Roteiro Patrimonial: Ipiranga

O Departamento do Patrimônio Histórico elaborou um roteiro turístico especial para você curtir a comemoração do Dia da Independência com sua família e amigos, venha para o Ipiranga!

PARQUE DA INDEPENDÊNCIA
 
USO ATUAL Administração pública | cultural

O Parque da Independência, criado em 26 de novembro de 1971 por ocasião dos festejos do 150º aniversário da Independência, é formado pelos Museu Paulista e Museu de Zoologia, ambos da Universidade de São Paulo, a Casa do Grito, o Monumento à Independência, jardim francês, bosque, praça de eventos, equipamentos para a prática de esportes, playground, sanitários e chafariz com fonte e cascata.
Localizada na Colina do Ipiranga, onde em 1822 foi proclamada a independência do Brasil, a área ganhou grande significado histórico a partir da construção do edifício do Museu do Ipiranga, e por ocasião das comemorações do Centenário da Independência, em 1922. É nesse contexto que foi sendo definido como um marco da memória e identidade nacional, relacionando o imaginário da independência ao do “espírito” paulista representado simbolicamente na figura dos bandeirantes, os desbravadores da nação.

O jardim, projeto de 1907 do arquiteto paisagista belga Arsènne Puttemans, é simétrico e inspirado na concepção paisagística dos jardins franceses. Inaugurado em 1909, manteve-se inalterado até o início das obras para a comemoração do centenário da independência, quando a área verde foi ampliada. Nessa ocasião, o arquitetopaisagista Reynaldo Dierberger foi contratado para executar o trabalho.

A formação do bosque se iniciou com a criação do Horto Botânico em 1905, implantado com objetivos científicos e didáticos pelo zoólogo e naturalista alemão Hermann Von Ihering, primeiro diretor do Museu Paulista. Essas finalidades se encerraram em 1939 e hoje o bosque, situado na parte posterior do Museu Paulista, tem espécies da flora nativa do município de São Paulo e forma um conjunto arbóreo significativo para a conservação da fauna urbana e da qualidade de vida da vizinhança e de usuários que a utilizam como área de lazer ou práticas esportivas. Ao lado do bosque tem-se o Museu de Zoologia, de 1941, com suas coleções zoológicas, biblioteca especializada e área de pesquisas científicas.


1. MUSEU PAULISTA
 
ENDEREÇO Avenida Nazaré, s.n.
PROJETO Tommaso Gaudenzio Bezzi
CONSTRUÇÃO 1885–89
USO ORIGINAL Cultural
USO ATUAL Administração pública | cultural



O empenho para transformar a Colina do Ipiranga em um marco histórico nacional teve início em 1882, ano em que a Comissão Central do Monumento do Ipiranga encarregou o engenheiro-arquiteto militar italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi de elaborar o projeto do edifício celebrativo. As obras, sob a responsabilidade de Luigi Pucci, tiveram início em 1885 e foram completadas em quatro anos. Construído em alvenaria de tijolos, o edifício tem forma retangular e simétrica com três corpos salientes.

No central, com dois pavimentos, se sobressaem as duplas colunas com capitéis coríntios, três óculos, frontão triangular e ampla escadaria marcando o eixo principal. As laterais são arrematadas por torres de três andares. Projetado em estilo eclético, é rico em elementos decorativos: rendilhados nas cimalhas internas e externas, arabescos, pequenas molduras, altos e baixos relevos, janelas com tímpanos, nichos e forros em caixotes.

No interior, a imponência dos pés-direitos, a escada centralizada no saguão e, no segundo pavimento, as arcadas delimitando os corredores destacam-se. O Museu foi inaugurado em 7 de setembro de 1895, com um acervo marcadamente voltado para a História Natural. Em 1916, sob a direção de Affonso de Escragnolle Taunay, a instituição começou a se tornar um local de celebração da história de São Paulo integrada à da nação por meio do ato da Independência.

A nova orientação se explicita na renovação do acervo e da decoração. Para as comemorações do Centenário da Independência em 1922, entre outros acréscimos, os nichos do saguão ganharam esculturas, em mármore, dos bandeirantes Raposo Tavares e Fernão Dias Paes, de autoria de Luigi Brizzolara. O Salão Nobre foi decorado com medalhões pintados com os retratos dos líderes da independência brasileira que compõem um ambiente cívico com o quadro de autoria de Pedro Américo, “Independência ou Morte”, de 1888, representação do momento da libertação nacional.


2. MONUMENTO À INDEPENDÊNCIA
ENDEREÇO Avenida Nazaré, s.n.
PROJETO Ettore Ximenez
CONSTRUÇÃO 1922-26
USO ORIGINAL Especial
USO ATUAL Cultural



Em 1920, a seleção do projeto de um monumento celebrativo do Centenário da Independência do Brasil gerou críticas baseadas no acentuado nacionalismo que caracterizou a década da Primeira Guerra Mundial. Por isso, a proposta vencedora, de autoria de Ettore Ximenez, sofreu alterações sugeridas pelo artista historiador José Wasth Rodrigues.

Implantado junto ao Riacho do Ipiranga, no eixo central de outro monumento, o edifício do Museu Paulista, o conjunto foi inaugurado, ainda inacabado, em 7 de setembro de 1922. Construído em granito e bronze, está disposto em estágios alternados, ligados por degraus que o circundam desde a base.
Na face frontal estão as estátuas sedestres do Padre Diogo Antonio Feijó e de José Bonifácio de Andrada e Silva, ambos figuras de destaque no processo de independência. Um grande baixo-relevo em bronze reproduz o quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo. Destacada do Monumento, arde a pira do “Altar da Pátria”. As estátuas de jornalistas adeptos da independência, Hipólito José da Costa e Joaquim Gonçalves Ledo, aparecem na face posterior. Nas laterais estão representados momentos do processo de independência. À esquerda, um grupo escultórico expressa a tentativa de libertação realizada no ano de 1789 em Minas, e um quadro em bronze, a entrada de D. Pedro em São Paulo, após a proclamação da independência. À direita, outro grupo alude à Revolução Pernambucana de 1817, e um quadro em bronze ilustra o Combate de Pirajá, na Bahia.

No topo, destaca-se um grupo escultórico triunfal: é uma alegoria à liberdade, representada por uma mulher com um estandarte e uma lança nas mãos, sobre uma biga puxada por dois cavalos e seguida pelo povo.
No interior do Monumento está a Cripta. Projetada para ser Capela Imperial, foi inaugurada em 1952. Apenas em 1954 chegaram os despojos da imperatriz Dona Leopoldina; os de D. Pedro foram trasladados em 1972, como parte das comemorações do Sesquicentenário da Independência. Dez anos depois, foram depositados os restos mortais de Dona Amélia de Beauharnais, segunda esposa do imperador.

Em 2000, criou-se um espaço museológico no interior do Monumento, articulado com a Cripta Imperial. Atualmente, o Monumento à Independência integra o Museu da Cidade, da Secretaria Municipal de Cultura.


3. CASA DO GRITO
ENDEREÇO Avenida Nazaré, s.n.
CONSTRUÇÃO - séc. XIX
USO ORIGINAL Residencial
USO ATUAL Cultural



A denominação Casa do Grito está associada ao quadro “Independência ou Morte” pintado por Pedro Américo, em 1888. Rico em detalhes, ele representa em tom épico o grito de D. Pedro I, à beira da estrada e ao lado de uma rústica construção rural. O registro mais antigo da existência de uma casa nas proximidades do local da Proclamação da Independência é de 1823, na aquarela pintada pelo inglês Edmund Pink, durante sua passagem por São Paulo, na qual registrou tratar-se do local onde o então Príncipe Regente declarara a Independência do Brasil.

O imóvel, situado na antiga Estrada das Lágrimas e originalmente utilizado como residência, venda e pouso de viajantes, foi construído em taipa de mão, também conhecida como pau-a-pique. Em 1844, aparece no inventário de Guilherme Antônio de Moraes, e após ser transferido a diversos proprietários, foi desapropriado pela municipalidade, em 1936.

Por ocasião do IV Centenário da cidade, em 1954, a casa foi valorizada por seu significado histórico; no ano seguinte foi restaurada e adquiriu aspecto da construção rural retratada por Pedro Américo. Em 1981, foi objeto de pesquisas arqueológicas e novas obras de restauro. Em 7 de setembro de 2008, foi reinaugurada, após novas intervenções. Atualmente integra o Museu da Cidade da Secretaria Municipal de Cultura.


RESIDÊNCIAS DA FAMÍLIA JAFET

A família Jafet, de origem sírio-libanesa, começou a imigrar para o Brasil em 1887. Os primeiros a chegar foram Benjamin e seu primo Fadul Tibshrany, que iniciaram suas novas vidas como mascates em Minas Gerais; por volta de 1890, abriram uma loja de tecidos e armarinhos em São Paulo, na Rua 25 de Março. Com a vinda dos irmãos Nami, Basilio e João, as atividades de comércio se ampliaram para a venda por atacado e para importação de tecidos finos. Em 1906, inauguraram a Companhia Fabril de Tecelagem e Estamparia Ipiranga, que chegou a empregar quatro mil pessoas.

Na década de 1940, quando o Ipiranga já se consolidara como bairro industrial, a fábrica tinha uma vila operária que incluía armazém de abastecimento, escola, posto médico, creche, parque infantil, biblioteca e praça de esportes. Então, outros imigrantes sírio-libaneses já haviam instalado estabelecimentos comerciais na região.

A numerosa família Jafet fixou, também residência no bairro do Ipiranga, em doze palacetes próximos uns aos outros e ao Museu do Ipiranga, constituindo uma paisagem singular no entorno do Parque da Independência. Os palacetes representam uma forma de morar na cidade de São Paulo no início do século XX, na qual a organização interna dos espaços se funde aos traços estéticos e detalhes decorativos ecléticos de influência neoclássica e oriental, marcados pela elegância, pelo requinte e pela suntuosidade que revelam a identidade e o legado cultural dos proprietários.


4. RUA BOM PASTOR, 730 E 798
Rua Bom Pastor, 730
PROJETO Eduardo Benjamin Jafet
CONSTRUÇÃO 1934
USO ORIGINAL Residencial
USO ATUAL Serviço - Eventos

A residência pertenceu ao casal Violeta e Chedid Jafet. Localiza-se nos lotes limítrofes ao Parque da Independência. É um edifício de arquitetura eclética, de influência neoclássica; tem interior suntuoso no qual se destacam o hall espelhado e os vitrais em estilo oriental.
Rua Bom Pastor, 798
PROJETO Construtora Heribaldo Siciliano
CONSTRUÇÃO 1919-23
USO ORIGINAL Residencial
USO ATUAL Serviço recreativo

Conhecida como Palácio dos Cedros, é de arquitetura eclética, com influências neoclássica e oriental, e foi moradia da família de Basílio e Adma Jafet. Tem um corpo semicircular e saliente à direita da fachada principal e, na lateral esquerda, um torreão encimado por uma cúpula. Internamente, sobressaem os vitrais. Há abundância de elementos decorativos de diferentes estilos e colunas com capitéis jônico e coríntio.


5. RUA BOM PASTOR, 801
PROJETO Engenheiros Malta & Guedes Ltda.
CONSTRUÇÃO 1928
USO ORIGINAL Residencial
USO ATUAL Residencial


 
Conhecido como Palacete Rosa, a residência foi construída em 1928 para Munira e David Jafet. De arquitetura eclética com acentuada influência mourisca, tem porão e dois pavimentos. O acesso principal se faz por uma escadaria circular e uma varanda circundada por arcos sustentados por colunas e encimado por um terraço com balaustrada; no topo, há um torreão. Para um suntuoso salão central convergem os ambientes do térreo. O pavimento superior é circundado por uma galeria. Os arcos e paredes são revestidos por delicados rendilhados. Os vitrais são da Casa Conrado.


6. RUA BOM PASTOR, 825
PROJETO Eduardo Benjamin Jafet t
CONSTRUÇÃO 1934
USO ORIGINAL Residencial
USO ATUAL Serviço



A residência pertenceu a Ângela e Eduardo Jafet. Eclética de influência neoclássica, está implantada próxima à divisa do lote. A decoração externa é sóbria. No interior, sobressaem as colunas e a escadaria de mármore, com guarda-corpo em gradil de ferro trabalhado.


7. RUA COSTA AGUIAR, 1013 E 1055



Rua Costa Aguiar, 1013
CONSTRUÇÃO 1922
USO ORIGINAL Residencial
USO ATUAL Ensino
Chucri Assad, cunhado de Benjamim Jafet, construiu sua residência em estilo eclético com influência neoclássica e circundada de jardins. A entrada principal divide simetricamente a fachada, que tem colunas coríntias. Internamente, destacam-se os vitrais e a galeria em arcos que contorna o piso superior; os elementos decorativos são discretos.
Rua Costa Aguiar, 1055
CONSTRUÇÃO 1924
USO ORIGINAL Residencial
USO ATUAL Serviço financeiro
Eclética, com influência neoclássica, a residência de Michel Assad, cunhado de Benjamin Jafet, está implantada em um extenso lote ajardinado. Há um corpo discretamente avançado no centro da fachada; o acesso principal tem ampla escada e varanda com colunas encimada por terraço. No interior destacam-se os ornamentos dos forros, portas e paredes, as colunas jônicas e arcos que dividem os ambientes; e a galeria que contorna o piso superior.


INSTITUIÇÕES ASSISTENCIAIS E DE ENSINO

A constituição da sociedade urbano-industrial em São Paulo foi acompanhada de prosperidade e do aumento do contingente de despossuídos, para os quais não havia leis e instituições públicas de assistência. Segundo a tradição, vista como um dever de caridade, a assistência à infância abandonada era prestada por ordens religiosas; com a sociedade industrial, a questão passou a ser relacionada a aspectos morais e sociais.

A necessidade de formar cidadãos úteis levou os primeiros governos republicanos de São Paulo a investir no ensino básico; para os menores considerados infratores, em 1903, foi criado o Instituto Disciplinar. O empenho do poder público foi acompanhado de iniciativas privadas com a finalidade de prestar assistência às crianças pobres, segundo os preceitos da moral cristã e de formação de cidadãos aptos para o trabalho.

Na primeira metade do século XX, muitas dessas instituições se instalaram na Colina e Chácara do Ipiranga, onde o conde José Vicente de Azevedo era proprietário de grandes glebas e doou parte delas às ordens religiosas, incentivando assim a instalação de asilos e escolas para a formação de crianças pobres e, também, instituições clericais. Ao fazer isso, contribuiu também para a ocupação do bairro, então ainda rarefeita, e para a abertura de uma de suas principais vias, a Avenida Nazaré; com a instalação dessas instituições, se manteriam grandes terrenos, o que daria ao Ipiranga um perfil urbano particular.

Seguindo um cotidiano regido por rigorosas normas de condutas, as crianças frequentavam aulas de ensino regular e oficinas profissionalizantes, preparando-se para o ingresso no mercado de trabalho. Para as meninas, eram ensinados prendas domésticas, costura, bordado, pintura e, em alguns casos, um ramo da tecelagem. Os meninos aprendiam ofícios, em geral, de carpinteiro, marceneiro e tipógrafo.


8. COLÉGIO SÃO FRANCISCO XAVIER
ENDEREÇO Rua Moreira e Costa, 531
CONSTRUÇÃO 1932
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL ensino



O “Collegio Catholico São Francisco Xavier” foi fundado no bairro da Liberdade pelo jesuíta italiano Guido del Toro, padre dedicado à evangelização de imigrantes japoneses e seus descendentes. Em 1929, o conde José Vicente de Azevedo doou um terreno à instituição que nele construiu um novo edifício para a Missão Japonesa dos Jesuítas em São Paulo, em estilo neoclássico, inaugurado em 1932.


9. EDUCANDÁRIO SAGRADA FAMÍLIA
ENDEREÇO Avenida Nazaré, 470
PROJETO Ramos de Azevedo
CONSTRUÇÃO 1903
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL ensino

A instituição fundada em 1901 construiu sua sede em terras doadas pelo conde José Vicente de Azevedo. O Educandário Sagrada Família passou a ser dirigido pela Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuja missão era cuidar de idosos e oferecer proteção, amparo e educação às meninas pobres, descendentes de ex-escravos. Nessa obra sobressaiu o trabalho de Madre Paulina, canonizada em 2002, cujo corpo se encontra sepultado na Capela da Sagrada Família. A edificação de influência neoclássica é simétrica e composta por dois corpos salientes e unidos pela capela.


10. EDIFÍCIO DO NOVICIADO NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS IRMÃS SALESIANAS
ENDEREÇO Rua Clóvis Bueno de Azevedo, 130 e 176
PROJETO Domingos De lpiano
CONSTRUÇÃO 1920
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL Assistencial



Construído em terreno doado pelo conde José Vicente de Azevedo, o edifício eclético, de influência neoclássica, apresenta simetria, com a entrada principal centralizada e dois corpos mais avançados nas laterais da fachada, construídas com o mesmo estilo em épocas distintas, com frontões triangulares e pináculos. O edifício da atual biblioteca data da década de 1950.


11. INSTITUTO MARIA IMACULADA
ENDEREÇO Avenida Nazaré, 711
CONSTRUÇÃO entre 1930-56
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL ensino

Na década de 1930, as irmãs da Congregação das Religiosas de Maria Imaculada adquiriram uma casa na Avenida Nazaré, para atender à juventude feminina. Em seguida, receberam em doação, do conde José Vicente de Azevedo, um terreno contíguo à casa; em 1946, a instituição adquiriu outro terreno e, com a doação de uma herança, construiu edifício escolar, de influências neocolonial e neoclássica, inaugurado em 1956.


12. EDIFÍCIO DO JUVENATO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
ENDEREÇO Rua Dom Luís Lasagna, 400
PROJETO Escritório Ramos de Azevedo
CONSTRUÇÃO 1929
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL ensino

Construído para a educação católica de jovens, em terreno doado pelo conde José Vicente de Azevedo, o juvenato não chegou a funcionar e o edifício foi utilizado por várias outras instituições. A principal edificação é eclética com influência neoclássica; a capela tem janelas ogivais, o que caracteriza, também, a doção de elementos formais do neogótico.


13. INTERNATO NOSSA SENHORA AUXILIADORA
ENDEREÇO Rua Dom Luís Lasagna, 300
PROJETO Ramos de Azevedo
CONSTRUÇÃO 1891-96
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL Assistencial

Asilo de Meninas Órfãs Desamparadas Nossa Senhora Auxiliadora foi uma das três primeiras obras beneficentes do conde José Vicente de Azevedo, que doou o terreno para a construção do atual Internato Nossa senhora Auxiliadora. O edifício eclético, de linhas neoclássicas, caracteriza-se pela simplicidade da decoração da fachada. Conserva gradil e esquadrias originais, destacando-se o ornamento do imponente portão de ferro da entrada.

14. EDIFÍCIO DO GRUPO ESCOLAR SÃO JOSÉ
ENDEREÇO Avenida Nazaré, 900
PROJETO Ramos de Azevedo
CONSTRUÇÃO c. 1925
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL ensino
O grupo escolar nasceu da iniciativa do conde José Vicente de Azevedo e da educadora Carolina Ribeiro, e, em 1924, foi provisoriamente instalado no Asilo das Meninas Órfãs Nossa Senhora Auxiliadora. O edifício da escola foi construído na segunda metade da década de 1920, em estilo eclético; é simétrico e tem características que remetem aos palacetes europeus, como telhados inclinados, janelas e sótãos unidos à platibanda. O acabamento é em tijolos à vista. O jardim é ornamentado por fonte e esculturas homenageando os fundadores.


15. INSTITUTO PADRE CHICO
ENDEREÇO Rua Moreira de Godoy, 456 e 572
CONSTRUÇÃO déc. 1930
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL Assistência

A campanha para a fundação de um Instituto para Cegos se iniciou em 1927; a instituição dirigida pela Companhia das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paula foi instalada com o apoio de doações em terras e dinheiro, entre as quais as do conde José Vicente de Azevedo. O conjunto tem características neocoloniais.


16. SEMINÁRIO CENTRAL DO IPIRANGA
ENDEREÇO Avenida Nazaré, 993
CONSTRUÇÃO 1934 - déc. 1950
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL ensino



Inaugurado em 1934, o Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga foi construído em terras cedidas pelo conde José Vicente de Azevedo, para oferecer melhores condições de ensino e para abrigar seminaristas procedentes de diversas dioceses. O conjunto inclui uma igreja; os edifícios mais antigos filiam-se ao ecletismo e têm características neoclássicas e românicas. Os prédios posteriores são desprovidos de ornamentos e estão unidos aos demais por uma galeria em arco pleno.


17. CLÍNICA INFANTIL DO IPIRANGA
ENDEREÇO Avenida Nazaré, 1361
CONSTRUÇÃO 1942-44
USO ORIGINAL Assistencial
USO ATUAL saúde

Fundada em 1932 por um pequeno grupo de senhoras católicas e pelo pediatra Augusto Gomes de Mattos, a Clínica Infantil do Ipiranga dez anos depois recebeu em doação do conde José Vicente de Azevedo uma área em que construiu o Hospital D. Antônio de Alvarenga da Clínica Infantil do Ipiranga, edifício de gosto eclético com influência neocolonial. Em pouco tempo o Hospital se tornou referência em assistência à criança e formação de pediatras.

________________________________________________________
Fonte:
SÃO PAULO (SP). Departamento do Patrimônio Histórico. Guia de bens culturais da cidade de São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2012. 417p.

TEXTOS
Marly Rodrigues
Fátima Antunes
Edna Hiroe Miguita Kamide

IMAGENS
Edna Hiroe Miguita Kamide
Angela C. Garcia