Cólera

Cólera - DVE - COVISA

 

O Ministério da Saúde, por meio da Nota Técnica Nº 23/2024 – CGZV/DEDT/SVSA/MS, de 19/04/2024, comunicou a detecção de caso autóctone de cólera no Brasil e as recomendações para o Fortalecimento das vigilâncias epidemiológica de doenças diarreicas agudas e da vigilância da cólera.

Relato do caso:

Trata-se de um homem de 60 anos, residente no município de Salvador, que apresentou um desconforto abdominal e diarreia aquosa, em março de 2024.  O caso foi confirmado laboratorialmente, com a identificação do agente VibriocholeraeO1 Ogawa(toxigênico). O indivíduo não tem histórico de deslocamento para países com ocorrência de casos confirmados, e sem contato com outro caso suspeito ou confirmado da doença. O paciente não transmite mais o agente etiológico desde o dia 10/04/2024.

Trata-se de um caso isolado, tendo em vista que não foram identificados outros casos.

 O que é cólera?

A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados. A doença é causada pela ação da toxina liberada por dois sorogrupos específicos da bactéria Vibrio cholerae (sorogrupos O1 e O139). Frequentemente, a infecção é assintomática ou causa diarreia leve. Pode também se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras. Quando não tratada prontamente, pode ocorrer desidratação intensa, levando a graves complicações e até mesmo ao óbito. 

 

Outros sorogrupos (não O1 e não O139), assim como cepas não toxigênicas dos sorogrupos O1 e O139, também podem causar diarreia, porém menos severa que a cólera e sem potencial epidêmico. Não são considerados Cólera.

 

A doença está ligada diretamente ao saneamento básico e à higiene.

 

Reforça-se que é uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, os casos suspeitos devem ser informados à vigilância epidemiológica local em até 24 horas.

 

Qual a situação epidemiológica no Brasil?

 

No Brasil, os últimos casos autóctones ocorreram no Estado de Pernambuco, entre os anos de 2004 (21 casos confirmados) e 2005 (05 casos confirmados). A partir de 2006, não houve casos de cólera autóctones, apenas casos importados.

 

Não há registro de casos autóctones no Estado de São Paulo desde 1994.

 

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Epidemiológica faz o Alerta sobre a situação epidemiológica da Cólera, considerando a NOTA TÉCNICA Nº 23/2024-CGZV/DEDT/SVSA/MS do Ministério da Saúde e a NOTA TÉCNICA Nº03/2024 - DDTHA/CVE/CCD/SES-SP da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, ambas publicadas em 19/04/2024, com objetivo de informar o caso ocorrido ao sistema de saúde do território do Município de São Paulo, a fim de torná-lo mais sensível para a adoção de medidas de prevenção e detecção oportuna em nosso território de casos de doença diarreica aguda (DDA), considerando a necessidade de serem observados os aspectos da vigilância epidemiológica para correta investigação dos casos de DTHA.

 

 -ALERTA CÓLERA DVE/COVISA 

 -NOTA TÉCNICA Nº03/2024 -DDTHA/CVE/CCD/SES-SP

 -NOTA TÉCNICA Nº23/2024 -CGZ/DEDT/SVA/MS

 -Notificação Compulsória de Doenças e Agravos

-Série Histórica de Doenças e Agravos – Município de São Paulo