A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde ganha o Prêmio Gente que faz a diferença

O Núcleo de Doenças Agudas Transmissíveis ganhou a honraria pelas ações de controle e prevenção à doença meningocócica no Município de São Paulo (MSP)

 

 

Leandro Spalato e Valeska Ramos Alegre com o prêmio recebido pelo projeto de controle à doença meningocócica

A Coordenadoria de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal da Saúde realizou o Prêmio Gente que faz a diferença na última quinta-feira (4). Entre os destaques, A Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) foi premiada pelo projeto de ações de prevenção e controle frente ao aumento de casos de Doença Meningocócica (DM) no município de São Paulo. O trabalho foi realizado pela equipe do Núcleo de Vigilância de Doenças Agudas Transmissíveis (NDAT) da DVE.

Essa é a 4ª edição do prêmio “Gente que faz a diferença” e o tema central desse ano foi “Saúde em Ações Sustentáveis, Avançando para ODS”. A honraria tem como referência o programa de metas da cidade no eixo SP Justa e Inclusive e está ancorada nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2030). A homenagem tem como principais objetivos promover reflexões sobre ações na Rede de Saúde, identificar ações inovadoras no contexto da saúde e reconhecer a contribuição da prática laboral.

Palco do prêmio Gente que faz a diferença

O projeto de ações de prevenção e controle da doença Meningocócica no Município de São Paulo foi idealizado pelo coordenador do NDAT da DVE da COVISA Leandro Spalato, em conjunto com as técnicas do NDAT/DVE/COVISA Bruna Kosar e Valeska Ramos. Vale ressaltar que foi um trabalho em equipe realizado por vários setores da Saúde pública no município. “O trabalho não é fruto de uma só pessoa, foi uma junção de equipes.  Contamos com o apoio do Programa de Imunização (PMI), com a equipe da UVIS Vila Maria/Vila Guilherme, a DRVS Norte, e as UBS do território que também estiveram envolvidas. Esse trabalho em equipe resultou em um monitoramento aprimorado evitando a ocorrência de novos casos.”, conta Leandro.

Os principais objetivos do trabalho eram: Descrever a atuação da vigilância epidemiológica diante do aumento de casos da doença meningocócica; divulgar etapas do estudo epidemiológico diante desse aumento de casos da doença, evidenciando a necessidade da intersetorialidade nas ações de vigilância; descrever as medidas de controle utilizadas para evitar o surgimento de novos casos de DM no território; e também demonstrar a importância da vigilância em saúde com outras áreas ou setores de saúde, além de contribuir para a ampliação do conhecimento para os serviços de vigilância epidemiológica, diante do aumento de casos da doença meningocócica.

Após a confirmação do terceiro caso da Doença Meningocócica, a DVE da COVISA realizou um estudo na região. O primeiro passo foi a investigação de vinculo epidemiológico dos casos. Logo após a investigação sem vínculo, foi realizado um levantamento da série histórica dos coeficientes de incidência a partir de dados da fundação SEADE e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A terceira etapa do estudo foi a verificação de perfil socio ambiental, condições de vulnerabilidade do território e dados de cobertura vacinal nas UBSs envolvidas.

Após a conclusão do estudo, foi realizada uma ação de vacinação contra doença meningocócica durante os meses de agosto e setembro. Foram aplicadas 24.854 doses de vacinas e nenhum novo caso da doença foi notificado. O trabalho mostra que é fundamental a identificação precoce nos casos da doença meningocócica, além de mostrar também a importância da realização de estudos epidemiológicos da região e intersetorialidade entre todas as equipes para promover a saúde no município de São Paulo.

O coordenador do NDAT, Leandro Spalato comentou sobre o começo do projeto: “A idealização do projeto se deu por conta de uma demanda do município. Identificamos um aumento de casos, e frente esta demanda, identificamos algumas problemáticas e começamos a trabalhar em cima disso para desenvolver uma ferramenta que facilitasse o monitoramento do município para a identificação de aglomerados de casos.”

 

As Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) também ganharam prêmios. A UVIS da Vila Maria/Vila Guilherme foi prestigiada pelo projeto de Monitoramento dos casos de pessoas em situação de acumulação no território feito pelo olhar da Vigilância Ambiental. A UVIS Mooca/Aricanduva recebeu um prêmio pelo projeto de Olho no Mosquito. Confira aqui os trabalhos que ganharam o prêmio