Casa da Mulher Brasileira de São Paulo é referência para as unidades de outros estados

Exame de corpo de delito é o serviço que falta para oferecer atendimento a mulheres vítimas de violência em um só lugar

Nos dias 17 e 18 de julho, a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Ana Cristina de Souza, que também é coordenadora de Política para Mulheres da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, participou do 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, em Brasília.

Organizado pelo Ministério das Mulheres, o evento reuniu representantes das sete unidades da Casa da Mulher Brasileira em funcionamento no país (São Paulo/SP, Campo Grande/MS, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Boa Vista/RR, Ceilândia/DF e São Luís/MA), além de Secretarias estaduais e municipais de políticas para mulheres destes estados.

“O evento foi muito positivo e necessário, para termos clareza do que tem sido feito nas outras Casas da Mulher Brasileira. Temos muito orgulho de manter a CMB de São Paulo funcionando integralmente, com todos os serviços necessários para atender as mulheres vítimas de violência. Já recebemos representantes de diversas Casas e ficamos felizes em mostrar o trabalho feito na cidade de São Paulo”, disse Ana Cristina, que está trabalhando para que a Polícia Civil leve o serviço de exame de corpo de delito feito pelo Instituto Médico Legal (IML) a CMB.

A abertura dos trabalhos foi feita pelas ministras das Mulheres, Cida Gonçalves; e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara; além da Secretária-Executiva do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Cristina Kiomi Mori; da Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, Denise Motta Dau; e da coordenadora do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tamires Sampaio.

Os órgãos que compõem a Casa da Mulher Brasileira de São Paulo também enviaram participantes para o encontro nacional: pela Defensoria Pública, Carolina Rangel Nogueira; pela Promotoria Pública, Juliana Mendonça Gentil; pela Delegacia de Defesa da Mulher, a delegada titular da 1ª DDM, Cristine Nascimento Guedes Costa; pelo Programa Guardiã Maria da Penha, a coordenadora Márcia Aparecida Assis Merinho; além da coordenadora técnica da área de atendimento psicossocial, Mariana Gorayeb Lopes e a assessora administrativa, Ana Maria Isidoro.

Durante o encontro, as participantes dialogaram, em grupos de trabalhos, sobre governança, projeto arquitetônico, fluxos internos entre os serviços da Casa e os externos, com a rede de atendimento a mulheres em situação de violência, atendimento com perspectiva interseccional e o sistema de dados e registros, identificando práticas exitosas e desafios comuns na implementação e aprimoramento do serviço.

O Encontro Nacional faz parte da retomada do programa Mulher Viver sem Violência pelo governo federal, que já havia anunciado a construção de 40 novas Casas em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). As novas unidades serão instaladas em todas as capitais brasileiras, além de cidades do interior.