Aprovado de forma definitiva pela Câmara dos Vereadores em segunda votação, o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) do Setor Central segue para a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB). A proposta, que estabelece um plano urbanístico com novas regras de construção para a região central da capital paulista, abrange mais de 20 milhões de metros quadrados em distritos como Bom Retiro, Sé, República, Belém, Pari e Brás, área que representa 1,5% do território total da cidade de São Paulo.

A principal mudança em relação à primeira versão do projeto é a isenção outorga onerosa (taxa que as construtoras pagam pra prefeitura quando querem construir fora do padrão do Plano Diretor da cidade) para quem construir na região do centro histórico. Com isso, a arrecadação esperada caiu de R$900 mi para R$700 mi, sendo que 40% devem ser investidos em moradias populares. A municipalidade prevê a reforma de imóveis já existentes e a construção de novas casas, com o objetivo de atrair pelo menos 220 mil novos moradores nos próximos 20 anos.

Além da construção de moradias populares, o PIU também projeta a execução de transposições viárias por cima e por baixo de linhas férreas e investimentos em alargamentos de ruas, melhoramento de calçadas, construção de ciclopassarelas e implementação de novas áreas verdes para interligar os bairros.