Experimentando e refletindo sobre modos de lidar com conflitos em parceria com a Casa de Cultura Butantã

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Experimentando e refletindo sobre modos de lidar com conflitos em parceria com a Casa de Cultura Butantã
 

Dias: : 20/9, 11/10, 18/10, 25/10 e 27/10
Horário: 8h às 12h.

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Descrição

Grande parte das situações de violência estão relacionadas à dificuldade das pessoas em compreender as necessidades umas das outras. Isso acontece porque, no dia a dia, muitas pessoas não tem a oportunidade de perceber como elas próprias estão e quais os sentimentos e desejos que as movem. Uma abordagem específica da comunicação - falar e ouvir - nos leva a nos entregamos de coração, ligando-nos a nós mesmos e aos outros de maneira tal que permite que nossa compaixão natural floresça. Essa abordagem é conhecida como Comunicação Não Violenta ou comunicação compassiva. Essa forma de se comunicar é baseada em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas.
Nesse contexto, esse curso visa contribuir para a formação de pessoas que atuam ou tem interesse de atuar com a mediação de conflitos, práticas restaurativas e comunicação não violenta através de abordagens que permitem aos sujeitos realizarem mudanças paradigmáticas em seus modos de ser e estar no mundo, na relação consigo e com o outro.

 

Conteúdo Programático

 

Desenvolver diálogos seguindo um método cartográfico de pesquisa e estudo;

Conectar-se com os modos como lidamos com os conflitos no cotidiano;
Ampliar repertórios de diálogos;
Problematizar situações seguindo os pressupostos e ferramentas comuns à comunicação não violenta, práticas restaurativas e mediação de conflitos através de uma orientação ético-política;
Os assuntos que serão abordados são:

• identidade metamorfose;

• subjetivação e assujeitamento;

• potência e ressentimento;

• desconstruir: patologização / criminalização / discriminações veladas;

• conflito, violência e cultura de paz;

• pensamento sistêmico;

• pragmática da comunicação.

 

Referência Bibliográfica

 

ANDERSEN, Tom. Processos reflexivos. Tradução de Rosa Maria Bergallo. Rio de Janeiro: Instituto Noos e ITF, 1999. AQUINO, Julio Groppa (org.). Autoridade e autonomia na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus Editorial Ltda., 1999.

BARBERIS, Débora Eisele. Histórias não escutadas: os mestres griôs e a justiça Restaurativa no Brasil. Curitiba: Juruá, 2022.

BOHM, David. Diálogo: comunicação e redes de convivência. São Paulo: Palas Athena, 2005.

BORGHI, Adriana. Responsabilização Juvenil na Justiça Restaurativa. São Paulo: Editora Blimunda, 2022.

BASARAB, Nicolescu. O manifesto da transdisciplinaridade. Tradução de Lúcia Pereira de Souza. São Paulo: Rocca, 2009.

CATÃO, Ana Lucia. Mediação de Conflitos. Caderno da coleção Educação em Direitos Humanos do Projeto Respeitar é Preciso! São Paulo, SP: Vlado Educação, 2019.

CATÃO, Ana Lucia. Sujeitos de direito. Caderno da coleção Educação em Direitos Humanos do Projeto Respeitar é Preciso! São Paulo, SP: Vlado Educação, 2019.

CATÃO, Ana Lucia; CAPPANARI, Silvana e CRONEMBERGER, Lúcia F. (Orgs.). Mediação no Judiciário: desafios e reflexões sobre uma experiência. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

CATÃO, Ana Lucia. Mediação e Judiciário: problematizando fronteiras psi-jurídicas. Dissertação de Mestrado em Psicologia Social. PUC-SP, 2009.

BLANEY, Joanne e BOONEN, Petronella. Uma arte de viver e conviver: escola de perdão e reconciliação. Relatório de pesquisa realizada em parceria com PUC-SP. São Paulo, 2009.

BLOOD e THORSBORNE. Overcoming resistance to whole-school uptake of restaurative practices.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Trad. Fernando Tomaz. 3a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.

CECCON, Claudia; EDNIR, Madza; CECCON, Claudius (ilustrações); VELZEN, Boudewijn van; HAUTVAST, Dolf e HOUT, Frank van. Conflitos na escola: modos de transformar. Dicas para refletir e exemplos de como lidar. Imprensa Oficial.

CONRAD, Emilie. Life on land: The story of Continuum. Berkeley. North Atlantic, 2007.

FONSECA, Márcio Alves da. Michel Foucault e a constituição do sujeito. São Paulo: Educ, 2003.

FOUCAULT, Michel. L'Herméneutique du sujet. Cours au College de France. 1981-1982. Paris: Éditions Seuil/Gallimard, 2001.

GOFFMAN, Erving. Manicômios prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva, 2003.

HOPKINS, Belinda. Transforming conflicts. Publicação traduzida por Margareth R. T. Miyamoto e revista por Conceição da Silva Zacheu Russo para o 1o Seminário Internacional de Justiça Restaurativa.

JUROWSKY, Rosali. Continuum Movement e o fluxo cultural. Anais do 18o Congresso Brasileiro de Psicoterapias Corporais. Curitiba-PR: Centro Reichiano, 2013.

MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. Tradução de Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1 edições, 2021.

MIRANDA DA CUNHA, Adriana. As meninas-mulheres de Hillbrow: Teatro Comunitário e Pedagogia Ubuntu. Tese de doutorado em Teatro. UDESC, 2020.

MONTEIRO, Rafael de A. A.; SORRENTINO, Marcos; JACOBI, Pedro Roberto (orgs.). Diálogo e transição educadora para sociedades sustentáveis. São Paulo: Editora Na Raiz, 2020.

MOORE, Christopher. O processo de mediação. Porto Alegre: Artmed.

PASSOS, Eduardo, KASTRUP, Virgínia e ESCÓSSIA, Liliana da (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.

PONTALTI, Debora; LOPES, Edsonia. Discordar com empatia. São Paulo: UMAPAZ, 2023.
PRANIS, Kay. Processos Circulares. São Paulo: Palas Athena, 2010.

ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.

ROSE, Nikolas. Inventando nossos eus. In: ELLSWORTH, Elizabeth et al. Nunca fomos humanos: nos rastros do sujeito. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

ROSEMBERG, Marshall. Comunicação não-violenta. São Paulo: Ágora, 2006.

RUOTTI, Caren; ALVES, Renato; CUBAS, Viviane de Oliveira. Violência na escola: um guia para pais e professores. São Paulo: Andhep: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

SCHILLING, Flávia. Educação em direitos humanos: reflexões sobre o poder, a violência e a autoridade na escola. Bogotá: Universitas Psychologica, 2008, v.7, n.3, pp. 691-700.

SCHNITMAN, Dora Fried (org.) Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

SOMÉ, Sobonfu. O Espírito da intimidade. São Paulo: Odysseus Editora, 2003.

SUARES, Marinés. Mediación – condución de disputas, comunicación y técnicas. Buenos Aires: Paidós, 1996.

VASCONCELOS, Maria José Esteves de. Pensamento Sistêmico: O novo paradigma da ciência. Campinas: Papirus, 2002.

WATZLAWICK, Paul; BEAVIN, Janet Helmick; JACKSON, Don D. Pragmática da comunicação humana. São Paulo: Culturix 236, 1967.

 

Facilitação

Ana Lúcia Prado Catão

Educadora em Direitos Humanos, consultora na implementação de processos conversacionais, colaborativos e reflexivos (mediação de conflitos e justiça restaurativa) em instituições e coletivos. Uma buscadora com visão integral do ser humano, desenvolve abordagens que permitam aos sujeitos realizarem mudanças paradigmáticas nos seus modos de ser e estar no mundo, na relação consigo e com o outro.


 

Coordenação

Juliana Bettini Verdiani Cizauskas

Sobre

Público: Pessoas interessadas em mediação de conflito, educadores, profissionais da assistência social.

Vagas: 40, haverá seleção.

Dias: 20/9, 11/10, 18/10, 25/10 e 27/10

Horário : 8h às 12h

Local:  Casa de Cultura Butantã.

Endereço : Av. Junta Mizumoto, 13 - Jardim Peri Peri, São Paulo - SP, 05537-070

Certificado: 75% de presença.


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