Prefeitura inaugura 60ª unidade da Rede Cozinha Escola

Programa financia distribuição de 24 mil refeições prontas por dia, de segunda a sábado

Na quarta-feira (24/04), a Prefeitura de São Paulo inaugurou a 60ª unidade da Rede Cozinha Escola, no Instituto Pra Cima Zona Leste, em Arthur Alvim. Desde agosto de 2023, o programa criado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) faz parcerias com Organizações da Sociedade Civil que recebem recursos para fornecer, no mínimo, 400 refeições prontas diariamente, de segunda a sábado, para pessoas em situação vulnerável.

De acordo com o prefeito, essa é mais uma importante iniciativa da Prefeitura no combate à insegurança alimentar. “A gente distribui dentro do Programa de Segurança alimentar 7 mil cestas básicas todos os dias, 60 entidades fornecendo 400 refeições diariamente, 83 restaurantes distribuindo 200 refeições por dia, cada um. Além daquilo que a gente fornece de alimentação nos nossos equipamentos de saúde, de assistência social, de educação. Só para pessoas em situação de rua, são 117 mil refeições por dia”, destacou Ricardo Nunes.

Além de oferecer alimentação saudável, a Rede Cozinha Escola gera empregos na sua região, fortalece a comunidade e ainda proporciona oportunidades de formação em gastronomia e outros temas, inclusive para beneficiários do Programa Operação Trabalho, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

Em 2023, foram entregues 1,2 milhão de refeições. Neste ano, até 22 de abril, a Rede Cozinha Escola já distribuiu 2,1 milhões em todas as regiões da cidade. O programa é financiado pelo Fundo de Abastecimento Alimentar de São Paulo (FAASP), que é gerido pela SMDHC e tem previsão de R$ 351 milhões do Orçamento da cidade em 2024.

Segunda Sem Carne

Práticas de sustentabilidade fazem parte dos princípios do Programa Rede Cozinha Escola e serão implantadas de forma progressiva. A etapa inicial prevê a obrigatoriedade de adesão à “Segunda Sem Carne”, campanha lançada no Brasil em 2009 pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) que consiste na conscientização sobre os impactos sociais e ambientais do consumo de produtos de origem animal e um convite à substituição da proteína animal por vegetal em ao menos um dia da semana. Na cidade de São Paulo, a campanha já ocorre em equipamentos públicos, como em unidades do Restaurante Bom Prato e na rede municipal de ensino.

Mais cinco programas de Segurança Alimentar

A Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e de Abastecimento (SESANA), vinculada à SMDHC, também é responsável por outros cinco programas de segurança alimentar. O Armazém Solidário é um mercado em que a população de baixa renda pode comprar produtos alimentícios, de higiene pessoal e limpeza a preços até 50% mais baratos do que os praticados em outros estabelecimentos. O programa beneficia as pessoas inscritas no CadÚnico (Cadastro Único).

No Armazém Solidário é possível adquirir os produtos da cesta básica, hortifruti, leite, ovos, carne, frango e peixes, pães, sucos naturais, e também fraldas, absorventes e até repelente contra o mosquito da dengue. Não há comercialização de produtos ultraprocessados.

São três unidades (São Miguel Paulista, City Jaraguá e Jaraguá), que já venderam mais de 400 mil itens para 27.425 clientes (até 09/04). O ticket médio de compras é de R$ 72,61. A previsão da Prefeitura é disponibilizar um total de sete mercados do gênero até o fim deste ano.

Outro projeto que visa atender aos mais vulneráveis com alimentação saudável todos os dias é o Bom Prato Paulistano. Duas unidades foram implantadas na zona sul da cidade, em M’Boi Mirim e Parelheiros, em dezembro de 2022, em parceria com o governo do estado.

Essas unidades fixas oferecem café da manhã (R$ 0,50) e almoço (R$1). População em situação de rua e crianças até seis anos não pagam. Em 2023, foram servidas mais de 802 mil refeições. Neste ano, a marca já ultrapassou 278 mil.

Mais uma iniciativa da Prefeitura é o Banco de Alimentos, que compra da agricultura familiar e arrecada alimentos das indústrias alimentícias, redes varejistas e atacadistas que estão fora dos padrões de comercialização, mas sem restrições de caráter sanitário para o consumo. Esses alimentos são doados às entidades assistenciais, previamente cadastradas no programa, contribuindo assim no combate à fome e ao desperdício de alimentos. Neste ano, até o mês de março, foram entregues 321 toneladas de produtos.

Dois importantes programas da Prefeitura remontam à época da pandemia - o Programa Cidade Solidária, de distribuição de cestas básicas, e a Rede Cozinha Cidadã, de entrega de marmitas.

Em 2023, a Cidade Solidária, distribuiu 1,6 milhão de cestas básicas. Neste ano, foram mais de 500 mil unidades, distribuídas por meio de mais de 2.300 Organizações da Sociedade Civil (OSC) que atendem públicos vulneráveis de diversos perfis, e para os povos indígenas no município. São distribuídas, em média, 7 mil cestas por dia útil.

Já a Rede Cozinha Cidadã conta com 83 restaurantes credenciados que fornecem 16.600 marmitas por dia, em 43 pontos da cidade para população de baixa renda e em situação de rua.

Além de combater a fome, os programas de segurança alimentar da Prefeitura de São Paulo visam promover a educação nutricional, a valorização da cultura alimentar, a promoção da saúde, geração de renda e fortalecimento da cidadania.

Alimentômetro

Para mensurar a quantidade de refeições prontas entregues pela Prefeitura, via SMDHC, a Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e de Abastecimento criou o Alimentômetro, que é atualizado diariamente e pode ser acessado aqui.