a Apropriação da Cidade e os Espaços Públicos de Convivência e Educação para a Paz, Tecnologias Socioculturais e Comunicação.

O evento é organizado pelo Pontão de Convivência e Cultura de Paz do Instituto Polis em parceria com o Ministério da Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Associação Palas Athena, a Secretaria de Cultura do Estado e a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.

O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, participou da abertura do encontro, nesta quinta-feira, e ressaltou o alto índice de assassinatos entre os jovens de São Paulo, especialmente os negros e moradores de periferia. “Vivemos em uma cidade onde a violência e a mortalidade dos jovens é crescente, tem endereço e tem cor. O homicídio é a principal causa externa de morte entre os jovens paulistanos e tem um evidente recorte étnico-racial: 56% dos jovens do sexo masculino vítimas de homicídios são pretos ou pardos e moram nas periferias.”

Rogério Sottili também falou do Plano Juventude Viva, que a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial lançarão em São Paulo. “Esse plano foi construído no governo federal e prevê o aporte de uma série de serviços e equipamentos de garantia de direitos nos territórios mais vulneráveis, com vistas à prevenção da violência contra a juventude negra.”

O secretário ainda abordou a questão da violência policial. “No âmbito municipal, temos trabalhado com o desenvolvimento da cultura institucional da Guarda Civil Metropolitana, com ações de sensibilização, formação em direitos humanos e mediação pacífica de conflitos. Não há segurança pública sem direitos humanos.”

 

Fotos: Instituto Pólis