CURSO: O BAIRRO COMO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
 

Descrição

Este curso busca compreender o bairro como ambiente de aprendizagem e sensibilizar os participantes sobre o lugar onde se vive, ampliando as possibilidades de ação para a sua transformação. O conceito de territórios de aprendizagem será apresentado com diversas experiências de territórios educativos em São Paulo, em outras cidades do Brasil e em outros países. O método investigativo da deriva (a qual permite que o meio urbano seja o guia em um procedimento psicogeográfico) será proposto para a identificação dos problemas e das potências sobre o local escolhido do bairro por cada participante. Como registro das percepções sobre o mesmo local será trazida a linguagem do zine (revistinhas artesanais em publicações independentes) como ferramenta de construção de narrativas da própria experiência – estes são considerados métodos integrativos. Partindo do compartilhamento das experiências nos territórios educativos como inspiração, assim como também na socialização da investigação e produção de zines pelos participantes, espera-se contribuir para uma maior sensibilização e apuração de percepções sobre o bairro como ambiente de aprendizagem e promover futuros aprofundamentos para uma cidadania mais ativa.

Conteúdo Programático

Encontro 1:
Roda de conversa com os participantes e apresentação do curso. Conceito de territórios de aprendizagem, abordando as diversas experiências nos territórios educativos e discutindo sobre os problemas e as potências de cada lugar. Conversa sobre o método de deriva e a linguagem do zine como ferramenta de registro de narrativas. 

(intervalo)

Proposta de deriva no Viveiro Manequinho Lopes/ Parque do Ibirapuera para experimentar o método proposto de investigação no bairro.

Socialização das derivas experienciadas no parque e conversa sobre planos de deriva e registros de investigação no bairro como atividade assíncrona de preparação para o próximo encontro. 

Encontro 2:
Oficina experimental de zines para tatear as possibilidades da linguagem e suas ferramentas com os registros da deriva e investigação no bairro por cada participante e socialização das ideias e planos de continuidades.

(intervalo)

Produção de zines com a pesquisa sobre o bairro/lugar escolhido de cada participante.

Encontro 3:
Socialização dos zines produzidos como registros investigativos.

(intervalo)

Reflexão sobre o curso, processos na investigação, próximos passos/projetos futuros e organização da exposição de zines com exibição de um documentário escolhido pelos participantes do curso sobre territórios educativos e roda de conversa (para exibição pública de um documentário é necessária a autorização da direção e produção do documentário). 

Encontro 4:
Preparação da exposição dos zines.

(intervalo)

Exibição de um documentário (escolhido pelos participantes do curso sobre territórios educativos e com a autorização da produção), roda de conversa e exposição dos zines – evento público. 

Referência Bibliográfica

AMORIM, S.; FREITAS, L.. Territórios Educativos, Currículos de Resistência e Aquilombamentos em São Paulo. In: Coletivos Mulheres e Crianças em Movimentos: na pandemia, do podcast ao livro. Organizadores Marcia Aparecida Gobbi, Juliana Diamente Pito. São Paulo: FEUSP, 2021. Pág. 60-73. Disponível aqui.
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA MONTE AZUL: https://www.monteazul.org/pt-br/.
BAIRRO-ESCOLA RIO VERMELHO. “Bairro Escola Rio Vermelho em 2 minutos”. Disponível em: https://youtu.be/jnpwohPVESk.
BELINDA CAI. “Zines: The Power of DIY Print (short documentary)”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oiqQrVrW9XY
CASA ECOATIVA: https://www.facebook.com/casaecoativa/.
CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA GUAIANÁS: https://linktr.ee/cpdocguaianas.
COMPANHIA BUEIRO ABERTO. “Filme de bairro (documentário)”. Disponível em: https://youtu.be/HdP9g8Ue6Fc.
CULTURA EDUCA: https://culturaeduca.cc/.
DEBORD, G.. Teoria da Deriva. Revista Internacional Situacionista, n.2, 1-12, 1958. Disponível aqui.
EDUCAÇÃO E TERRITÓRIO. “Cidade Educadora: conceito e histórico” Disponível aqui.
ELA – ESCOLA LIBERTÁRIA DE ARTES: https://www.facebook.com/elaescolalibertariadeartes/.
ESCOLA COMUNITÁRIA: https://linktr.ee/escolacomunitaria.
FAZENDINHANDO: https://www.fazendinhando.org/.
FERENZINI, A.. TV CULTURA. “Heliópolis Bairro Educador”. 2008. Disponível em: https://youtu.be/YFZmtO7Z2Y0.
FLANANTES: https://www.instagram.com/flanantes_/.
FRANCA, G. C. et al.. Educação a partir dos territórios: o papel dos coletivos sociais na relação escola-comunidade na metrópole de São Paulo. Anais do XIV ENANPEGE. Campina Grande: Realize Editora, 2021. Disponível aqui.

GIANNELLA, V., & BATISTA, V. L. (2013). “Metodologias Integrativas: Tecendo Saberes e Ampliando a Compreensão”. Revista Interdisciplinar De Gestão Social, 2(3). Disponível aqui.

GOETTLICHER, N. Z.. Territórios em transformação: fatores que influenciam ações coletivas de uso e conservação de um espaço público. Dissertação. Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível aqui.
GOMES, E. M. G. P. et al.. Práticas Integrativas – Carta da Terra em Ação. 2014. UMAPAZ. Disponível aqui.

GONZALÉZ, J. R.. BARON, N. (orgs.). Cultura territorial e innovación social: ¿Hacia un nuevo modelo metropolitano en Europa del Sur? Valência: Publicacions de la Universitat de València, 2018. Disponível aqui.

GRANGEGORMAN COMMUNITY COLLECTIVE: https://www.facebook.com/Grangegorman-Community-Collective-1429797140648848/.
LA CASA INVISIBLE: https://www.lainvisible.net/
LESSA, A. & NUNES, E.. UFPE. "Vozes de Muribeca". 2015. Disponível aqui.
MAASSEN, A.. WRI BRASIL. “Em Barranquilla, na Colômbia, parques urbanos revitalizaram uma cidade em decadência” Disponível aqui.

MUNIZ, C. R. (org.). Fanzines: Autoria, Subjetividade e Invenção de Si. Fortaleza: Edições UFC, 2010.
MUSEU DA CIDADE DE SÃO PAULO. “PERUS ONTEM E HOJE: A PERIFERIA É O CENTRO | LIBRAS”. Disponível aqui.
PADILHA, M. do N.. Por uma Escola Sem Muros: O Turismo Pedagógico como Ferramenta de Apoio à Educação Básica. In: COSTA, A. D.; PADILHA, M. N. & PEREIRA, T.F.P.D.. Territórios do Turismo: perspectivas de passados, presentes e futuros possíveis. Boa Vista: EditoraI OLE/ Rio de Janeiro: EdTur,2021, pp. 191-214. Disponível aqui.
QUEBRADA MAPS: https://quebradamaps.wordpress.com/.
RAIMUNDO, S. L.. Território, Cultura e Política: movimento cultura das periferias, resistência e cidadania desejada. Tese de Doutorado. FFLCH-USP. 2016. Disponível aqui.
REVOLUÇÃO DOS BALDINHOS. “Revolução dos Baldinhos - conhecendo a compostagem”. Disponível aqui.
ROGER BEATJESUS. “Fanzine Ouvidor - O Filme”. Disponível aqui.
RUBIO, F. E.. Escola Comunitária – Integração Escola e Comunidade: mobilizar é transformar? : Percurso de experiências do ano de 2019 e adaptações em processo durante 2020 a partir da pandemia. Revista Apotheke, Florianópolis, v. 6, n. 3, 2021. Disponível aqui.
____________; STEVOLO, P. L., e SANTOS, F. P. dos. Escola Comunitária: gerar conhecimento coletivo a partir de estudo do meio e pesquisa-ação como ferramenta para ativismos urbanos. ClimaCom – Coexistências e cocriações [Online], Campinas, ano 8, n. 20, abril. 2021. Disponível aqui.
SINGER, H.. Territórios Educativos: experiências em diálogo com o Bairro-Escola. Helena Singer (org.). — São Paulo: Moderna, 2015. Disponível aqui.
THE IVEAGH TRUST: https://www.theiveaghtrust.ie/.
THE UGLY INDIAN: https://www.theuglyindian.com/.
THOREAU, H. D.. Andar a pé. Ebooks Brasil. Disponível aqui.
TRIGGS, T.. Fanzines. London: Thames & Hudaon Ltd., 2010.
TORRES, R. M.. Comunidade de Aprendizagem: A educação em função do desenvolvimento local e da Aprendizagem. Instituto Fronesis, 2001.
TRANSLAB. Disponível aqui.
VALVERDE, R.. A transformação da noção de espaço público: a tendência à heterotopia no Largo da Carioca. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. Disponível aqui.
VITÓRIA, M.. A ESTRANHA MENTE. “O que é um zine e porque você deve ficar de olho nele?”. 3 de mar 2020. Disponível aqui.
ZERLOTTI, P. H. et al.. “O Zine como ferramenta de registro e resgate da cultura Terena”. PRÁTICAS EDUCOMUNICATIVAS. Disponível aqui .

Facilitação

FERNANDA EIRAS RUBIO
Possui formação técnica-profissionalizante em Art, Craft & Design pelo Liberties College. Licenciada em pedagogia pelo Instituto Singularidades e em artes visuais pela UNITAU. Especializanda em Educação Socioambiental e Sustentabilidade na UNIFESP/UMAPAZ e mestranda em Mudança Social e Participação Política na EACH-USP. Trabalhou como artista comunitária no City Artsquad em Dublin e professora de Arte na rede estadual de ensino em São Paulo. Trabalhou como voluntária em fazendas orgânicas em Málaga pelo WWOOF. Idealizadora do projeto Escola Comunitária – Integração Escola e Comunidade na região da Aclimação na cidade de São Paulo. Participa do coletivo da revista City - analysis of urban change, theory, action do Reino Unido (chamada para submissões de trabalhos na seção Scenes Sounds Action: https://cityjournal.online/call-for-submissions/)

 

Coordenação

Pedro Cardoso Smith

FERNANDA EIRAS RUBIO