Inventário de Obras de Arte em Logradouros Públicos da Cidade de São Paulo

A Menina e o Bezerro Amor Materno Leão (Parque Ibirapuera)

Durante a gestão de Raymundo Duprat (1911 – 1914) à frente da Prefeitura, várias estátuas foram adquiridas para embelezar praças e jardins paulistanos, junto a empresas francesas, que ofereciam suas peças por meio de álbuns e catálogos.

Para a esplanada do Theatro Municipal, que se integrava ao recém-inaugurado Parque Anhangabaú, Duprat comprou um conjunto de mármores, reproduções de obras de artistas franceses: o “Leão”, de Prosper Lecourtier (Grémilly, França, 1855 – Paris, 1924), “Amor Materno”, de Charles-Louis-Éugène Virion (Ajácio, Córsega, 1865 – Paris, 1946), e “A Menina e o Bezerro”, de Pierre Christophe.

Em 1922, a esplanada do Municipal – o cartão-postal da época – foi escolhida para abrigar o Monumento a Carlos Gomes. Para dar lugar às novas esculturas, o conjunto de mármores foi retirado do local e cada peça reimplantada em um lugar diferente. O Leão foi para o Parque Dom Pedro II, A Menina e o Bezerro para o largo do Arouche e Amor Materno para o Jardim da Luz. Mas a caminhada que fariam pela cidade ainda não terminara. Reformulações viárias no Parque Dom Pedro II, no final dos anos 1960, determinaram a ida do Leão para o Parque Ibirapuera. Amor Materno foi parar no largo do Arouche, sem o pedestal e sem as orelhas da cadela, em data desconhecida.


Seção Técnica de Levantamentos e Pesquisa
Divisão de Preservação - DPH