Uma delegação do governo do Equador esteve nesta terça-feira, dia 3, em São Paulo para conhecer de perto o Programa ‘De Braços Abertos’. Composta por 14 integrantes, entre eles três vice-ministros, o grupo foi recebido pelo secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), Rogério Sottili, a assessora especial de Políticas Públicas sobre Drogas, Maria Angélica Comis e representantes das secretarias de Saúde, Assistência Social, e Trabalho e Emprego.
“A política pública sobre drogas do Equador é uma referência. Vocês vieram conhecer nosso trabalho, mas nós também temos muito a aprender com vocês”, disse Sottili ao dar boas-vindas ao grupo na sede da Associação de Desenvolvimento Econômico e Social às Famílias (Adesaf), entidade responsável pela gestão da frente de trabalho e moradia em hotéis da região.
O secretário-adjunto destacou as conquistas já atingidas com o programa em apenas um ano de implementação e ressaltou a nova abordagem posta em prática no De Braços Abertos. “O pressuposto é enxergar as pessoas como cidadãos de direitos, para que cada um possa se desenvolver e superar suas dificuldades.”
O programa tem hoje 428 beneficiários cadastrados e soma mais de 54 mil atendimentos de saúde realizados aos dependentes químicos. São 21 beneficiários já em processo de autonomia, trabalhando fora do programa, e outros 321 nas frentes de trabalho de varrição de ruas e limpeza de praças.
Após assistirem a apresentação geral do programa, a delegação equatoriana visitou dois hotéis na região da Luz onde vivem os beneficiários, conheceu a tenda onde são realizadas atividades culturais e atendimentos aos usuários, e visitou o ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM), equipado com câmeras para o serviço de vigilância e combate ao tráfico. Por fim, os equatorianos estiveram na Casa Rodante – carro-ateliê equipado com mesa, cadeiras e materiais artísticos para criação de artes, bordado e tecelagem – que realiza atividades lúdicas com os participantes do De Braços Abertos.
“A integração entre as diversas secretarias que atuam no programa é o que mais chama a nossa atenção. Cada uma executa sua parte, mas todas estão unidas no mesmo objetivo, sob a mesma coordenação. Isto é muito difícil. No Equador esta é nossa principal dificuldade. Às vezes um ministério pensa de um jeito e outro pensa ao contrário. É complicado. E aqui vemos que isto é algo bem resolvido, com os resultados já aparecendo”, salientou Celine Andrés, Subsecretaria de Inovação e Bem Viver do Ministério da Educação do Equador.