A 19ª edição da Parada LGBT de SP é marcada pela diversidade de públicos

Manifestação pelo orgulho LGBT reúne gente do Brasil inteiro e agrega até grupo religioso a favor da diversidade sexual

Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas (7/6/2015)

A Avenida Paulista recebeu, neste domingo (7), a 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT. O evento começou às 10h, em frente ao vão no Masp. Durante todo o dia, 18 trios elétricos desfilaram em direção à Praça da República, onde um palco montado pela Prefeitura de São Paulo recebeu 19 atrações no show de encerramento, marcado para as 21h.

A Parada LGBT de São Paulo é a maior manifestação popular do país contra a homofobia e pela garantia dos direitos LGBT. Este ano, com o tema “Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim, respeite-me”, a manifestação reuniu uma multidão de pessoas de todos os credos, cores e idades. Chamou a atenção um grupo evangélico que se juntou ao ato para declarar apoio aos LGBTs e repudiar a intolerância de alguns líderes religiosos que vêm atacando, nos últimos tempos, os direitos desta população.

Foto: Jornalistas Livres

Foto: Leo Pinheiro/ Fotos Públicas (7/6/2015)

A edição 2015 reuniu, também, gente de todos os lugares. Segundo pesquisa do Observatório de Turismo e Eventos da SPTuris, quase 40% do público da Parada é composto por turistas, a maioria domésticos (97,4%) e 2,6% de estrangeiros. As principais origens internacionais são Peru, Estados Unidos, Holanda e Argentina.

A Prefeitura de São Paulo investiu 1,3 milhão de reais na Parada este ano. O investimento equivale a toda estrutura – postos médicos, ambulâncias, banheiros químicos, segurança patrimonial – necessária para a manifestação, desde a concentração na avenida Paulista, até a dispersão na Praça da República. O governo municipal é responsável, ainda, por toda estrutura da montagem do palco para os shows.

Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas (7/6/2015)

Foto: Leo Pinheiro/ Fotos Públicas (7/6/2015)

De acordo com o prefeito Fernando Haddad, o município concedeu o necessário para cobertura de todos os custos da 19ª edição do evento e compartilhou os custos da Feira Cultural com o Governo do Estado. Apenas o camarote da Prefeitura, que custava R$ 400 mil, foi cancelado.

“Não houve nenhum prejuízo. O custo da Parada foi integralmente pago pela Prefeitura de São Paulo como em todos os anos. O que ficou de fora foi o camarote da Prefeitura, que era caro e pouco usado, e a feirinha que foi arcada pelo Governo do Estado, como acontece no Rio de Janeiro. Alguns custos são arcados pelo Estado e não há problema nisso”, afirmou o prefeito.

Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas (7/6/2015)

Transcidadania - Durante a coletiva de imprensa, ocorrida na manhã do domingo (7), Haddad destacou, ainda, as políticas públicas desenvolvidas pela atual gestão da Prefeitura como o programa Transcidadania, que concede bolsa de R$ 840,00 às travestis e transexuais, e oferece formação e qualificação profissional.

“Ampliamos a nossa dotação para comunidade LGBT em nosso orçamento. Só o Transcidadania custa mais do que isso, R$ 1,5 milhão. O programa está resgatando pessoas, que sem essa alternativa, estariam desamparadas”, disse Haddad.