Investimentos do Combate a Dengue e Demais Arboviroses

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Investimentos do Combate a Dengue e Demais Arboviroses


Rotineiramente, são desenvolvidas as seguintes atividades na capital paulista pelas 28 Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS), por meios dos seus técnicos e agentes de combates à endemias: visitas casa a casa, visitas a pontos estratégicos, controle larvário nos pontos estratégicos com o uso de larvicida biológico, bloqueio de transmissão de casos humanos de dengue, zika e chikungunya, atividade de “arrastão”, uso de teste rápido para dengue para direcionar os bloqueios de transmissão, atendimentos a solicitações de munícipes, ações educativas, de comunicação em saúde e mobilização social, entre outras.

Além das ações de rotina, como ações de conscientização, prevenção e preparação para a sazonalidade, neste período de maior número de casos (verão), a SMS trabalha de maneira intensificada, com aumento de efetivo, infraestrutura e estratégias contingenciadas de combate.

Dentre as diversas ações realizadas pelas equipes de SMS, neste momento, no combate à dengue na cidade, podemos citar: Visitas a Pontos Estratégicos: Bloqueio - Controle Criadouro– Nebulização; Arrastão; Visita a imóveis Especiais; Casa a Casa – Rotina; Casa a Casa – Intensificação; ADL; Atendimento à Solicitação; com total geral de mais de 5 milhões de ações em 2023 e já ultrapassando a 5,2 milhões de ações em 2024.

 

Investimentos

Com objetivo de ampliar as ações de combate e controle vetorial, a pasta tem investido fortemente no combate à dengue e outras arboviroses, em 2021, a SMS adquiriu 30 novos veículos (picapes leves) cabine dupla com ar condicionado, melhorando as condições de trabalho dos servidores e aumentando a eficácia dos serviço prestado, utilizados para nebulização de inseticidas e fez a restauração / retifica de todos os equipamentos nebulizadores existentes, tanto os veicular motorizados, como os costais e demais.

Em 2022, frente ao desabastecimento nacional de inseticida (adulticida), para combate ao mosquito, a pasta fez aquisição direta de 15 mil litros de inseticidas contra o mosquito Aedes Aegypti utilizado na nebulização veicular, e com isso, não descontinuou as atividades de combate, seguindo com as aquisições em 2023 (4.100 litros) e em 2024 (10.900 litros), para que a cidade siga com autonomia completa no combate ao mosquito, uma vez que as quantidades de litros de inseticidas encaminhadas pelo MS são insuficientes para a demanda da cidade.

Para a sazonalidade de 2023, a SMS fez também outros investimentos como a ampliação da frota de veículos para transporte dos agentes de controle de endemias a campo com incremento de 113 minivans (aumento de 40% de veículos para transporte dos ACE – Agentes de Combate a Endemias em campo); aquisição de 30 novos equipamentos de nebulização veicular.

Nesse esforço de fortalecimento do combate à dengue na cidade, também foi feito chamamento de concurso público para 703 novos servidores para a Rede Municipal de Vigilância em Saúde, sendo admitidos servidores em 2022, 2023 e com nova chamada programada pra abril de 2024.

Essa COVISA acompanha e estuda as inovações tecnológicas disponíveis pertinentes ao combate a mosquitos que causam doenças a seres humanos, sempre em busca de melhorar o escopo de proteção dos paulistanos das arboviroses. Neste contexto, houve em 2023, a implementação de 20 mil armadilhas de auto disseminação de larvicida, como estratégia de supressão populacional de Aedes aegypti na cidade de São Paulo

As armadilhas em sua essência são estações disseminadoras de larvicidas e são montados em locais estratégicos para que as fêmeas do mosquito Aedes aegypti (responsáveis pela transmissão de doenças) entrem em contato com ela e, após o contato com o larvicida em seu interior, o distribuam para os demais criadouros existentes no ambiente e que são impossíveis de eliminar por outras vias. A finalidade do método é disseminar o larvicida usando o próprio mosquito como vetor do processo e eliminar o mosquito ainda em estado larval dos criadouros, não permitindo que ele se desenvolva para sua fase adulta e transmita as doenças.

Ainda no âmbito do uso de tecnologias e recursos inovadores, no combate à dengue, a SMS/COVISA, em fevereiro de 2024 iniciou parceria com a SMSU/GCM, para o uso de 26 drones da corporação no monitoramento aéreo de potenciais criadouros do mosquito cidade, sendo mais um importante apoio as equipes de agentes de campo no direcionamento cada vez mais assertivo de suas atividades de bloqueio de criadouros da doença.

A metodologia de combate ao vetor realizada por essa COVISA e suas 28 Unidades de Vigilância, estão ancoradas nas diretrizes do MS. A partir do momento em que há notificação de casos de dengue no sistema SINAN, a Vigilância em Saúde da Capital aciona equipes de campo que vão até a região georreferenciada pelo casos, e fazem operação casa a casa na residência e/ou trabalho do paciente notificado e , uma varredura em um raio de 150m da residência em busca de identificar e eliminar criadouros do mosquito, para bloquear a disseminação de mosquitos Aedes contaminado com o virus da dengue e com isso impedir a disseminação da doença a mais pessoas da região.

Paralelamente a essa atividade, é realizada aplicação de inseticidas, na forma de nebulização (fumacê) nos quarteirões adjacentes a esses locais por 3 dias em seguido. A Capital em 2024 ampliou e está em uso de 96 conjuntos nebulizadores (caminhonete + equipamento de nebulização veicular), sendo 66 próprios e 30 contratados, e 200 equipamentos motorizados costais (para usos do próprio agente de endemias) que estão empenhados diariamente no combate à dengue.

Ainda quanto a aplicação de “fumacê”, cabe reforçar que as ações de nebulização de inseticida contra o mosquito Aedes aegypti são feitas de forma rotineira na cidade de São Paulo, sendo realizadas de domingo a domingo, em todas as regiões da capital paulista. A nebulização é realizada conforme método preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). A cada notificação de caso de dengue, é feita uma notificação epidemiológica para a Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) da região, que encaminha equipes de agentes de campo até o local para a realização de ações casa a casa dentro de um raio de 150 metros onde houve a notificação, para buscar, identificar e eliminar os criadouros. Em conjunto com as ações de casa a casa, acontece a aplicação de nebulização de inseticida durante três dias seguidos nestes quarteirões próximos ao caso notificado. São realizadas nas madrugadas e início do período noturno, também, conforme diretrizes do MS, fato esse que, por vezes, acaba por não sendo visto por parte da população, no entanto reforçamos que seguem sendo feitas na cidade.

Ainda no âmbito da ampliação do método de combate ao vetor (mosquito), desde o mês de março de 2024, foram incorporados cinco novos drones aplicadores de larvicidas, com o objetivo de eliminar focos ou criadouros do Aedes aegypti na capital paulista. Os aparelhos trazem uma novidade em relação às versões anteriores, utilizadas para monitoramento: o disparo de larvicida. Essa tecnologia, mais forte e robusta, é fundamental para o atendimento em locais onde os agentes de saúde não conseguem acessar, como telhados de casas ou galpões e outros pontos com acúmulo de objetos em terrenos baldios. O larvicida utilizado é o "BTI", recomendado pelo Ministério da Saúde e já utilizado em outras ações de rotina da vigilância na cidade. As operações estão sendo realizadas por empresa especializada em conjunto com os agentes de vigilância em saúde da cidade, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os novos drones vão se somar aos 26 drones que estão sendo usados no monitoramento, por meio da parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

Força Tarefa de Combate ao Mosquito / Dias “D”s / Uso de testagem em massa

Essa SMS, realizou, nas seis primeiras semanas de 2024, mais de 3 milhões de ações de combate à dengue na cidade de São Paulo. Tais como: visitas casa a casa, vistorias a imóveis, ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, orientações à população, entre outras, pelas equipes da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Neste momento de sazonalidade, as UVIS – Unidades de Vigilância em Saúde seguem realizando atividades diárias de bloqueio de criadouros e nebulização com inseticidas de domingo a domingo, de forma ininterrupta, inclusive nos períodos de feriados como o de carnaval, onde se computou mais de 250 mil atividades de combate à dengue na cidade.

Para além dos cerca de 2 mil ACE – Agentes de Combate a Endemias que já trabalham na rotina de combate à dengue na cidade, a SMS empenhou todos os agentes de campo (direcionados + 10 mil) da secretaria nas atividades de prevenção e combate ao vetor (ACE; ACS e APAS).

Com isso, diariamente cerca de 12 mil agentes de saúde (ACEs, ACS e APAS) estão trabalhando na identificação e eliminação de criadouros nas suas áreas de abrangência.

Outra medida importante tomada pela pasta no que tange a ampliação da capacidade de enfrentamento da dengue, foi a publicação de autorização de pagamento de milhares de plantões extras a todos os servidores da vigilância em saúde, que tenham interesse, envolvidos no combate ao vetor, aos sábados e domingos, formalizadas e garantidas pelas portarias Nº 66/2024 – SMS.G e nº 139/2024/SMS.G

No dia 3 de fevereiro, a Prefeitura de São Paulo organizou o Dia D de Combate à Dengue em toda a capital. Neste dia “D”, todas as UBSs permaneceram abertas e realizaram atendimento médico, medicação e testagem para diagnóstico da dengue.

No dia 01/03 foi realizado Dia “D” de combate a dengue nas escolas municipais, com atividades lúdicas, brincadeiras e palestras sobre cuidados, prevenção,  sinais e sintomas, assim como foram distribuídos 1 milhão de panfletos aos alunos da cidade, para que pudessem , em  casa, multiplicar essas informações a seus familiares e amigos.

A SMS tem também, promovido testagem em massa para identificação/ diagnóstico da Dengue. Todas as unidades do serviço municipal estão realizando atendimento médico e testagem de sintomáticos, seja nas UPAS, AMAS, Hospitais, como também em todas as UBSs, para o atendimento em tempo oportuno dos pacientes, ampliando o acesso a assistência médica e intervindo de maneira precoce de modo a evitar o agravamento dos quadros clínicos da doença na população. 

Cabe reforçar ainda que, nos últimos 4 anos essa SMS ampliou de maneira importante os investimentos na Vigilância em Saúde da Capital e, na infraestrutura de assistência à saúde dos paulistanos, seja pela reforma e ampliação de unidades, como também pela implementação de dezenas de novas unidades assistenciais, como novas UBSs, UPAS e Hospitais, tendo hoje, comparativamente com a infraestrutura existente na época da última sazonalidade com maior número de transmissão da doença (2015-16), um contingente de pessoal, e uma capacidade instalada maior e mais equipada, para atendimento à população paulistana.