Dialogar em desacordo: os desafios teóricos e práticos da tolerância

topo

ATIVIDADE CANCELADA EM VIRTUDE DO CORONAVÍRUS

 

 Dialogar em desacordo: os desafios teóricos e práticos da tolerância

Dias: 16 e 17 de abril
Horário: 19h às 22h

 

Justificativa

Entende-se por tolerância um princípio moral e político que instrumentaliza interações sociais potencialmente pacíficas. Interpretada tanto como uma disposição moral do indivíduo, quanto como um meio de atuação política, a tolerância consiste em um modo de ação cuja justificação é irrenunciável, pois sua negação implica na legitimação do uso da força como estratégia adequada de resolução de conflitos.


A tolerância é, portanto, uma necessidade prática, entretanto, isso não significa que ela seja teoricamente aproblemática. Ela pode assumir diversos sentidos, dentro da teoria moral e política. Em um primeiro momento, a tolerância adquire um sentido moral: ela é uma virtude individual segundo a qual o sujeito deixa de agir no sentido de impedir uma prática ou crença detestável de outrem, ainda que tenha poder para fazê-lo. Em um segundo momento, entretanto, ela pode ser descrita em um sentido político: ela é um compromisso democrático que possibilita a coexistência de várias comunidades culturais na esfera pública.


Em ambos os casos, estudar tolerância significa importar-se com a fundamentação moral da interação social. E, nesse sentido, fundem-se a relevância social e teórica da questão. Não há como falar sobre teoria da tolerância sem levar em consideração os efeitos que essa virtude produz, seja na formação da individualidade, seja na estrutura do corpo social e político. Esses efeitos, entretanto, nem sempre são aproblemáticos. A virtude da tolerância é sempre descrita como algo paradoxal, contraditório, de difícil realização. Para tolerar, é preciso ser os olhos e os ouvidos daquilo que não se quer nem ver nem ouvir e, por esse motivo, a teoria e a prática da tolerância aparecem sempre envoltas em variadas críticas e questionamentos.


Todavia, em um cenário em que cada vez mais o exercício da liberdade acentua e polariza as diferenças, a tolerância é chamada a ser a virtude que torna possível a manutenção do diálogo no dissenso, da comunicação no conflito. As contradições internas ao conceito de tolerância terminam, portanto, transformando-a em uma das únicas virtudes capazes de lidar com o grau de diferença que é saudável à manutenção da vida democrática.
 

Objetivos

2.1 Objetivo Geral
Apresentar ao aluno o conceito ético e político de tolerância a partir da teoria do reconhecimento, relacionando-o com o exercício prático das liberdades individuais, políticas e sociais.

2.2 Objetivos específicos
• Analisar o desenvolvimento do conceito de tolerância há história da filosofia política
• Relacionar o conceito de tolerância com a ideia de formação da subjetividade
• Relacionar o conceito de tolerância com a ideia de liberdade
• Verificar alguns problemas cotidianos da prática da tolerância na vida social
 

 

Conteúdo Programático

O conceito de Tolerância
- História Clássica da Tolerância
- Paradoxos da Tolerância
- Conceito de Tolerância como Reconhecimento
- O Eu no Nós: tolerância e liberdade
- Limites da Tolerância
 

Referência

HONNTEH, Axel. A luta por reconhecimento. Tradução de Luiz Repa. São Paulo: Editora 34, 2009.
______. O direito da liberdade. Tradução Saulo Krieger. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
LEBRUN, Gérard. O que é poder. Tradução de Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Brasiliense, 1996.
LOCKE, John. Carta sobre a tolerância. Tradução de Ari Ricardo Tank Brito. São Paulo: Hedra, 2007.
TAYLOR. A ética da autenticidade. Tradução de Luís Loia. Lisboa: Edições 70, 2009.
VOLTAIRE. Tratado sobre a tolerância. Tradução de William Lagos. Porto Alegre: L&PM, 2008.
 

Facilitação

Prof. Dra. Larissa Cristine Gondim Porto - doutora em Ética e Filosofia Política pela UFSCar, mestre em Filosofia pela UFPB e mestre em Direitos Humanos pela UFPB.

Coordenação

Débora Pontalti – Programa Carta da Terra em Ação

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

                 

 

Sobre

Vagas: 60

Dias: 16 e 17 de abril de 2020 - quinta e sexta-feira

Horário: 19h às 22h

Local: Sede da UMAPAZ – Parque Ibirapuera.

Endereço: Av. Quarto Centenário, 1268.

Pedestres: Portão 7A.

Estacionamento: Portão 7 da Av. República do Líbano (Zona Azul).

 

 

Como chegar na UMAPAZ

 

Confira nossas redes socias

 

  •